É este o cenário que se pode encontrar hoje na Rua da Giesteira, em Santo Tirso. Anónimos colocaram uma tarja na ponte pedonal que liga a zona onde está a Associação dos Amigos dos Animais de Santo Tirso (ASAAST) e diversas empresas e a referida rua, a Estrada Municipal 556.
“Para gatunos e ladrões é que deveria haver cartões”, pode ler-se na tarja. Em causa parece estar o cartão de adepto. Controlar e promover as boas práticas de segurança e combater o racismo, xenofobia e intolerância nos eventos desportivos. São estes os argumentos que o governo e a liga utilizam para a criação deste cartão.
A portaria que regula o Cartão de Adepto foi publicada em Diário da República no dia 26 de junho de 2020 e, um ano depois, a medida será colocada em prática. O Governo garante que a medida “permite o registo e a identificação dos seus titulares para efeitos de dimensionamento e gestão do acesso às zonas com condições especiais de acesso e permanência de adeptos” e de “auxílio à verificação, em tempo útil, das decisões judiciais e administrativas que impeçam determinadas pessoas de acederem aos recintos desportivos”.
Se, na teoria, a ideia passa por “controlar e promover as boas práticas de segurança e combater ao racismo, xenofobia e intolerância nos eventos desportivos”, na prática, pode não ser bem assim. São muitos os adeptos e movimentos que já criticaram a apresentação obrigatória do documento para quem compra bilhetes para a zona destinada às claques visitantes.
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