No dia 14 de março, o Agrupamento de Escolas D. Dinis (AEDD) celebrou, durante duas horas, a festa da poesia com o seu tradicional sarau poético, que incluiu declamação de poemas, música, dança e contou com a participação de alunos de diferentes faixas etárias, desde o primeiro ciclo até ao secundário, professores, encarregados de educação, antigos alunos e assistentes operacionais.
Ritmos e versos entrelaçaram-se como notas de uma melodia poética, ecoando emoções profundas num sarau vibrante.
Grandes nomes como Camões, Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Jorge de Sena, José Régio, Miguel Torga, Natália Correia e Almeida Garrett, que marcaram a nossa literatura, passaram pelo palco e “os artistas” prestaram tributo a essa valiosa herança. Acompanharam-nos também Alice Coutinho, António Rosas, Alexandra Santos, Camila Vilas Boas, Constança e Camila Ferreira, que abrilhantaram o serão com os seus poemas inéditos.
No início deste sarau, e após uma breve intervenção dos apresentadores Sofia Campos e Pedro Queiroz, do 12.º B, a Diretora do AEDD, Dra. Cláudia Soares, brindou-nos com algumas palavras e declamou o poema de Ricardo Reis “Para ser grande, sê inteiro: nada”.
Seguidamente, os alunos da professora Conceição Amorim interpretaram dois poemas de Jorge de Sena, “Carta a meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya” e “Uma pequenina luz”, conduzindo-nos a um universo de sentimentos e reflexão.
Após esta atuação, fomos presenteados com um belíssimo momento de yoga, coreografado pela professora Luísa Rodrigues, trazendo ao palco a expressão corporal como forma de arte poética.
A música e a poesia sempre andaram de mãos dadas e, assim, Francisca Azevedo, do 12.º A, interpretou magnificamente o poema “O Infante”, de Fernando Pessoa; o poema “Verdes são os campos”, de Camões, foi maravilhosamente interpretado pela professora Natália Ferreira, acompanhada ao violino pela professora Carla Machado e na guitarra clássica pelo professor João Forte; o professor Gonçalo Silva encantou-nos com a interpretação do poema “Pedra Filosofal”, de António Gedeão, e do tema musical “Encosta-te a mim”, de Jorge Palma; por fim, Afonso Correia entoou a melodia “Nem desgosto do amor”, de Nuno Lanhoso, e Luís Barreto deliciou-nos com a canção “Liberdade”, de Sérgio Godinho.
Neste sarau de emoções, a poesia encontrou-se com a música e cada verso declamado ressoou como um compasso no coração dos espectadores.
Os alunos do primeiro ciclo da Escola Básica de Refojos apresentaram uma fabulosa dramatização de poemas (“Multipessoa”), proporcionando-nos um olhar singular sobre a obra de Fernando Pessoa e dos seus três heterónimos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos.
Seguiram-se várias declamações impactantes: “Opiário”, de Álvaro de Campos, por Miriam Matos, do 12.º F; “Ode à paz”, de Natália Correia, por Leonor Alves, do 12.º F; “Barca bela”, de Almeida Garrett, por Mariana Martins, do 9.º E; “O Mostrengo”, de Fernando Pessoa, por Afonso Lopes, Luís Pimenta, Ângelo Fontes e Afonso Simões, do 12.º B; “Ela canta, pobre ceifeira”, de Fernando Pessoa, por Margarida Sampaio, do 12.º F; “Os bons vi sempre passar”, de Camões, por Inês Rego, do 9.º E; “Erros meus , má fortuna, amor ardente” e “Descalça vai pra a fonte”, de Camões, e “Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio”, de Ricardo Reis, invadiram novamente o palco pelas vozes de Afonso Meireles, do 12.º B, Martim Alves, do 10.º B, e Maria Inês, do 12.º F; “Amar”, de Florbela Espanca, por Margarida Ferreira, do 12.º F; “O amor quando se revela”, de Fernando Pessoa, por Matilde Gonçalves, do 10.º A; “Amor é fogo que arde sem se ver”, de Camões, por Afonso Meireles, do 12.º B; “E há poetas que são artistas”, de Alberto Caeiro, por Maria João, do 12.º F; “Cântico Negro”, de José Régio, por Nuno Moreira.
Seguiu-se ainda um momento especial com declamações de poemas originais de Camila Vilas Boas, Constança e Camila Ferreira (8.º B e 8.º C), revelando jovens talentos da nossa escola.
A dança surgiu como um poema em movimento, traduzindo emoções que não cabiam apenas nas palavras. A professora Cláudia Alves abrilhantou o serão com uma extraordinária coreografia ao som da canção “O Infante”, de Dulce Pontes, interpretada pelo grupo de Desportos Gímnicos. Por sua vez, os alunos Iara Gonçalves, Tomás Martins, Maura Gomes, Soraia Martins, Daniela Machado e Mafalda Carneiro, do 11.º D, presentearam a assistência com uma dança poética ao ritmo de “Lo vas a olvidar”, de Billie Eilish e Rosalía. Assim, passos fluidos deslizaram pelo palco, corpos contaram histórias sem precisar de uma única rima. O olhar atento do público seguiu cada gesto, cada expressão, sentindo na pele a força de uma arte que respira liberdade.
Antes do encerramento do sarau poético, a professora Isaura Marques entregou os prémios do Concurso de Poesia de S. Valentim e alguns dos premiados leram os seus poemas.
O último momento de poesia ficou a cargo dos professores Alice Coutinho, António Rosas e Alexandra Santos, que declamaram primorosamente poemas da sua autoria.
Um agradecimento a todos os professores, alunos e assistentes operacionais que, pelo seu empenho e esforço, tornaram possível este sarau poético.
O sarau de emoções não se encerra com o apagar das luzes, ele continuará vivo em cada alma tocada pela poesia, pela música e pela dança, em cada inspiração que transformará um verso em arte.
Viva a Poesia!
Gabinete de Comunicação do AEDD
O Diário de Santo Tirso é privado mas faz serviço público, é um jornal online de Santo Tirso, com notícias exclusivamente de Santo Tirso, independente e plural. Acreditamos que a informação de qualidade, que ajuda a pensar e a decidir, é um direito de todos numa sociedade que se pretende democrática.
Para podermos apresentar-lhe mais e melhor informação, que inclua mais reportagens e entrevistas e que utilize uma plataforma cada vez mais desenvolvida e outros meios, como o vídeo, precisamos da sua ajuda.
O Diário de Santo Tirso tem custos de funcionamento, entre eles, a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede e taxas específicas da atividade.
Para lá disso, o Diário de Santo Tirso pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta e plural.
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo – a partir de 1 euro – sob a forma de donativo através de mbway, netbanking ou multibanco. Se é uma empresa ou instituição, poderá receber publicidade como forma de retribuição.
Caso pretenda fazer uma assinatura com a periodicidade que entender adequada, programe as suas contribuições. Estabeleça esse compromisso connosco.
MB WAY: 938 595 855
NIB: 0036 0253 99100013700 45
IBAN: PT 50 0036 0253 99100013700 45
BIC/SWIFT: MPIO PT PL