O maior partido da oposição em Santo Tirso, o Partido Social Democrata (PSD), à semelhança de todos os anos e tal como os restantes partidos com representação na Assembleia Municipal, esteve reunido com o Presidente da Câmara Municipal, Alberto Costa, na passada quarta-feira, dia 7 de setembro. A reunião aconteceu no âmbito das Grandes Opções do Plano e Orçamento para o ano de 2023.
São várias as áreas em que os sociais democratas de Santo Tirso gostariam de intervir. Através de um comunicado enviado às redações, o PSD deu a conhecer uma das duas propostas, um cheque natalidade de 1200 Euros. O PSD faz ainda críticas à data escolhida para esta reunião.
O PSD de Santo Tirso propõe a criação do programa “cheque natalidade” não só como apoio direto à natalidade, mas também como estímulo à fixação de casais jovens no concelho. Trata-se de um apoio de 1.200,00 Euros por família residente no município, por cada nascimento, numa medida a iniciar em 2023.
Na reunião que aconteceu no âmbito das Grandes Opções do Plano e Orçamento para o ano de 2023, os social-democratas entregaram um documento com 28 páginas ao presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso onde lembram que o concelho registou, entre 2011 e 2022, uma contração da população residente em cerca de 7% e uma diminuição em 42% do número de jovens até aos 14 anos.
A população ativa (dos 15 aos 64 anos) também sofreu um decréscimo de cerca de 12%, tendo-se registado um aumento em 66% da população sénior (com mais de 65 anos). Comparado com os concelhos vizinhos, a população residente no município tirsense envelheceu…. ou fugiu!
Para contrariar este ciclo negativo, o PSD de Santo Tirso sugere no documento (pode ser consultado de forma integral em http://www.psdsantotirso.pt/) que, além do “cheque natalidade”, sejam criados apoios diretos e alargamento da rede municipal de creches (com IPSS), captando os fundos do PRR e dos Quadros Comunitários destinados a esse fim, contribuindo para uma melhor conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar.
A fuga da população tirsense para os concelhos vizinhos é uma realidade e o documento entregue a Alberto Costa, na passada quarta-feira, apresenta um conjunto de 12 eixos com 75 medidas (devidamente justificadas) que o edil poderá implementar sem qualquer medo de ser feliz.
Ainda em relação à reunião de quarta-feira, o PSD estranha duas coisas:
– que Alberto Costa tenha convocado os partidos da oposição no dia 22 de agosto para um encontro a realizar no dia 7 de setembro, o que significa um período de tempo escasso dado aos partidos para preparar um documento com esta importância;
– e que Alberto Costa, nos limites da legalidade, não tenha apresentado primeiro (primeiro!) aos partidos da oposição as Grandes Opções do Plano e Orçamento para análise e discussão, tendo realizado o processo de forma inversa.
Das duas uma: ou Alberto Costa ignora a Lei, ou pretende, mais uma vez, entrar na esfera da “politiquice”, ficando à espera de que os partidos “saiam da toca” para poder anunciar, qual Messias, um pacote de medidas ainda mais esplendoroso…! O PSD antecipa que não se revê nesta mesquinhez!
Para o PSD, interessa resolver os problemas concretos dos tirsenses! O presidente da Câmara Municipal pode, se assim o entender, aproveitar as sugestões e contributos social-democratas. Sem complexos!
Caso contrário, as 75 medidas estruturais que foram entregues ao edil significam que o PSD está pronto a governar Santo Tirso!
E que o PSD vai defender sempre um município para todos!
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