O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), recebeu várias comunicações de munícipes preocupados acerca das políticas de proteção animal do município. Segundo o PAN, Santo Tirso, tal como outros concelhos no país “encontra-se a braços com um problema de proliferação de matilhas de cães, provenientes tanto do abandono como da posterior procriação. Este fenómeno leva ao crescimento do número de cães que, salvo com alguns cuidadores voluntários, nunca tiveram contacto positivo com humanos, tornando-os naturalmente receosos, territoriais, eventualmente agressivos e de difícil adoção, pelo que não se enquadram no tradicional circuito de captura, esterilização e adoção”.
O PAN de Santo Tirso valoriza o papel do cuidador voluntário na “manutenção destas matilhas tem sido essencial, providenciando o alimento, a captura e posterior adoção de alguns cães juvenis,” contudo, sem “uma intervenção eficaz por parte do município, o número de animais errantes e em matilha continuará a aumentar, podendo pôr em risco a segurança de pessoas e outros animais.”
“É imperativo que se construam parques de realojamento onde estes animais possam, após serem esterilizados, viver o resto das suas vidas em condições similares às que conhecem”, refere Sandra Ferreira, porta-voz da concelhia, acrescentando que “São vários os municípios que já contam com espaços adequados às características destes animais, terrenos amplos de terra batida e com vegetação, sombra e abrigos, permitindo que estes manifestem o seu comportamento natural.”
A Comissão Política do PAN solicitou esclarecimentos à Câmara Municipal de Santo Tirso, nomeadamente, se esta equaciona, à semelhança de muitos outros, criar um parque de realojamento de matilhas, devidamente identificado e vedado onde possam ser colocados os animais de matilhas e quais as medidas que estão a ser promovidas para acautelar o bem-estar dos animais sinalizados, que se encontrem na via pública em situação de errância ou abandono.
“É fundamental que sejam previstas medidas éticas para que, de forma segura e responsável, possam solucionar não só o número de animais nascidos e oriundos destas reproduções descontroladas, como também a insegurança que provocam no seio da comunidade”, termina o PAN.
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