O candidato da CDU à Assembleia Municipal de Santo Tirso, João Ferreira, na apresentação da candidatura da coligação à Junta de Freguesia de S. Tomé de Negrelos fez uma intervenção sobre o recente anúncio do executivo municipal de renegociar o contrato da concessão da água pública à INDAQUA.
“A entrega do serviço público de abastecimento da água a privados é uma opção que o PS, acompanhado de PSD e CDS, tem insistido em impor à população do concelho com consequências profundamente negativas, inscritas mensalmente nas faturas da água que recebemos nas nossas casas.
Ao fim de mais de duas décadas de gestão privada, com os preços da água mais caros do país, no final de 2020 o executivo do PS veio anunciar, de peito firme e punho cerrado, o resgate da concessão da água à empresa INDAQUA, embora sem nunca reconhecer o erro da privatização.
Porém, podemos confirmar aquilo que já suspeitávamos. Ou seja, a montanha pariu um rato. E a reversão que só pecava por tardia, afinal não passou de um logro, pois viemos a descobrir que poucos meses depois já estavam acordados os termos da renegociação com a empresa.
E por isso assistimos ontem a um verdadeiro flik-flak à retaguarda com mortal encarpado, e a pouco mais de duas semanas das eleições autárquicas, PS, PSD e CDS, votaram a favor da prorrogação do prazo de concessão por mais 15 anos (até 2049), desvalorizando por completo a possibilidade da composição da próxima assembleia municipal ser contrária a essa decisão e deixando à população esse encargo por décadas.
Para tal, anunciam a redução do tarifário em 35%, embora sem esclarecer as razões pelas quais tal redução não aconteceu no passado. Sendo certo que tal redução do tarifário ainda poderia ser mais significativa se a concessão fosse revertida, porque por exemplo deixariam de estar contemplados nos custos os dividendos dos accionistas da empresa Indaqua.
O executivo do PS também não esclarece as mais do que prováveis contrapartidas financeiras que tal decisão acarreta. De acordo com o parecer da entidade reguladora, face às previsões irrealistas relativas ao aumento de clientes, bem como a alteração da matriz de risco, em prejuízo do Município, existe uma forte possibilidade da necessidade de novos (e sucessivos) reequilíbrios financeiros a partir de 2023. Isto é, novas injecções de dinheiros públicos, tal como ocorreu em todas as renegociações anteriores.
A CDU, que desde sempre foi a única força política que sempre se opôs intransigentemente ao negócio da água, agiu em conformidade com a sua posição e votou contra. Sendo que esse é o compromisso que continuará a assumir para com a população. Defesa do serviço público de abastecimento da água, através da remunicipalização da gestão e da adopção de políticas tarifárias orientadas para a fruição universal dos serviços e não para a obtenção de lucros.
E esta é mais uma prova de que a CDU é a força de esquerda mais coerente e consequente, a quem não falta coragem política para enfrentar quem faz frente ao interesse público.
Pela que o voto na CDU a melhor garantia de uma política de esquerda, quer seja nas freguesias, quer seja nos órgãos municipais.
E é exactamente por isso, para que a população de S. Tomé tenha uma voz de esquerda na Assembleia de Freguesia, que defende o direito aos serviços públicos de qualidade, à cultura, à protecção social, à habitação digna e à mobilidade, através de uma rede de transportes públicos de qualidade, que apresentamos aqui hoje a Nádia Castro, 1ª. candidata à Assembleia de Freguesia de S. Tomé de Negrelos. “
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