O Diário de Santo Tirso esteve à conversa com Sina Cunha, proprietária da loja “SINA”. A funcionar na cidade há mais de 30 anos, anteriormente como “Boutique da Gina”, a loja “SINA” pertence a Sina Cunha há 2 anos. Tentamos perceber como tem sido manter um negócio de vestuário em altura de pandemia.
Desde que começou a pandemia em Portugal, no inicio de março, que Sina Cunha tem sentido uma quebra de mais de 50% de faturação no seu negócio. Devido ao recolher obrigatório e a outras questões pessoais, a sua loja esteve encerrada ao público desde 16 de março até 13 de junho.
Com a reabertura Sina refere que o mês de agosto e o início de setembro foram bons a nível de vendas. Devido aos fornecedores estarem também a produzir menos quantidades perdeu de vender alguns artigos inclusive. Após meados de de setembro o negócio voltou a ficar mais parado, Sina Cunha afirma mesmo que neste momento se faturar para pagar as despesas inerentes ao negócio já fica satisfeita, tem noção da situação difícil que o país atravessa e não espera lucros nesta altura.
Quanto às medidas impostas pelo governo, nomeadamente a obrigação de fechar às 13h00 ao fim de semana, Sina Cunha diz que principalmente no mês de dezembro que costumava estar aberta todo o dia ao sábado, faz-lhe muita diferença. Tem clientes que são de outros concelhos e deixam de vir porque fecham mais cedo e algumas alturas também se vêm proibidas de sair dos concelhos, tudo isto interfere com o volume de vendas da loja.
Na opinião da empresária estas medidas não são a solução pois acabam por provocar mais aglomerados em todo lado da parte da manhã, o que pode contribuir para o aumento do contágio.
Questionada sobre o cumprimento das regras de segurança impostas pela DGS na sua loja, Sina Cunha refere que todas as suas clientes são cumpridoras e respeitam sem reclamar.
Ajudas por parte do governo refere que no total desde março até ao momento apenas recebeu cerca de 140€ referente ao tempo que teve a loja fechada. Por parte da Câmara Municipal, aderiu agora à campanha “TICKET”, criada pelo município para dinamizar o comércio local na altura do Natal.
Em fim de conversa Sina Cunha desabafa que a sua maior dificuldade tem sido mesmo aguentar as despesas mensais que são sempre fixas, tendo em conta a diminuição que sente em relação às vendas.
Um futuro incerto, as contas que continuam a aparecer para pagar todos os meses, o sonho de manter vivo o negócio e a fé que tudo vai ficar bem. Assim temos encontrado os comerciantes com quem temos conversado.
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