Com o objetivo de consciencializar, através da arte, para o risco de incêndio e apelar à prevenção, a Câmara Municipal de Santo Tirso promove “Terra Queimada”, um espetáculo que une teatro, música e dança para contar as histórias de quem viveu a tragédia do fogo. Produzido pela associação cultural Astro Fingido, chega à Fábrica de Santo Thyrso dia 13 de dezembro, pelas 10h30. A entrada é gratuita.
Nandinha a costureira, a emigrante Arlete Mónica, e o JJ das queimadas, são três personagens que se apresentam como responsáveis involuntários de uma situação que não procuraram. Em “Terra Queimada” relatam, “com a leveza da sua ignorância”, as ações que conduziram ao desastre: “uma mera queima de lixo doméstico, a limpeza de terrenos, o enxotar de pragas”.
Há ainda um cão, Lord, “mas esse no seu papel de espectador e vítima das ações humanas”, que sublinha o alerta: “mais vale prevenir”, afinal, segundo dados revelados pela campanha Portugal Chama, 50 por cento dos incêndios são resultado de fogueiras, queimas e queimadas mal realizadas, com 85 por cento deles a começar a menos de 500 metros de uma estrada ou de áreas habitadas ou cultivadas.
“Terra Queimada” é um espetáculo divertido para falar de coisas sérias. Da nossa responsabilidade individual perante a comunidade que nos acolhe, de como custa pouco estar atento às informações sobre os estados de alerta que nos obrigam a adiar certas tarefas e do que cada um pode fazer para ajudar a diminuir o número de ignições que, ano após ano, dão origem a tragédias que nos marcam para sempre.
O espetáculo conta com direção artística de Ângela Marques e Fernando Moreira, da associação cultural portuense Astro Fingido e com a participação de outras seis entidades: Jangada Teatro (Lousada), Teatro e Marionetas de Mandrágora (Espinho), Bando das Gaitas (Lousada), InDance (Porto), CêTeatro (Paredes) e Ruínas Teatro (Lousada).
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