Diogo Almeida e Silva, 23 anos, residente em Santo Tirso desde os 3 anos, é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, e frequenta atualmente o Mestrado em Sociologia no ISCTE-IUL, em Lisboa.
Na sua passagem por Coimbra assumiu funções de relevo no Núcleo de Estudantes de Direito da Associação Académica de Coimbra como Coordenador das Relações Externas e Presidente de Plenário, mas também na Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra, como vogal para a Política Cultural. Foi também locutor na Rádio Universidade de Coimbra.
É Presidente da Juventude Socialista de Santo Tirso desde 2019 e comissário Nacional do Partido Socialista, em representação da Juventude Socialista, tendo já cumprido diversos mandatos em estruturas federativas do distrito do Porto, e também a nível Nacional, com dois mandatos como Comissário Nacional.
Diário de Santo Tirso: Como surge o interesse do Diogo pela política?
Diogo Almeida e Silva: O meu interesse pela política já remonta há algum tempo, posso considerar que tenho sido de certa forma precoce, tenho tido atividade política e pública mais ou menos por volta dos meus 14, 15 anos, foi algo muito espontâneo. Não tinha ambições nenhumas na política, foi um sentimento de querer fazer algo mais e participar em processos de decisão, conhecer um pouco mais a nível de políticas mas sobretudo um sentimento de preocupação com o bem estar social, com algumas das causas que ainda hoje me movem, o combate às desigualdades, e na altura também muito ligado à questão estudantil, fiz também associativismo e acho que isso também é uma vertente muito interessante da política, fiz associativismo e nomeadamente associativismo estudantil de diversos aspetos, tanto aqui no ensino secundário como depois na minha passagem por Coimbra em que integrei o núcleo de estudantes de direito e depois a direção geral da associação académica de Coimbra que foi também um dos maiores desafios que integrei na minha vida. O interesse da política vai além do partidário e é até mesmo no secundário estive envolvido numa causa de defender a escola pública, portanto acho que é transversal e acho que já é algo que vem naturalmente desde cedo, acho que remonta aos 14 anos que encontrei a possibilidade de participar, mas se calhar até anteriormente porque fui sempre uma criança, um jovem atento e preocupado e muito cedo também tomei a iniciativa de procurar saber muito mais e participar nestes processos de decisão.
Diário de Santo Tirso: Quais são as suas ambições na política? Pretende fazer uma carreira na política?
Diogo Almeida e Silva: Eu não penso muito nisso, o que tenho vivido na política tem sido fruto de muitas circunstâncias, também da confiança que vão depositando pelos órgãos pelos quais fui eleito, das pessoas com quem trabalho, tem sido um gosto enorme nesse sentido e não penso propriamente na política como um veículo partidário só. Se eu amanhã ficasse sem a possibilidade de fazer política no partido, na Juventude Socialista, certamente continuaria a ter preocupações políticas e a ter participação política de qualquer forma. A nível de ambições políticas eu acho que sobretudo enquanto não vir os desígnios que me fizeram entrar para a política como realizados. Uma maior igualdade, um maior combate às desigualdades sociais, quando muitas das causas são tidas por mim e pela minha geração como primordiais acho que a ambição será sempre para colmatar essas causas e esses mesmo desafios.
Diário de Santo Tirso: Como é o Diogo Silva? Dá sempre a sua opinião, até perante o Partido Socialista de Santo Tirso, fazendo com que as suas ideias sejam ouvidas?
Diogo Almeida e Silva: Sim e nomeadamente agora como Presidente da Juventude Socialista de Santo Tirso não dou apenas a minha opinião mas tento representar os jovens que caminham comigo neste desafio. Mas não só, faz parte da minha forma de fazer política não representar apenas a Juventude Socialista, não representar apenas os jovens que decidem fazer parte da Juventude Socialista mas sim todos jovens e atendendo a todas as preocupações da população. Não acho que seja propriamente a minha opinião que seja a mais ponderante mas sim o conjunto de todas as opiniões e das preocupações que pautam os meus ideais e as necessidades das pessoas que nos rodeiam.
Diário de Santo Tirso: Estamos a menos de meio ano das próximas eleições autárquicas. Vai integrar alguma lista em alguma Junta de Freguesia ou até mesmo na Câmara Municipal?
Diogo Almeida e Silva: Sou muito sincero, da minha parte ainda não sei, ainda não foi conversado, o processo autárquico está a ser decorrido de uma forma natural muito assertivo pelo Partido Socialista, sempre em diálogo com a Juventude Socialista, nós temo-lo feito pelo menos desde que fui eleito, temos tido um diálogo constante. Não é minha preocupação assumir necessariamente um cargo autárquico mas que os jovens se sintam verdadeiramente representados, sejam jovens da Juventude Socialista ou do concelho de Santo Tirso e acho que essa é que é a minha prioridade em vez de eu ter ou não um lugar autárquico. Se vier e se isso significar uma melhor representação dos jovens em Santo Tirso que seja positivo para todos.
Diário de Santo Tirso: A Juventude Socialista tem sido uma voz ativa nas redes sociais com várias iniciativas e fazendo mexer, digamos assim, a política concelhia. Quais são as propostas da JS para Santo Tirso?
Diogo Almeida e Silva: E acrescentava, tem sido mais nas redes sociais devido ao período de pandemia mas o que nos cativa é precisamente o trabalho no terreno que é aquilo que acho que se tira de muito positivo na política e nomeadamente quem gosta de conhecer novas realidades, conhecer pessoas, ouvi-las e transformar aquelas que são as preocupações em solução, acho que isso é que é o mais importante. O nosso trabalho na Juventude Socialista, nós olhamos das diversas óticas, temos diversas áreas de atuação, nomeadamente a nível nacional, a nível federativo e a nível concelhio. E a nível concelhio para as próximas autárquicas acho que as nossas preocupações têm que ser aquelas que são transversais a toda a nossa geração, pelo menos as que sejam primordiais. O combate à crise climática e à emergência climática, as preocupações relacionadas com o emprego jovem e com a habitação acessível, porque vivemos num período em que não é um problema de Santo Tirso mas é um problema do nosso país em que devido aos baixos rendimentos comparativamente ao preço das rendas, é um problema que temos de enfrentar com seriedade e isto está diretamente ligado com o emprego jovem. Temos visto também um crescimento ao nível industrial e em outros setores em Santo Tirso e espero que seja uma alavancagem para colmatar essa mesma lacuna, mas também a nossa preocupação diretamente relacionada com a igualdade, combatendo a desigualdade de género e vai muito ao encontro ao trabalho que temos desenvolvido nas redes sociais e aí sim com as nossas iniciativas recentes, a discriminação racial e qualquer outro tipo de discriminação que possa surgir. À nossa geração pede-se que sejamos mais sustentáveis ambientalmente, que sejamos mais conscientes e que respeitemos mais o próximo e aqueles que nos rodeiam e com melhor emprego e melhor condição de vida para que nos consigamos emancipar. A luta contra a emancipação e contra a precariedade. Essa é uma das principais lutas da Juventude Socialista de Santo Tirso.
Diário de Santo Tirso: Que balanço faz do último mandato de gestão autárquica, primeiro com Joaquim Couto e agora com Alberto Costa?
Diogo Almeida e Silva: Ao longo dos últimos anos o Partido Socialista tem sido o partido predominante em Santo Tirso e acho que isso significa precisamente um bom trabalho que tem sido feito no âmbito do município de Santo Tirso. Eu concordo com isso, acho que Santo Tirso tem sido beneficiado com um grande conjunto de medidas que visam a inovação e o futuro. É óbvio que Santo Tirso e o Vale do Ave viveram período conturbados com a crise que afetou o nosso empresarial e industrial mas acho que os sinais que têm sido dados com o aumento do investimento das empresas em Santo Tirso em 30% no último ano, no ano de pandemia, é um dos significados que a própria industria se está a revitalizar e está a diversificar que é muito importante. Se assistirmos outra vez a um colapso como o que aconteceu no Vale do Ave a nossa malha empresarial é mais diversificada e não vamos ter quedas tão grandes como aquelas que se verificaram ligadas a outros problemas que também não foram em Santo Tirso apenas. Temos a adesão à Organização Mundial do Comércio por parte da China e de outros países emergentes vieram-nos retirar muito produto. Mas quanto ao balanço autárquico acho que tem sido manifestamente positivo. Santo Tirso tem crescido, tem crescido no que toca a parque verdes, às iniciativas relacionadas com o desporto, ter também um bom exemplo no combate à pandemia na minha perspetiva, são inúmeros os exemplos autárquicos e aqui podia passa-lo independentemente de quem esteja a liderar o município de Santo Tirso e agora com confiança redobrada no nosso Presidente da Câmara, o Presidente Alberto Costa que presidiu a câmara de Santo Tirso nos últimos anos e que certamente fará um bom trabalho após estas eleições autárquicas e reitero confiança no Alberto Costa.
Diário de Santo Tirso: No seu entender quais são os pontos fortes e os pontos fracos do nosso concelho?
Diogo Almeida e Silva: São diversos. Os pontos fracos pode-se prender por questões estruturais que ligam diretamente a outras questões. Nós vimos que não somos um grande centro com capacidade de termos decisões mas acho que isso também tem sido mudado, temos capacidade diferenciadora de outros concelhos que nos rodeiam, vivemos aqui entre a parte litoral e a parte mais interior do nosso distrito e perto da área metropolitana do Porto. Estamos numa posição intermédia e até de passagem. Se calhar falta-nos aqui mais alguns setores possantes e com mais capacidade de trabalho como cidades como o Porto ou Lisboa. Mas quanto aos ponto fortes são distintos. Acho que se vive muito bem em Santo Tirso, as famílias vivem bem em Santo Tirso, com diversos apoios de ordem social, de ordem às famílias. Acredito que muitos desses se vão reforçar brevemente, acredito também que o desenvolvimento que se tem feito tem sido de forma sustentada e sustentável. E acho que sobretudo esses são os pontos fortes, Santo Tirso é um bom local para se viver, muito seguro também e acho que o melhor que pode acontecer a um município é que as pessoas se sintam bem a viver nele.
Diário de Santo Tirso: Caso fosse agora o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso que mudanças iria implementar? Qual seria a sua primeira medida?
Diogo Almeida e Silva: Isso é difícil até porque tenho um contacto regular com o Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, felizmente, ele faz questão também de nos ouvir e o nosso diálogo tem sido constante e recordo-me de muitas políticas tidas em Santo Tirso. Olha uma delas que ia levantar era a concessão da água. Foi uma das coisas que dialoguei com o Presidente mesmo antes da decisão ter sido tomada. Acho que foi uma medida muito positiva e iria tentar fazer de uma forma mais positiva e mais benéfica para os tirsenses. Mas muitas outras podiam ser tomadas e aqui puxaria claramente para os jovens. Se amanhã fosse eleito Presidente da Câmara de Santo Tirso, seria necessariamente um presidente jovem e iria de encontro a algumas preocupações que já alanquei nomeadamente o emprego jovem, combater a precariedade, gerar uma autarquia que seja ainda mais amiga das famílias e que os jovens tenham capacidade de se emancipar e de ser mais. Somos das gerações mais qualificadas, somos das gerações mais diversificadas e e encontrar espaço para que cada um se tina bem e possa concretizar os seus objetivos.
Diário de Santo Tirso: Vamos falar agora sobre a pandemia, infelizmente continua a ser o tema que está mais na ordem do dia. Portugal chegou a ser um dos piores países do mundo em vários rankings de casos e mortes diárias por cem mil habitantes em janeiro deste ano, seja resultado de algumas das medidas tomadas ou do comportamento de algumas pessoas. O governo e as autoridades de saúde têm gerido bem toda esta situação porque continua a ser algo novo? Ou na sua opinião muitas medidas poderiam ser melhor planeadas ou inclusive poderia ter sido seguido outro caminho?
Diogo Almeida e Silva: Tendo em conta as circunstâncias e as condicionantes, e todo o cenário que observamos a nível europeu e a nível mundial acho que estamos no bom caminho, acho sinceramente que as nossas políticas têm sido ponderadas, tem sido procurado o aconselhamento junto dos especialistas e não vemos acontecer em Portugal aquilo que tem acontecido em países como o Brasil que é um descalabro e que víamos acontecer nos Estados Unidos, olhando aqui para esses países e que agora depressa foi colmatado com uma liderança diferente. Acho que Portugal tem uma liderança forte, acho que os números de que falou foram fruto das circunstâncias e de algumas medidas que inclusive foram admitidas como não tendo sido talvez as mais acertadas, nomeadamente a abertura no Natal, revelou-se caótico. Mas é muito difícil encontrar o equilíbrio entre aquilo que é o confinamento que é fechar e o equilíbrio da economia. Se formos para a rua e perguntarmos aos nossos comerciantes e aos nossos empresários também com consciência daquilo que se apraz dirão que não querem fechar mas que compreendem que seja necessário fechar. Eu também como jovem, neste momento estudante, também me custa estar fechado em casa, estar muito tempo sem ver os meus colegas mas também me lembro dos idosos, seja nos lares, estiveram imenso tempo sem contactar com as suas famílias, o que é uma violência tremenda, mas também os jovens que vivem nas escolas, alguns que estão a aprender a ler, outros que estão a terminar o ensino secundário e outros que terminaram o ensino secundário o ano passado e que têm este ano atípico como primeiro ano de faculdade. Eu mesmo no primeiro ano de mestrado numa universidade diferente sinto esse impacto enorme. É muito difícil encontrar aqui o equilíbrio, as políticas adotadas têm sido ponderadas, vai muito também do comportamento que devemos ter mas também temos aqui consciência que todos temos limites e nós como indivíduos e pertencentes a grupos sociais não estamos habituados a isto e o impacto na saúde mental é tremendo e acho que devemos preservar isso mesmo. Outra questão é o plano de vacinação que é uma nova esperança e esperamos que esteja concluído de forma eficaz que proceda da forma prevista e o mais adequada possível para que todos estejamos mais seguros em breve. Vemos países a darem sinais nesse sentido, Portugal acho que está num plano eficaz, obviamente que se todos nós estivéssemos vacinados amanhã, se um de nós decidisse, mas não pode ser assim, temos os centros de vacinação e em Santo Tirso é um grande exemplo de um centro de vacinação com grande capacidade de vacinação diária e esperamos que isto seja colmatada de forma rápida e acho que aqui o papel da União Europeia é muito importante na distribuição das vacinas neste plano e vamos puxar aqui a brasa porque é um papel que eu acredito que é verdadeiramente social democrata em que são os estados a decidir para quem vai as vacinas e não é o poder económico que decide quem adquire as vacinas. E eu acho isso muito importante neste combate à pandemia e por isso prefiro paciência, prefiro eficácia do que as vacinas estivessem apenas disponível para quem pode e não para quem precisa.
Diário de Santo Tirso: Relativamente aos efeitos da pandemia em Santo Tirso, referindo que o Diário de Santo Tirso tem noticiado e divulgado as dificuldades extremas pelas quais os comerciantes de rua estão a passar, como poderia a Câmara Municipal ir mais além e apoiar ainda mais esses pequenos empresários e os proprietários de cafés e restaurantes da nossa cidade e concelho?
Diogo Almeida e Silva: Eu acredito que a Câmara Municipal seja o primeiro organismo em Santo Tirso a querer ter soluções para isso mesmo. E acho que isso mesmo se notou no apoio aos restaurantes, na entrega de refeições em casa, um conjunto de outras medidas, e também dado o período de pandemia a surpresa que encontramos até no ano passado em que tudo era muito mais assustador do que aquilo que parece agora. E isso se calhar leva aos números que falamos há pouco e ao relaxe mas há uma saturação natural das pessoas e temos a questão da saúde mental que nós não sabemos e não aprendemos a viver assim. Mas quanto ao apoio concreto, nós também temos na Juventude Socialista tentar estar perto do comércio local e das pessoas de Santo Tirso, dos empresários para perceber aquilo que pode ser necessário apoiar e todas as medidas que poderão ser feitas. O próprio governo tem lançado alguns apoios, é mais uma das situações em que é normal que os apoios não sejam tão grandes como nós pretendemos e não cheguem nos timings que nós pretendemos por burocracias naturais. Mas continuo a achar que é melhor assim do que uma anarquia total e que levaria muitos problemas que não esses. Acho que por exemplo, outra questão que já falamos, do investimento em Santo Tirso ter crescido, é um bom sinal para o nosso concelho, mas continuamos com muitos pequenos e médios empresários com muitas dificuldades. Eu sinceramente tenho muito medo, olho para outros setores como o desporto e a cultura com enorme preocupação, seja pelos atletas, pelos atletas de formação que vêm o seu percurso com solavancos que não previam. Os trabalhadores da cultura que têm tido muito poucas oportunidades de trabalhar e de pagar as suas contas. Tudo isto é uma transversalidade de assuntos que precisam de resposta mas nós vivemos numa atualidade que não sabemos o que é daqui a quinze dias mas sim espero que os apoios sejam muito reforçados e vai de encontro aquilo que tem sido o apoio europeu e isso também é importante. Não nos esquecemos, seja do ponto de vista geracional ou do ponto de vista do partido e da Juventude Socialista, não nos esquecemos do que é ser europeu e da importância de ser europeu, e acho que é um exemplo fortíssimo do que estamos a viver atualmente e espero que daí sejam dados os melhores frutos possíveis aos nossos comerciantes e aos nossos empresários em Santo Tirso e a todos pelo nosso país.
Diário de Santo Tirso: Não sendo propriamente um perito em saúde pública, mas sendo um jovem político com opinião e ideias bem assentes, como acha que Portugal e o mundo vão ultrapassar toda esta situação que já dura há mais de um ano?
Diogo Almeida e Silva: Eu acho que acabei por responder um pouco a isso ao longo das últimas perguntas, acho que os planos de vacinação e a vacinação em si é, pelo menos daquilo que perspetivamos neste momento é solução, pelo menos é a solução que nos devemos concentrar neste momento mas depois restam muitas preocupações como as que acabei de elencar. Seja do ponto de vista empresarial e industrial, do ponto de vista do desporto, da cultura e muitos outros que se encontram parados e vão precisar de apoios. Aqui, pegando em questões tão simples do ponto de vista social nós não sabemos como vamos conviver daqui a dois meses, não sabemos como conviver, vemos agora pela grande afluência às esplanadas em que as pessoas têm vontade de estar umas com as outras e eu sou um dos que alguma das coisas que tenho estudado e acompanhado tenho curiosidade em ver se os anos 20 não serão de novo os loucos anos 20 na vertente em que vamos ter sede de convívio, sede de tudo aquilo que nos foi retirado e vamos procurar compensar isso nos próximos tempos. Mas acho que essencialmente devemos concentrar-nos na vacinação e se conversarmos entretanto e mais tarde, veremos se a vacinação será o reduto final para a solução desta pandemia ou se os efeitos desta pandemia durarão durante anos senão décadas mas sejamos preventivos de hoje em diante e que aprendamos que a qualquer momento tudo aquilo que demos por adquirido pode ser derrotado por um inimigo invisível.
Diário de Santo Tirso: Que mensagem gostaria de deixar a todos os jovens de Santo Tirso?
Diogo Almeida e Silva: Aos jovens de Santo Tirso eu apelo sobretudo que participem, que se envolvam e que procurem dar a vossa opinião, conhecer mais opiniões, mas sobretudo façam parte dos vossos núcleos de decisão, seja nas escolas, nas associações de estudantes, seja nas associações de moradores, junto das juntas de freguesias, estou certo que os decisores políticos terão todo o gosto em ouvir os jovens e não só porque acredito que os decisores políticos nunca se esqueçam daquele que é o seu papel fundamental. Eu pelo menos como participante na vida política não me esqueço e é isso que eu estimulo. Participem, tenham esperança, batalhem bastante, tenham consciência que os próximos anos são nossos e que muito dependem de nós para fazer face a todas as lutas que estamos a atravessar neste momento e que vemos uma escalada tão rápida e que vão precisar da nossa força para serem combatidas.
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