O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol instaurou um processo disciplina à jornalista da Sport TV, Rita Latas.
Em causa está uma pergunta que a profissional fez ao treinador do Sporting Clube de Portugal: “Uma última pergunta e um pouco à margem do jogo porque é impossível fugir a esse tema – as palavras de Slimani dirigidas a Ruben Amorim. Que comentários lhe merecem o que Slimani disse que, ao que tudo indica, Rúben Amorim não queria que Slimani jogasse porque preferia que Paulinho estivesse no 11 inicial”.
Após esse momento o delegado do Sporting pediu que o delegado da Liga escrevesse no relatório a pergunta de Rita Latas, por ser uma questão fora do contexto do jogo.
Em declarações ao Maisfutebol, Manuel Queiroz, presidente do Clube Nacional de Imprensa Desportiva (CNID), assegurou que “se houver alguma multa que a Rita Latas tenha de pagar, o CNID terá gosto em ir pagá-la num saco com moedas de um cêntimo”, referindo que o regulamento vai contra a liberdade de imprensa.
Ela fez apenas o seu trabalho, com toda a lisura. Fez uma pergunta, o treinador respondeu dentro daquilo que entendia. Desconhecia o regulamento neste particular. É a primeira vez que uma situação destas acontece. O CNID e acredito que também o Sindicato de Jornalistas nunca foram auscultados para a elaboração do regulamento. Quando muito, quem poderia ser penalizado seria o canal de televisão, por ter firmado um contrato com essas cláusulas. Agora, um jornalista, por fazer o seu trabalho?”, questiona o presidente.
Relativamente ao presidente do Sindicato dos Jornalistas, Luís Simões, disse, em declarações à TSF, que a ação movida pela FPF “remete para censura”, tratando-se de um caso “assustador”. A entidade promete levar o caso “às mais altas instâncias”, como é o caso do Presidente da República e do primeiro-ministro.
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