A revelação foi feita poucos dias depois de o antigo presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Castro Fernandes (1999-2013) ter perguntado, no Facebook, sobre o processo de candidatura do Mosteiro de São Bento à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O processo foi inclusive iniciado pelo histórico socialista em 2012.
Em resposta à agência Lusa, a Câmara Municipal afirmou que só após as obras de requalificação e valorização económica no Mosteiro de São Bento é que avançará com uma candidatura do monumento religioso a Património Mundial da Humanidade.
“Em 2013, a candidatura não chegou a avançar pois o mosteiro não reunia condições”, respondeu a fonte da autarquia, que em junho de 2017 anunciou a constituição de um memorando de entendimento no âmbito da Rede de Mosteiros e Paisagens Culturais Beneditinas. O memorando reunia ao monumento de Santo Tirso os mosteiros de Santa Maria de Pombeiro, em Felgueiras, Santo André de Rendufe, em Amares, São Bento da Vitória, no Porto, São Martinho de Tibães, em Braga e São Miguel de Refojos, em Cabeceiras de Basto.
Em 2017, o Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Joaquim Couto, dizia que o “memorando é a prova de que não baixámos os braços e que continuamos a trabalhar para candidatar o Mosteiro de São Bento a património cultural da humanidade”.
A fonte da autarquia, disse à Lusa, que o objetivo, em 2017, era “dar alguma dimensão e criar um circuito de visitação”.
“Faz parte do programa do atual presidente avançar com um estudo para a requalificação e valorização económica do mosteiro, tendo sido já criada uma equipa que está a trabalhar nisso”, revelou a fonte, assegurando que “só concluída a requalificação a câmara poderá avançar com uma candidatura do mosteiro”.
Contudo, e porque está ainda em “fase de estudo prévio”, a autarquia liderada por Alberto Costa “ainda não tem valor estimado para a requalificação, nem horizonte temporal para avançar com a candidatura”.
Também em declarações à Lusa, o antigo presidente da Câmara de Santo Tirso, Castro Fernandes, lamentou o aparente “desinteresse” da autarquia pela candidatura lançada em 2012.
Castro Fernandes reitera que “era fundamental para Santo Tirso classificar o monumento como Património Mundial da Humanidade. Seria excelente para a região”.
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