Após o anúncio do Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, do protocolo assinado, esta quinta-feira, entre a União das Misericórdias Portuguesas e o Ministério da Saúde, tendo em vista a transferência do Hospital de Santo Tirso, o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa, pediu uma audiência urgente à ministra da Saúde, para que sejam esclarecidos os contornos do acordo, que vai contra o modelo de gestão defendido pela Câmara Municipal.
Através de um comunicado enviado às redações, a Câmara Municipal de Santo Tirso deu a conhecer a sua posição.
1 – A Câmara Municipal de Santo Tirso lamenta ter sido informada pela Comunicação Social de uma medida com enorme impacto para população do concelho, sem que tenha sido chamada a dar o seu contributo para o processo de decisão;
2 – Não tendo nada contra a Santa Casa da Misericórdia de Santo Tirso, a quem reconhece um papel fundamental na prestação de serviços de assistência social no concelho, a Câmara Municipal de Santo Tirso defende a manutenção do Hospital de Santo Tirso no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (SNS) por acreditar que é o modelo que melhor garante a qualidade e equidade de acesso da população de Santo Tirso aos cuidados de saúde hospitalares;
3 – A Câmara Municipal de Santo Tirso considera incompreensível que esta medida seja tomada depois de terem sido cumpridos os investimentos, de cinco milhões de euros, anunciados pelo anterior Governo, na qualificação do Hospital de Santo Tirso e de, há precisamente um ano, ter sido inaugurado um novo edifício construído para albergar a Unidade de Apoio ao Serviço de Urgência e Cuidados de Saúde Primários na Área da Saúde Mental do Centro Hospitalar do Médio Ave;
4 – A Câmara Municipal de Santo Tirso acredita que a transferência do hospital para a União das Misericórdia é uma medida político-partidária, de desinvestimento do Governo no SNS, e que representa um retrocesso no caminho de que tem vindo a ser trilhado desde 2016, quando foi revertida a homologação da passagem do Hospital de Santo Tirso para a União das Misericórdias, tomada pelo Governo liderado por Pedro Passos Coelho;
5 – Desconhecendo por completo os contornos do acordo celebrado entre a União das Misericórdias Portuguesas e o Ministério da Saúde, a Câmara Municipal de Santo Tirso está solidária com todos os colaboradores do Hospital de Santo Tirso e considera urgente a garantia de que esta decisão não vai colocar em causa os postos de trabalho.
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