Bloco de Esquerda de Santo Tirso pede à Câmara Municipal o fim da poluição na Zona Industrial da Picaria
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Bloco de Esquerda de Santo Tirso pede à Câmara Municipal o fim da poluição na Zona Industrial da Picaria

Imagem: Diário de Santo Tirso

Realizou-se ontem na Nave Cultura da Fábrica de Santo Thyrso a sessão ordinária pública da assembleia municipal do mês de abril.

Paulo Oliveira, do Bloco de Esquerda de Santo Tirso tomou a palavra para alertar sobre os problemas de poluição que têm acontecido aos longo dos últimos meses na zona industrial da Picaria: “As descargas poluentes numa ribeira afluente do rio Sanguinhedo junto à zona industrial da Picaria em Santo Tirso são hoje recorrentes. A mais recente ocorreu ainda neste mês de abril tendo coberto de espuma as águas da ribeira. Em ocasiões anteriores além de espuma as descargas tingiram as águas de vermelho durante vários dias. Verificaram-se várias situações em que a ribeira corria com água colorida, azul e outras de amarelo”.

O bloquista de Santo Tirso prosseguiu: “Porém a poluição deste curso de água não é a única questão ambiental que surgiu após a zona industrial da Picaria. Quando ocorrem chuvas intensas é comum ocorrerem inundações nos terrenos contínuos à margem da ribeira e às linhas de água existentes nas proximidades da zona industrial. Alguns destes terrenos são usados para fins agrícolas e estas catástrofes são tudo menos naturais, são extremamente prejudiciais para as culturas”

O Diário de Santo Tirso tem também denunciado várias situações de poluição na referida zona industrial:
https://www.diariodesantotirso.pt/psp-esta-a-investigar-agua-avermelhada-no-rio-sanguinhedo/
https://www.diariodesantotirso.pt/novas-alegadas-descargas-poluente-em-ribeira-de-santo-tirso/
https://www.diariodesantotirso.pt/poluicao-continua-um-dia-depois-da-policia-e-bombeiros-terem-estado-na-zona-industrial-da-picaria/

“Já várias entidades da administração central emitiram um parecer desfavorável sobre o plano industrial da picaria devido ao potencial de impacto negativo de instalação da mesma teria na região. Entre as quais a agência portuguesa do ambiente e a comissão coordenadora de desenvolvimento do norte. Sendo que a CCDR norte disse e passo a citar, a ocupação destas áreas altera o uso do solo de rústico para urbano desrespeitando a atual área da estrutura ecológica municipal. A mesma entidade afirmou posteriormente também afirmou que haveriam outras áreas que pudessem receber a instalação da zona industrial sendo que era injustificado a construção da mesma neste local que inclui área reservada ecológica nacional. O projeto também mereceu um projeto desfavorável do instituto da natureza e das florestas por não estarem previstas na área de intervenção do projeto faixas de gestão de combustíveis com a largura determinada pela legislação em vigor”, refere Paulo Oliveira.

O Bloco de Esquerda de Santo Tirso questiona também a aprovação por parte da Câmara Municipal: “Apesar de todas as recomendações desfavoráveis no plano da zona industrial da Picaria o executivo municipal do Partido Socialista permitiu que o projeto avançasse. Podemos até ver na ata do departamento do urbanismo e do ambiente na qual compareceu o presidente da câmara à data em funções a pedir celeridade na aprovação do plano e passo a citar: de forma a serem cumpridos compromissos assumidos e programados da candidatura Norte 20/20 nas áreas de acolhimento empresarial o protocolo com infraestruturas de Portugal e investidores”.

O Bloco de Esquerda de Santo Tirso pretende “que sejam esclarecidas as razões que levaram à Câmara Municipal de Santo Tirso a ir contra os pareceres das entidades da administração central levando a cabo a construção desta zona industrial”.

Para terminar, Paulo Oliveira “gostaria de saber o porquê da zona industrial da Picaria ter avançado mesmo com todos os pareceres negativos que havia recebido”, e questiona sobre “o que está a Câmara Municipal de Santo Tirso pensar em fazer para impedir que novas descargas aconteçam e para reverter as consequências que a zona industrial teve e tem para os eco-sistemas e culturas agrícolas da região”.

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