Bloco de Esquerda critica renegociação do contrato com a INDAQUA e questiona valor da palavra de Alberto Costa
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Bloco de Esquerda critica renegociação do contrato com a INDAQUA e questiona valor da palavra de Alberto Costa

Imagem: Diário de Santo Tirso (arquivo)

Foi António Soares, candidato do Bloco de Esquerda à Assembleia Municipal de Santo Tirso, quem usou da palavra, precisamente na última Assembleia Municipal realizada na passada quinta-feira, para questionar a decisão de Alberto Costa em renegociar o contrato de concessão da água pública com a INDAQUA

“Desde 1999 que as Águas Públicas no concelho de Santo Tirso são exploradas pela INDAQUA. Esta concessão feita há mais de 20 anos levou o nosso concelho até ao primeiro lugar dos concelhos com a água mais cara.

Estamos há mais de 20 anos ligados a uma empresa que promove um serviço que demonstrou não servir a população tirsense devidamente e nunca durante estes anos, algum executivo municipal teve a coragem de voltar atrás com este contrato desastroso e remunicipalizar um serviço, um bem, que deve servir todos e todas, independentemente da classe social.

Como é do conhecimento de todos e todas, foi anunciado em Dezembro de 2020 o resgate desta mesma concessão. O próprio presidente o disse e bem, aquando do anúncio do resgate, que em causa estava uma questão de “defender o interesse público”. No Ranking das águas de 2019, dos 25 concelhos com as águas mais caras do país, em 24 deles as águas eram geridas por empresas privadas. Por outro lado, dos 25 concelhos com a água mais barata, em 23 deles, as águas eram geridas pela respectiva câmara municipal. Com isto podemos comprovar que a água quando pública é gerida de forma a beneficiar a população e não os interesses de meia dúzia.

Segundo as notícias, a câmara municipal de Santo Tirso renegociou o acordo, tendo para isso prolongado a concessão durante mais 15 anos.

Melhor que renegociar a tarifa da água seria poder fazer o ajuste diretamente, e isso só será possível através da remunicipalização.

Com esta desistência o executivo parece estar a abrir mão do dever democratico de gerir um bem tão importante como a água.

Mas tão grave quanto isso, acabou de colocar o concelho numa enorme situação de fragilidade.
Pergunto assim a todo o executivo:

1) A remunicipalização da água em Santo Tirso já não irá acontecer como anunciado pelo próprio presidente da câmara no final do último ano?

2) Entende também este executivo que o valor da sua palavra foi posta em causa com esta desistência de remunicipalização da água?”

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