No passado fim de semana, 26 e 27 de outubro, a concelhia do Bloco de Esquerda de Santo Tirso marcou presença na V Conferência Nacional do partido.
Na Conferência realizada na Escola Secundária Carolina Michaëlis, no Porto, António Soares, geógrafo, dirigente partidário e deputado municipal em Santo Tirso, interveio e falou sobre a importância do ordenamento do território. Na sua intervenção, o jovem deputado municipal bloquista falou sobre o concelho de Santo Tirso, indicando alguns casos de mau planeamento local. António Soares alerta para “Lugares onde pretendem isolar a população mais vulnerável” dentro dos municípios portugueses e acrescentou “(…) como as gentes do Bairro do Zambujal onde assassinaram Odair.
Ou como as populações do Bairro do Cerco, tantas vezes tratadas como populações problemáticas em insinuações que incitam ao medo e viram trabalhadores contra trabalhadores. Porém, estes lugares esquecidos não se resumem às áreas urbanas e suburbanas.
A expansão das cidades abriu novas avenidas e levou o betão e o asfalto para outras áreas.” lembrou o deputado municipal de Santo Tirso que não esqueceu o seu município: “A essas áreas chamamos de periurbanas, são nessas áreas que o campo se encontra com a cidade e o rural se mistura com o urbano.
Nessas áreas existem também lugares esquecidos, como em Santo Tirso, de onde eu sou.” e acrescentou “Em Santo Tirso, existe, numa das freguesias mais a norte do concelho (UF Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira), um Bairro camarário construído no meio de uma mata, completamente isolado do resto da população, onde habitam predominantemente pessoas da etnia cigana.
Para entrarmos neste Bairro, temos que atravessar uma estrada e andar uns bons metros até encontrarmos o edifício.
Só existe essa entrada para o Bairro, todo o resto está vedado pela floresta de eucaliptal que ergue uma barreira natural na fabricação de uma prisão social desenhada nos escritórios da Câmara Municipal (de Santo Tirso).” Por fim, o tirsense António Soares afirmou: “O asilo legalista de muitos autarcas por todo o país é o esconderijo cobarde de quem tem medo de desafiar as elites e arriscar projetar uma cidade que responda às necessidades das classes que diariamente a constrói.” e concluiu que “Neste país onde a habitação condigna é um Direito Constitucional, na prática o que reina é a lei do mais forte contra o mais fraco.”
O Diário de Santo Tirso é privado mas faz serviço público, é um jornal online de Santo Tirso, com notícias exclusivamente de Santo Tirso, independente e plural. Acreditamos que a informação de qualidade, que ajuda a pensar e a decidir, é um direito de todos numa sociedade que se pretende democrática.
Para podermos apresentar-lhe mais e melhor informação, que inclua mais reportagens e entrevistas e que utilize uma plataforma cada vez mais desenvolvida e outros meios, como o vídeo, precisamos da sua ajuda.
O Diário de Santo Tirso tem custos de funcionamento, entre eles, a manutenção e renovação de equipamento, despesas de representação, transportes e telecomunicações, alojamento de páginas na rede e taxas específicas da atividade.
Para lá disso, o Diário de Santo Tirso pretende produzir e distribuir cada vez mais e melhor informação, com independência e com a diversidade de opiniões própria de uma sociedade aberta e plural.
Se considera válido o trabalho realizado, não deixe de efetuar o seu simbólico contributo – a partir de 1 euro – sob a forma de donativo através de mbway, netbanking ou multibanco. Se é uma empresa ou instituição, poderá receber publicidade como forma de retribuição.
Caso pretenda fazer uma assinatura com a periodicidade que entender adequada, programe as suas contribuições. Estabeleça esse compromisso connosco.
MB WAY: 938 595 855
NIB: 0036 0253 99100013700 45
IBAN: PT 50 0036 0253 99100013700 45
BIC/SWIFT: MPIO PT PL