Diário de Santo Tirso Notícias do concelho de Santo Tirso
Rúben Sousa tem 17 anos e frequenta o curso Técnico/a de Desenho Digital 3D na OFICINA – Escola Profissional. Atualmente a estagiar na BEHIND, Rúben Sousa sonha integrar o mercado de trabalho no ramo do Desenho Digital 3D.
No âmbito da Prova de Aptidão Profissional desenvolveu a RED ARM, uma prótese inspirada nas suas personagens preferidas. Estivemos à conversa com ele e ficamos a saber um pouco mais sobre o seu projeto: a RED ARM.
Como surgiu a ideia do projeto PAP?
A RED ARM não foi a minha primeira ideia para o projeto da Prova de Aptidão Profissional. Inicialmente, queria desenvolver algo relacionado com a área de jogos, mas percebi que talvez não fosse uma opção muito viável tendo em conta que é algo complexo e que o tempo não seria suficiente. Depois disso é que surgiu esta ideia de criar uma prótese.
Então como caracterizas o teu projeto?
O projeto RED ARM consiste na criação de uma prótese inspirada em várias personagens de histórias que eu crio nos meus tempos livres. Por outro lado, também me inspirei na cultura pop, em filmes, jogos e BD ‘s, em especial em personagens que perderam algum membro e que tiveram de recorrer a uma prótese para substituí-lo. A partir daí, criei uma peça totalmente original, funcional e apelativa do ponto de vista do design.
Quais os objetivos e resultados do projeto?
O objetivo deste projeto passou por desafiar-me, pois queria mostrar a mim mesmo e ao resto das pessoas que era capaz de criar algo único e inovador. Sinto que consegui cumprir com sucesso os meus objetivos e isso deixa-me orgulhoso do resultado final, apesar de todos os percalços que foram acontecendo ao longo do projeto.
O que destaca na realização do seu projeto?
O que mais destaco na realização do meu projeto de PAP passou pela persistência, o facto de tentar algo e errar, mas nunca desistir e perder o foco. Foi um caminho longo e duro de percorrer, pois sentia que cada vez que avançava ocorria algo menos positivo e voltava a recomeçar. O facto de não ter as ferramentas de trabalho fundamentais, tais como alguns programas ou até mesmo alguns problemas com a impressora 3D, fez com que me sentisse mais desmotivado, ao ponto de pensar em desistir. Mas sem dúvida que o apoio da minha família, professores e dos meus amigos foi essencial para que continuasse de cabeça erguida.
Como descreverias a tua passagem na Oficina? Porquê a Oficina e não outra escola? E porquê o curso Técnico de Desenho Digital 3D?
A minha passagem pela OFICINA foi algo muito inesperado. Nunca tinha ouvido falar da escola ou até mesmo do Colégio das Caldinhas. Ouvi falar mais deste estabelecimento de ensino através de uns familiares que aqui estudavam. Então decidi arriscar e inscrever-me. O curso Técnico de Desenho Digital 3D foi uma escolha também arriscada, pois decidi frequentar o curso devido a alguns amigos que também o decidiram fazer. Apesar disso, tinha e tenho um enorme gosto pela arte de desenhar e achei que seria uma mais-valia para mim apostar neste curso. Ao longo desta jornada de três anos na OFICINA, conheci várias pessoas que me marcaram de diferentes maneiras, professores, colegas e não docentes que me ajudaram e acreditaram sempre no meu potencial. Os três anos que lá passei foram muito importantes na minha vida e espero ter deixado uma boa impressão e ter aproveitado ao máximo o meu percurso.
Entrevista conduzida pelo aluno João Rios, aluno do 3. ºano do curso Técnico de Comunicação / Marketing, Relações Públicas e Publicidade.
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