O uso cada vez mais frequente da Internet inundou o mundo com novas vagas de burlas que fazem cada vez mais vítimas. Aconteceu a uma cidadã de Santo Tirso que foi vítima de uma burla.
Sandra viu, no marketplace do facebook, uma mala que lhe agradou. Acreditando tratar-se de um negócio fidedigno pagou antecipadamente, procedimento que é normal nas compras online, no entanto não recebeu nenhuma mala.
Segundo a cidadã natural de Santo Tirso, a vendedora pareceu real, mostrou-se bastante acessível e comunicadora e nada fazia indicar que seria burlada. Após a troca de algumas mensagens, Sandra realizou o pagamento e assim que enviou o comprovativo de transferência foi bloqueada.
Sandra percebeu de imediato que havia sido enganada. Foi então a outra aplicação, à vinted, onde descobriu a mesma mala. Confrontou a vendedora e foi também bloqueada. Ficou claro que se trata de uma vendedora falsa, os seus perfis são fictícios e usa a Internet apenas para burlas outros.
As queixas de burlas online cresceram 43% este ano, entre janeiro e abril e comparando com igual período do ano passado. Somam-se um total de 4287 reclamações e perdas acumuladas de mais de 2 milhões de euros, de acordo com dados compilados pelo Portal da Queixa. O valor médio das burlas também aumentou e fixa-se agora nos 515 euros. Em 2022 era de 441 euros.
O valor médio apurado pelo Portal da Queixa by Consumers Trust deve-se ao facto de algumas destas burlas online ascenderem aos milhares de euros, já que a maioria (81,9%) dos burlados perdeu até 500 euros em compras fraudulentas. No entanto, 7,9% dos burlados foram enganados em compras com valores entre 500 e 1.000 euros, 2,3% em compras entre 5.000 e 50.000 euros e 0,9% em compras com valores entre 50.000 e 100.000 euros. Apurou-se ainda que só 37,7% dos burlados conseguiram recuperar todo o valor pago em compras fraudulentas e que 44,6% das pessoas não conseguiram recuperar nada.
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