“17 horas, luz pública ligada, será que ninguém vê?”, foi desta forma que um cidadão residente em Vila das Aves denunciou o sucedido, em publicação feita nas redes sociais, no final da semana passada.
Ao que o Diário de Santo Tirso apurou, não será apenas em Vila das Aves que este fenómeno aconteceu, noutros locais o mesmo tem acontecido e estará relacionado com o facto da luz solar se prolongar até mais tarde e a ativação da iluminação não ter sido ajustada.
“Será que este desperdício não daria para aquecer muitas famílias?, rematou o cidadão.
A publicação motivou várias reações inflamadas: “E ainda dizem que a energia está cara”, “É assim em muitos concelhos, desde Valença a Castro Daire, que eu já vi pessoalmente”, “Nós pagamos tudo”, são alguns dos comentários que podem ser lidos.
A Europa, onde Portugal está incluído, vive uma crise energética desde o ano passado. Em 2022, os preços da energia atingiram máximos históricos em consequência da invasão da Ucrânia pela Rússia e da utilização do aprovisionamento de gás como arma de guerra.
O preço da eletricidade no mercado interno da União Europeia está diretamente ligado ao preço do gás. A redução deliberada do aprovisionamento de gás pela Rússia é a principal causa da recente subida em flecha dos preços do gás na União Europeia, que afetou o preço da eletricidade produzida em centrais elétricas alimentadas a gás, assim como os preços da eletricidade em geral.
Prevê-se que os preços da energia continuem elevados nos próximos meses, uma vez que a substituição do aprovisionamento de gás russo pelo abastecimento a partir de fontes da União Europeia leva o seu tempo.
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