Aquele que é conhecido há décadas por “Prédio da Vergonha”, em Santo Tirso, voltou ficar sem um acordo para resolução dos graves problemas existentes.
Recorde-se que no passado mês de novembro, o referido prédio foi palco, durante dois dias, de uma grande polémica. O empresário que havia adquirido o prédio, inacabado desde os anos 80, impediu o acesso às garagens provocando a indignação dos moradores com lugares de garagem: “Com o acumular de todas as situações fiz-me valer dos meus direitos de legítimo proprietário e impedi a utilização da entrada nas garagens que se encontra no meu terreno”, disse José Augusto Capela, ao Diário de Santo Tirso.
O empreiteiro, responsável pela construção do prédio, não estava, nesse dia, em Portugal, sendo chamado de emergência. Em causa, segundo apurou o Diário de Santo Tirso no local, estaria a falta de pagamento do empreiteiro ao empresário. Também foram chamadas as autoridades e equipas de segurança privadas.
No dia seguinte, e após muitas horas de confusão, foi possível chegar a um acordo verbal entre o entre empresário e o empreiteiro. Com o acordo alcançado, já com a hora da noite avançada, o empreiteiro iria pagar um determinado valor, até ao final do ano de 2022. Estávamos no dia 19 de novembro.
O certo é que o novo ano começou e não houve pagamento. O Diário de Santo Tirso foi apurar, junto de fontes ligadas ao processo, que o acordo verbal foi quebrado à última hora. Estaria tudo combinado para uma transação bancária no dia 30 de dezembro mas no último momento o empreiteiro quebrou o acordo.
Também garantido é que agora voltou tudo à estaca zero. Os moradores, que já têm as suas residências fixas há quase um ano, continuam sem escrituras feitas e sem licenças de habitação. Alguns deles estão agora indignados.
José Augusto Capela demonstra também a sua indignação por estar a tentar agendar uma reunião na Câmara Municipal de Santo Tirso há mais de meio ano e não ser recebido: “A câmara já devia ter tomado medidas porque isto é um barril de pólvora. Já notifiquei a câmara várias vezes que estão aqui a morar pessoas sem licença de utilização, já esteve lá o fiscal da câmara e sabem que está tudo ilegal e com pessoas a lá morar. Estão à espera que aconteça alguma coisa para depois terem problemas graves”.
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