Foi através de um comunicado enviado às redações que o Partido Social Democrata de Santo Tirso criticou um erro no documento ontem apresentado, na sessão pública da reunião de câmara do mês de outubro.
Em causa estão 2 milhões de euros, num dos pontos do orçamento, na “Participação Variável no IRS”, foi apresentado o valor de 247 643,00€, contudo, o valor correto é dez vezes superior. Para o o principal partido da oposição o documento não deveria ser votado e por esse motivo abandonaram a reunião.
Uma discrepância de 2 milhões de euros levou os vereadores do PPD/PSD a abandonarem a habitual reunião de Câmara logo que se passou à votação do ponto relativo ao orçamento para 2023.
Ou seja, a rubrica “Participação Variável no IRS” apresentava um valor de cerca de 247 mil euros, numa quantia que devia ser dez vezes superior.
Adiada a votação do orçamento para o final da reunião para que se fizesse a respetiva correção, o presidente da Câmara Municipal propôs que o documento fosse votado e os seus valores corrigidos depois do encontro.
Responsavelmente, os vereadores social-democratas avisaram de que se tratava de uma alteração significativa no quadro do orçamento para o próximo ano e que esse aspeto iria adulterar os valores da receita e da despesa, não se justificando, por isso, a pressa em votar-se um documento com erros deste calibre.
De forma unilateral, Alberto Costa decidiu passar à votação, tendo conseguido aprovar a “Proposta de Grandes Opções do Plano, Orçamento e Mapa de Pessoal do Município de Santo Tirso para o ano de 2023”, com os votos dos vereadores socialistas.
Ora, a arrogância do edil concretizou-se, inclusive, quando não conseguiu justificar a razão pela qual vai obrigar os munícipes a “apertar o cinto”.
Num orçamento com folga, capaz de aliviar as dores das famílias e empresas do concelho de Santo Tirso, Alberto Costa acabou por contradizer-se, dado que as receitas previsíveis correntes para 2023 em sede de impostos diretos – IMI, IRS e Derrama – vão crescer cerca de 12%, ou seja, aproximadamente 1.630.000,00€ – um milhão seiscentos e trinta mil euros!
Como se pôde verificar, o presidente da Câmara Municipal não é tão amigo das famílias e das empresas de Santo Tirso!
Com a aprovação do orçamento para 2023, a CMST abre mão de concretizar um conjunto de medidas e políticas redistributivas que podiam fazer a diferença de forma significativa e imediata na carteira dos tirsenses e na tesouraria das empresas.
Recorde-se que, em setembro, o PSD de Santo Tirso propôs uma redução dos impostos diretos e um conjunto de apoios e amortecedores sociais para mitigar a galopante subida da inflação, que terá impacto nas famílias e nas empresas.
Há cerca de dois meses, o PSD fez as contas e disponibilizou-as para que medidas concretas de alívio fossem implementadas.
O partido sugeriu uma redução de impostos estimada em 1.583.000,00 (um milhão, quinhentos e oitenta e três mil euros), o que podia ajudar a mitigar o impacto da inflação, cumprindo com o princípio da neutralidade fiscal, aliás como doutos economistas-fiscalistas muito bem defenderam!
E Alberto Costa fez-se de surdo e mudo…
O PSD lutará sempre por um município para todos!
Nota: O formato em PDF do Plano Plurianual de Investimentos enviado aos vereadores do PPD/PSD tornou possível a leitura de apenas 30 páginas do documento.
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