José Magalhães: "A Câmara Municipal tem uma estrutura de ação social quase residual, quase inexistente"
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José Magalhães: “A Câmara Municipal tem uma estrutura de ação social quase residual, quase inexistente”

Imagem: Diário de Santo Tirso

O candidato à Câmara Municipal pela CDU visitou hoje a Misericórdia de Santo Tirso. No final prestou declarações aos jornalistas.

Balanço da reunião: “Foi um balanço positivo, ficamos a conhecer a realidade da atividade da Santa Casa que tem uma atividade nas diversas áreas da ação social. Ficamos também indiretamente a conhecer um bocado da realidade social do concelho. A Santa Casa tem um ponto de vista privilegiado conhecedor da realidade social do concelho, da pobreza que existe no concelho entre outras necessidades que existem. Ficamos também a conhecer como é que a relação que existe entre a Santa Casa e o concelho e a câmara também”.

Principais problemas da Misericórdia: “A Misericórdia de Santo Tirso, nós notamos que eles tiveram algumas dificuldades no início da pandemia a nível de recursos de proteção individual por exemplo eles conseguiram depois superar mas foi um aspeto complicado para eles. E noto também que cada vez têm necessidades maiores da ação social. Só ao nível por exemplo de refeições que dão a pessoas carenciadas, o número de refeições tem vindo a crescer, cada vez com uma maior necessidade a esse nível, o que demonstra também que é um sinal preocupante da realidade do concelho que muitas vezes dá-se a entender que, a câmara quer dar a entender que temos um concelho com emprego que cresce em que tudo corre bem mas temos que olhar mais para as questões da pobreza”.

Colaboração da Câmara Municipal com a Misericórdia: “Como já notamos ao visitar instituições situações deste tipo, a Câmara Municipal tem uma estrutura de ação social quase residual, quase inexistente. Era preciso reforçar e muito a ação social da câmara para depois haver também, porque na nossa visão a ação social deve ser primariamente feita através dos poderes públicos e as suas instituições devem apoiar de forma complementar. O que nós vemos é que estas instituições ficam como que sozinhas a querer resolver e claro que não é possível. Mas querer resolver todos os problemas sociais do concelho não sendo possível. E depois da parte dos poderes públicos da câmara é necessária uma articulação, criar uma estrutura que faça a articulação entre as várias instituições do concelho, instituições de saúde, sociais, de educação para ver uma articulação em rede dos serviços sociais, coisa da câmara não existe”.

Ação social pública ou privada: “Na nossa visão há responsabilidades que são dos poderes públicos e da câmara nomeadamente. E essas instituições não devem ficar com a responsabilidade de resolver tudo o que está mal. A câmara não pode fugir à responsabilidade da ação social, deixar para essas instituições resolver o que a câmara não faz e para nós estas instituições devem continuar a existir e são de grande valor no combate à pobreza e a questões sociais. Esta instituição tem uma atividade muito diversa mas há coisas que a câmara não pode fugir da sua responsabilidade e nós no nosso programa vai ser muito importante a questão da ação social, algo que a câmara devia apostar”.

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