Entrevista a Paulo Leal, candidato à Junta de Freguesia da Reguenga
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Entrevista a Paulo Leal, candidato à Junta de Freguesia da Reguenga

Imagem: Diário de Santo Tirso

Paulo Leal, 45 anos, presidente da Junta de Freguesia da Reguenga de 2013 a 2016, conquistando-a pelo Partido Social Democrata depois de 20 anos de socialismo, trabalha como técnico de contabilidade, é novamente candidato à presidência da junta da Reguenga.

Diário de Santo Tirso: O que o levou a avançar com esta candidatura?

Paulo Leal: Foi por um imperativo de consciência que o fiz, aliado também à forma e à motivação que as pessoas me foram transmitindo e o forte apoio que me deram, incentivaram-me a ser novamente candidato à Junta de Freguesia.

 

Diário de Santo Tirso: Em 2017 candidatou-se à Junta da Reguenga como independente. Ficou em segundo lugar a apenas 70 votos do Partido Socialista e à frente do PSD. O seu objetivo é vencer agora as eleições e voltar a ser o Presidente da Junta da Reguenga?

Paulo Leal: Sim, como é óbvio. Foi sempre um objetivo já há quatro, portanto este não deixa de partirmos para estas eleições precisamente com esse objetivo. Junto com uma equipa que estamos a construir e que pretendemos como é lógico ganhar as eleições.

 

Diário de Santo Tirso: Quais são as principais linhas do programa da sua candidatura?

Paulo Leal: Neste momento já lançamos quatro pontos essenciais que achamos que a freguesia tem necessidade. Pretendemos construir um centro de convívio essencialmente para os mais idosos para lhes dar um conforto e um bem estar no seu dia-a-dia. Pretendemos também na área do desporto criar uma cobertura no parque desportivo uma vez que é a céu aberto e que é praticamente usado por crianças, jovens e na altura de inverno é sempre necessário que eles o façam com conforto, com segurança e esse é um objetivo também nesse sentido. A nível da cultura é uma iniciativa que eu iniciei em 2013 que é a semana cultural da Reguenga, onde as tradições, a música e o desporto estava incluído nessa semana cultural, é um reaver porque nenhum dos meus sucessores quis dar continuidade a essa semana cultural que movimentava toda a freguesia, é esse também um dos meus objetivos. O quarto é a construção e o término do parque de laser da Mouteira porque é um espaço verdade, um espaço muito aprazível onde as pessoas podem estar e podem conviver. Estes quatro são os pontos chave da minha candidatura.

 

Diário de Santo Tirso: Já nos pode revelar quem são as pessoas que o vão acompanhar nesta caminhada?

Paulo Leal: Neste momento o que posso dizer é que temos um grupo bastante grande, um grupo motivado que quer trabalhar para a freguesia, quer trabalhar para as pessoas da Reguenga. Tenho pessoas que vão desde o PS, do PSD, sem qualquer escolha partidária, todos eles cabem nesta candidatura. Não temos aqui nenhum partido político que temos de seguir e cumprir objetivos. Todos eles são bem vindos sempre com o intuito de melhorar a freguesia, de levarmos esta freguesia para a frente e de afirmar a Reguenga. É esse o slogan da nossa campanha.

Imagem: Diário de Santo Tirso

Diário de Santo Tirso: Saiu do PSD em 2017 depois de lhe ter sido retirada a confiança política e de se ter demitido da presidência da junta. Entretanto o PSD de Santo Tirso foi a eleições e a Comissão Política é agora outra, liderada por Quitéria Roriz. Houve alguma aproximação por parte do partido relativamente a si?

Paulo Leal: Não, nem vejo isso como importante ou imperativo. O PSD em 2017 criou uma lista com um único objetivo de dar a vitória ao PS. E efetivamente pelo que tenho visto, em 2021 está a acontecer o mesmo. Estão a trabalhar no sentido de tentar dar a vitória ao PS. Só vejo um objetivo, é o MIR ganhar e as pessoas sabem e já deram conta disso, a ideia é mesmo a vitória do MIR.

 

Diário de Santo Tirso: Que balanço faz do último mandato do Partido Socialista e da gestão de Márcio Pinho, atual presidente da Junta de Freguesia?

Paulo Leal: A Reguenga na altura que estava na presidência ganhou empreendedorismo, as pessoas tinham gosto e ganharam gosto de ser da Reguenga. Nunca o deixaram de ser mas tornou-se mais forte o gosto de ser da Reguenga. Com Márcio Pinho à frente da junta todos esses valores acabaram por se perder. Foi uma gestão muito má. Foram quatro anos que entretanto estão a terminar. De muito mau para a Reguenga. Márcio Pinho foi o problema e não a solução. Só para aí está tudo dito.

 

Diário de Santo Tirso: Depois de 4 anos de gestão da junta por parte do PSD incluindo 3 anos de Paulo Leal como presidente da Junta de Freguesia temos o Partido Socialista no poder desde 2017. Que aspetos positivos e que aspetos negativos considera relativamente à Reguenga?

Paulo Leal: Por si só perdeu a ambição de estar à frente de uma freguesia como é a Reguenga, com muita tradição, com muita cultura e isso levou a que estagnasse quatro anos. Não vejo qualquer melhoria no modo de vida das pessoas bem pelo contrário.

 

Diário de Santo Tirso: Está preparado para governar a Reguenga em minoria e para trabalhar com o Partido Socialista na Junta de Freguesia e na Câmara Municipal e eventualmente até com o Partido Social Democrata?

Paulo Leal: Nós tudo faremos para trabalhar e ganhar esta Junta de Freguesia com a maioria. Contudo se os cidadãos assim o entenderem e não nos derem a maioria como é lógico arranjaremos soluções para que a Reguenga seja governada e bem governada mesmo em minoria. Arranjaremos sempre solução. Seremos parte da solução e não do problema.

Imagem: Diário de Santo Tirso

Diário de Santo Tirso: Relativamente à pandemia da COVID-19 que o país e o mundo atravessam desde o ano passado como considera que tem sido a gestão e as sucessivas tentativas para a controlar em Portugal? Na sua opinião o governo tem dado o seu melhor e feito tudo o que está ao seu alcance? Ou acha que poderia ter planeado melhor algumas medidas e antecipado problemas?

Paulo Leal: A pandemia foi como toda a gente sabe uma situação que apareceu de surpresa que ninguém estava a contar. Torna-se difícil que qualquer governo e é exemplo no nosso país como todos os outros, da dificuldade que houve em conseguir controlar a situação. Com este governo ou com outro nem tudo foi bem feito é verdade mas com qualquer governo que houvesse ou qualquer presidente da república, qualquer primeiro-ministro a situação ia ser sempre muito complicada de resolver. Há sempre aspetos positivos, outros negativos mas é uma situação muito difícil de prever e de trabalhar como é lógico.

 

Diário de Santo Tirso: O comércio local em Santo Tirso está a viver há muito tempo uma situação de completo desespero. As pessoas que têm lojas não sabem o que mais fazer para contornar as dificuldades e muitos proprietários de restaurantes e cafés já tiveram de usar dinheiro pessoal para manter negócios abertos. Como poderia o governo ou a Câmara Municipal apoiar estes pequenos empresários?

Paulo Leal: Até fruto do meu trabalho a verdade é que realmente a situação financeira de muitas empresas, das famílias viveram muito mal. Passaram a viver bastante mal, com bastantes dificuldades e isso foi muito generalizado. Existiram apoios mas nem todos os apoios chegaram a toda a gente nem todos os apoios chegaram a quem mais precisava. É importante que todos nós consigamos ultrapassar isto da melhor forma possível. Toda a gente faz o melhor que entende e que sabe, como é lógico ninguém quererá o prejuízo das empresas e das famílias. Vamos ter esperança que todos juntos consigamos ultrapassar este problema.

 

Diário de Santo Tirso: O país entrou recentemente numa nova fase de desconfinamento e tem sido notícia um pouco por todo o país os aglomerados de pessoas nas esplanadas nos últimos dias. Estará a comunicação social a exagerar? Ou realmente se as pessoas não estando a trabalhar, poderiam evitar certos comportamentos?

Paulo Leal: A comunicação social acaba por fazer o seu trabalho. A responsabilidade aqui vai para cada um de nós. Cada um de nós tem de ter a responsabilidade de saber até onde pode ir, de saber que pode ou não sair de casa. É um problema de cada um de nós e se cada um de nós fizer o que nos compete provavelmente isto em pouco tempo será ultrapassado. Tem é que haver responsabilidade de cada um.

 

Diário de Santo Tirso: Que mensagem gostaria de deixar a todos os residentes na Reguenga?

Paulo Leal: Não estamos em altura de aventuras, estamos em altura de sermos concretos e assertivos. Aventuras já tivemos há quatro anos, novas experiências não queremos mais quatro anos. Queria deixar uma mensagem de esperança e de trabalho a todos os reguenguenses. Tudo farei para que esta freguesia seja uma freguesia em que toda a gente possa estar feliz e que seja capaz de vir, residir e viver muito bem e de agrado com aquilo que cada um pretende.

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