Artur Carvalho, 66 anos, aposentado, voluntário em várias associações de solidariedade é presidente da Comissão Política da Concelhia de Santo Tirso do Partido CHEGA.
O Diário de Santo Tirso entrevistou o líder do CHEGA de Santo Tirso com intuito de perceber os objetivos do Partido para o Concelho e também saber a posição do partido em relação a vários aspetos ligados ao país e a Santo Tirso.
Diário de Santo Tirso: O CHEGA já tem representação em Santo Tirso, tem inclusive uma sede desde setembro de 2020. Pretende impor-se também no concelho da mesma forma que o está a fazer no resto do país, atendendo às últimas eleições e às sondagens?
Artur Carvalho: Já é do conhecimento geral que o CHEGA tem representação em Santo Tirso, temos a Concelhia a funcionar desde Novembro e sede no Centro Comercial dos Carvalhais.
Pretendemos impor no concelho a mesma linha e dinamismo que vai crescendo pelo País, apresentar as nossas propostas, o nosso dinamismo, certos que seremos uma mais valia para a população do concelho de Santo Tirso. Não estaremos cá só para criticar mas sim para apresentar propostas que vão ao encontro das necessidades e trabalhá-las com a população.
A adesão de militantes e simpatizantes tem vindo a crescer o que para nós Concelhia é um incentivo e uma força para continuar, porque a população está descrente nos políticos, na gestão camarária, na saúde nos transportes etc.
O CHEGA está presente em Santo Tirso para fazer a diferença com novas políticas para pôr fim ao reinado socialista.
DSTS: Quem é o Artur Carvalho?
Artur Carvalho: Sou católico, estou aposentado atualmente, fui Diretor Comercial de dois grandes grupos industriais Francês e Alemão, Tesoureiro na “Associação de Desenvolvimento Cardal do Douro/Bemposta”, estive ligado ao PRD no tempo do General Ramalho Eanes. Na altura fui candidato à Junta de freguesia de Fânzeres/Gondomar. Com o fim do PRD, dediquei-me exclusivamente à minha atividade profissional, voltei à política para combater a corrupção, a desigualdade social, as políticas socialistas e as esquerdas radicais.
Tenho sido voluntário em várias Associações apoiando os mais necessitados nas várias vertentes das suas necessidades, revejo-me no meu dia-a-dia nesta frase “ A SOLIDARIEDADE E A CARIDADE SÃO PRÁTICAS DO AMOR REAL”
DSTS: O CHEGA vai a eleições em Santo Tirso nas próximas eleições autárquicas? Quem será o candidato a Presidente da Câmara?
Artur Carvalho: Iremos estar presentes em todas as eleições, em breve apresentaremos o nosso programa e os nossos candidatos às próximas eleições autárquicas em Santo Tirso.
Estamos já a trabalhar no programa e nas propostas que iremos apresentar. Queremos estar presentes nos órgãos autárquicos de Santo Tirso e alcançar o maior número de mandatos em todos os órgãos autárquicos.
Combater as políticas ruinosas da gestão socialista de longos anos.
DSTS: O que pretende o CHEGA para Santo Tirso?
Artur Carvalho: Pretendemos que o povo se liberte das amarras socialistas de 38 anos de controlar tudo e todos e da falta de transparência.
O CHEGA vem para mudar para melhorar, pôr fim à miséria do socialismo reinante de corrupção e compadrio e o fraco desenvolvimento do nosso concelho.
DSTS: Em 2019, tivemos eleições europeias e legislativas. A abstenção foi de 69% e 51% respetivamente. Como olha para o desinteresse das pessoas pela política?
Artur Carvalho: As pessoas já não acreditam no sistema partidário atual, deixou de acreditar com a corrupção instalada no sistema bancário, nos governos, nas autarquias, nos políticos, na justiça.
A abstenção continua muito alta (69%/51%). O CHEGA pretende reverter e ser voz desse povo desiludido com governos e gestão da autarquia que pouco têm feito pelo concelho.
O CHEGA quer estar ao lado dos munícipes ouvindo e lutando pelas suas necessidades e o mesmo com todas as associações, indústria, comércio, restauração/hotelaria.
DSTS: Como é que avalia o trabalho que o executivo tem feito ao longo deste mandato?
Artur Carvalho: Entendemos que a avaliação do executivo que podemos fazer é mais do mesmo, fraca, vai ao saber do vento, tomando medidas quando se aproximam eleições, tem falta de criatividade e ambição. É um executivo socialista que mantém a mesma política em prejuízo de todos os munícipes.
Já vem de longe as inaugurações para o voto, até a recuperação de uns bancos de jardim teve lugar à inauguração para a colocação da placa. É vergonhoso. É o estilo socialista. É o abuso de poder. O CHEGA vai lutar contra estas políticas, abusos e falta de transparência.
DSTS: Santo Tirso é atualmente um concelho desenvolvido, proporcionando boas condições de vida às pessoas e com boas infraestruturas ou na sua opinião o concelho poderia alcançar algo mais?
Artur Carvalho: Poderíamos já ter avançado muito mais, continuamos a ter em algumas freguesias, ruas em muito mau estado, parecendo ruas medievais, outras áreas como saneamento, transportes públicos, saúde e ambiente, com muito atraso em várias freguesias do concelho.
Muito dinheiro vindo da União Europeia foi desperdiçado em futilidades e outros interesses e não foram aproveitados no desenvolvimento do concelho.
DSTS: Qual é o caminho que deve ser seguido pelo executivo municipal?
Artur Carvalho: Fazer um aproveitamento sério e correto dos dinheiros públicos e dos fundos para melhorar as condições de vida dos munícipes, de infraestruturas, saúde, acompanhar e apoiar todas as freguesias independentemente da cor partidária. Como é do conhecimento geral “quem não for do PS leva”, deve ser um executivo para o povo.
DSTS: Como assistiu ao fato de Santo Tirso ter sido notícia a nível nacional em 2019 devido a problemas entre o então Presidente da Câmara e a justiça e em 2020 pela tragédia no canil da Agrela?
Artur Carvalho: Temos vindo ao longo do tempo a ter situações e processos judiciais de políticos, bancários, gestores e neste caso presidente da câmara e ex-presidente.
Nos processos que os envolvem e na tragédia no canil da Agrela, a justiça tem que apurar o ilícito e tem que ser rápida no seu julgamento não andar anos para julgar e ficar no esquecimento.
DSTS: Alguns elementos do CHEGA têm desvalorizado a pandemia de covid-19. Este vírus está a ser sobrevalorizado pelo governo português ou até mesmo por outros governos de outros países? Não concorda com as medidas restritivas e proibitivas como forma de controlar a pandemia?
Artur Carvalho: A pandemia é um acontecimento com repercussões políticas, económicas e sociais, que perdurará por tempo e levará meses de recuperação da nossa economia e principalmente a confiança.
Tivemos a DGS logo no início da pandemia a desvalorizar dizendo que o Covid 19 não nos iria afetar, a DGS na minha opinião terá sido o elo mais fraco na gestão da pandemia.
O governo tem imposto restrições umas necessárias outras nem tanto, desvalorizando os lares onde vivem milhares de idosos.
O Covid 19 em lares de idosos despertaram o país para uma realidade de muitas residências sem condições ou a funcionar de forma ilegal e sem qualquer acompanhamento ou fiscalização do estado.
As restrições no comércio rua, na restauração, no desporto, são absurdas. Na saúde a dificuldade para obter uma consulta, para fazer exames, tenho um exemplo de um familiar que para ter uma consulta e exame, está desde Dezembro de 2019 esperando para ter uma resposta ao seu problema de saúde. O governo gere a pandemia ao sabor dos seus interesses.
DSTS: Os efeitos da pandemia já se fazem sentir especialmente no comércio de rua e nas pequenas e médias empresas. Há empresários a usar dinheiro pessoal para manter postos de trabalho e para que os seus negócios não encerrem. Como vamos ultrapassar esta crise?
Artur Carvalho: Por si só o governo já é uma pandemia e a forma como tem gerido esta crise. Para as pequenas e médias empresas da indústria, comércio, restauração, hotelaria, desporto cultura tem sido devastador, o governo tem tomado algumas medidas mas de pouco efeito.
Deveriam ser tomadas medidas de apoio como redução do IVA na restauração, redução das rendas dos lojistas e restaurantes de rua, isenção da Taxa Social Única (TSU), apoios a fundo perdido sem ser na forma de linhas de crédito, como anunciou o governo, abertura e flexibilização da lotação dos espaços de bares e discotecas, abertura ao público aos desportos profissionais e amadores, aos espetáculos culturais.
Em Santo Tirso apoiar o comércio local é uma obrigação, por forma a ajudar à recuperação e à manutenção dos postos de trabalho, seria importante a criação de um Fundo de Emergência Municipal, destinado ao apoio do comércio local e pequenas empresas.
Reestruturação do Serviço Social do Município que é mau, reforço do apoio Social em virtude do acréscimo de famílias que viram os seus rendimentos diminuídos com a pandemia.
DSTS: Que mensagem gostaria de deixar a todas as pessoas de Santo Tirso?
Artur Carvalho: A todos munícipes gostaria de deixar mensagem de esperança e de apoio.
Podem contar com o CHEGA. Somos gente de trabalho, somos diferentes, vamos à luta e defenderemos os interesses de todos munícipes, independentemente de cores, religiões e etnias.
Acreditamos que podemos contribuir para que possamos ter um novo ano de 2021 melhor.
Desejo a todos muita saúde e um Feliz Ano de 2021.
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