A vila de Vilarinho foi ontem destaque pelos melhores motivos num órgão de comunicação nacional, na TSF. Em causa está a Cooperativa Eléctrica de Vilarinho, responsável pelo abastecimento elétrico da vila. São apenas nove as cooperativas que restam desde o início, no século passado.
Vilarinho cresceu à luz desta Cooperativa, fundada em 1938 e o seu principal objetivo foi o de ajudar ao desenvolvimento desta freguesia do concelho.
O interior do país ainda ficava mais longe e Vilarinho era uma freguesia desconhecida mas com pessoas ambiciosas. “Uma delas era o padre, mais meia dúzia de pessoas montaram a primeira cabine. Depois foi andando, foi andando até hoje”, disse Domingos Rebelo, vice-presidente da Cooperativa Eléctrica de Vilarinho, em declarações à TSF.
“Eram muitas, mas infelizmente foram falindo. Hoje são só nove e quase todas aqui no Norte”. A direção é eleita de quatro em quatro anos, a estrutura, os chamados “custos operacionais”, são mínimos e além disso, desde o ano passado o governo permitiu-lhes voltar ao mercado regulado. “É temporário”, mas permite enfrentar a incerteza do mercado e o impacto da guerra na Ucrânia.
Domingos Rebelo lamenta que a lei não lhe permita ir mais longe, “expandir a atividade”, é uma concessão para distribuir eletricidade à freguesia, foi assim que nasceu e, tudo indica, há de terminar do mesmo tamanho,- um exclusivo do 1600 habitantes da freguesia.
Como contrapartida, garante Domingos Rebelo, aposta-se na modernização. “Temos leitura automática há mais de 15 anos, enquanto a EDP ainda faz leituras casa a casa. Também estamos a instalar contadores inteligentes que medem o consumo de 15 em 15 minutos.”