Os finalistas do Colégio de Santa Teresa de Jesus na rúbrica “Vidas com Marca” escrevem biografias ficcionadas de portuguesas e portugueses com carisma. Esta semana a rúbrica é sobre Diogo Freitas do Amaral.
Diogo Pinto de Freitas do Amaral foi um professor universitário, jurisconsulto, político, diplomata, divulgador histórico, romancista e dramaturgo português. Foi fundador e primeiro presidente do CDS, foi conselheiro de Estado, Vice-Primeiro-Ministro, Primeiro Ministro interino, Ministro dos Negócios Estrangeiros (2 vezes) e Ministro da Defesa Nacional. No plano internacional, foi presidente da UEDC – União Europeia das Democracias Cristãs (1981-83) e presidente da Assembleia Geral da ONU (1995-96). De regresso a Portugal, foi co fundador e primeiro diretor da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa. Faleceu aos 78 anos e foi homenageado com honras militares, num reconhecimento sentido a um dos pais da Democracia portuguesa.
“Viajei por toda e qualquer estrada.” – Diogo Freitas do Amaral
Com esta expressão, o Professor Diogo Freitas do Amaral pretende mostrar que já viveu bastante e que conheceu muitas e diversas realidades. Podemos pensar que esteve disponível para conhecer as diferentes “paisagens” com que se foi deparando ao longo da sua vida, isto é, do seu percurso feito em várias estradas.
Biografia Ficcionada:
O meu nome é Diogo Pinto Freitas do Amaral, nasci na Póvoa de Varzim, no dia 21 de julho de 1941. Finalizei os estudos secundários no Liceu Pedro Nunes e ingressei, aos 18 anos, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa onde me licenciei em Direito. Tornei-me professor catedrático em 1984 e cumpri cinco mandatos como presidente do Conselho Científico da Faculdade de Direito de Lisboa. Quanto à política, em Portugal, exerci vários cargos, entre os quais, Ministro dos Negócios Estrangeiros, Primeiro Ministro (interino), Ministro da Defesa Nacional e Presidente do CDS – Partido Popular (Partido do Centro Democrático Social). Em 1986 candidatei-me a Presidente da República, obtive 48,8% dos votos. Foram insuficientes para a vitória, que coube a Mário Soares.
A nível internacional, destaco dois cargos que tive a honra de assumir, representando Portugal: entre 1981 e 1983 fui Presidente da União Europeia das Democracias Cristãs; em 1995 fui Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Agradeço pelo reconhecimento nacional e internacional que me foi dado através de numerosos prémios e distinções. Recebi, entre outros, a condecoração de Cavaleiro de Grã-Cruz da Ordem de Mérito da Republica Italiana; fui Comendador da Ordem Nacional do Mérito de França; fui distinguido com o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa…
Penso que esta distinção é a que melhor me carateriza: sou um Professor. Dediquei grande parte da minha vida ao estudo, ao ensino e à prática do Direito. Posso considerar que também sou consultor jurídico, político, diplomata, divulgador histórico, romancista e dramaturgo.
Não posso deixar de referir algo muito especial: sou casado, há muitos anos, com a Maria José de Matos e temos 4 filhos.
No dia 3 de outubro de 2019, em Cascais (Lisboa), aos 78 anos, com um cancro ósseo, olho para o passado como quem revê a sabedoria partilhada…
Diana e Diogo – Finalistas 2020/2021 – Colégio de Santa Teresa de Jesus