Os finalistas do Colégio de Santa Teresa de Jesus na rúbrica “Vidas com Marca” continuam a escrever biografias ficcionadas de portuguesas e portugueses com carisma. Esta semana a rúbrica é sobre Aristides de Sousa Mendes.
Aristides de Sousa Mendes foi um cônsul português, conhecido por salvar a vida a mais de 30 000 refugiados que procuravam escapar do terror nazi durante a Segunda Guerra Mundial.
“Tenho de salvar estas pessoas, quantas eu puder. Se desobedeço a ordens, prefiro estar com Deus e contra os homens do que com os homens e contra Deus.” – Aristides de Sousa Mendes.
Aristides era um homem com imensa compaixão pelos outros! Podemos afirmar que salvou muitas vidas neste que foi um dos piores períodos da História da Humanidade.
“Que Mundo é este em que é preciso ser louco para fazer o que é certo?”- Aristides de Sousa Mendes.
Naquela altura, fazer o que estava certo era anormal, ou seja, matar pessoas era o “normal”, mas salvá-las, como Aristides de Sousa Mendes fazia, era fora do comum.
Biografia Ficcionada:
Olá!
Chamo-me Aristides de Sousa Mendes do Amaral e Abranches e nasci a 19 de julho de 1885, em Cabanas de Viriato, Viseu. Sou filho de Maria Angelina Ribeiro e do juiz José de Sousa Mendes.
Sou licenciado em Direito, pela Universidade de Coimbra. Depois de ter exercido funções diplomáticas em várias cidades, fui nomeado cônsul em Bordéus.
Ajudei várias pessoas que queriam sair de França, devido ao facto de as forças nazis terem invadido Paris, dando-lhes um visto português para poderem obter passagem para a América. Decidi que preferia desobedecer às ordens de Salazar e permitir que 30 mil seres humanos, dos quais 10 mil eram judeus, pudessem fugir do que não fazer nada.
Gostava que esta minha frase fosse para sempre lembrada: “Tenho de salvar estas pessoas, quantas eu puder. Se desobedeço a ordens, prefiro estar com Deus e contra os homens do que com os homens e contra Deus”.
Durante a guerra, recebi em minha casa, em Cabanas de Viriato, várias dezenas de refugiados, um número relativamente baixo quando comparado com a estimativa de 40 mil refugiados que entraram em Portugal em 1940.
Como consequência da minha desobediência ao governo, fui demitido das minhas funções diplomáticas e proibido de exercer advocacia. Assim, fiquei desempregado e tive de vender tudo o que tinha para que eu e a minha família pudéssemos sobreviver!
Nota: morreu no dia 3 de abril de 1954, em Lisboa.
Luna e Maria Luísa – Finalistas 2020-21 do Colégio de Santa Teresa de Jesus