Os finalistas do Colégio de Santa Teresa de Jesus na rúbrica “Vidas com Marca” escrevem biografias ficcionadas de portuguesas e portugueses com carisma. Esta semana a rúbrica é Eunice Muñoz.
Eunice do Carmo Munhoz, mais conhecida por Eunice Muñoz, nasceu a 30 de julho de 1928 em Amareleja. É uma atriz portuguesa de referência do teatro, televisão e cinema português, considerada unanimemente uma das melhores atrizes portuguesas de todos os tempos. Considerada em 2009, Doutora honoris causa pela Universidade de Évora.
“Porque o teatro precisa de nós, de nós no palco e de vocês que recebem o melhor que temos para dar.” – Eunice Muñoz
Com esta frase de Eunice Muñoz, podemos concluir que o teatro não necessita só dos seus atores mas também do público que está presente!
Biografia Ficcionada:
Eu sou a Eunice Muñoz, e sou mais conhecida pela minha carreira como atriz, em concreto teatro, televisão e cinema. Nasci a 30 de julho de 1928 em Amareleja, Moura, Portugal… Em 2022 celebro 93 anos.
Tenho 6 filhos… Divorciei-me duas vezes. No meu primeiro casamento tive uma filha, no segundo quatro filhos. Do meu último casamento nasceu uma filha. Sou filha de Hernâni Cardinali Muñoz e de Júlia do Carmo e tenho dois irmãos.
Comecei a minha carreira em 1941 com 13 anos, na peça Vendaval, de Virgínia Vitorino, com a Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro, no Teatro Nacional D. Maria II.
Em 1946 deu-se a minha estreia no cinema, aparecendo no filme de Leitão de Barros, Camões. Por esta interpretação, eu ganhei o prémio do Secretariado Nacional de Informação, para a melhor atriz cinematográfica do ano.
Em 1948 decidi regressar ao Teatro Nacional para protagonizar Outono em Flor, de Júlio Dantas.
Dois anos depois, em 1950, voltei aos palcos, e no ano seguinte ingressei na Companhia do Teatro Ginásio, dirigida por António Pedro. Depois de passar pelo Teatro da Trindade, retirei-me por quatro anos da atividade teatral.
A minha aparição dá-se em Joana D’ Arc, de Jean Anouilh, no palco do Teatro Avenida. Ainda me lembro das multidões a perfilar-se pela Avenida da Liberdade, desejosas de obter um bilhete para me verem.
Vou saltar uns anos e falar sobre 2007. Um ano antes de receber uma surpresa. Mas antes, em 2007, co-protagonizei com Diogo Infante Dúvida de John Patrick Shanley, sob a direção de Ana Luísa Guimarães no Teatro Maria Matos. E depois, em 2008 fui agraciada com o Globo de Ouro de Mérito e Excelência.
E agora vou contar um momento trágico. Em maio de 2012 sofri uma queda no Teatro Nacional D. Maria II durante os ensaios de reposição da peça de Tennessee Williams “O Comboio da Madrugada” e parti os dois punhos e lesionei a cervical, sendo a estreia cancelada.
E com muita tristeza, aos 80 anos, retirei-me da carreira de artista em abril de 2021 com a peça A Margem do Tempo.
Rita e Beatriz– Finalistas 2021/2022 – Colégio de Santa Teresa de Jesus