Corria o ano de 1998 quando a Trofa se separou de Santo Tirso criando um novo concelho. As freguesias de Alvarelhos, S. Martinho de Bougado, Santiago de Bougado, S. Mamede do Coronado, S. Romão do Coronado, Covelas, Guidões e Muro foram desanexadas do concelho de Santo Tirso e anexadas ao novo concelho da Trofa.
O concelho de Santo Tirso era por isso, até esse ano, um dos dez mais populosos de todos o país. As perdas por essa decisão administrativa são incalculáveis até hoje.
Desde 1998, ou seja, há 25 anos, que os limites dos concelhos estão por definir. O concelho da Trofa, o mais novo do país, assinalou no passado domingo os 25 anos ainda condicionado por questões territoriais por definir: “Temos vários processos em tribunal devido à gestão de anteriores executivos da autarquia de Santo Tirso, como é o caso dos limites do município, que não estão definidos, e de terrenos que foram vendidos por Santo Tirso a privados entre o dia em que foi aprovado na Assembleia da República, a 19 de novembro de 1998 – a criação do concelho – e o dia em que saiu em Diário da República, em meados de dezembro”, relatou Sérgio Humberto para quem a venda feita neste período terá sido ilegal.
Sérgio Humberto conclui dizendo que “não quer um centímetro quadrado de território que não seja seu por direito”, apontando o centro da discórdia com Santo Tirso, Ervosa, que para os tirsenses é Fontiscos, para dizer que “85% daquela zona industrial pertence à Trofa”.
De recordar que o estado foi condenado a pagar ao Município de Santo Tirso 6 milhões de euros pela perda da Trofa num processo que foi conduzido pelo então Presidente da Câmara Municipal, Castro Fernandes.