O suspeito de ter provocado o incêndio que resultou na morte de 73 animais em dois canis na Agrela estava acusado de ter ateado 62 incêndios. Foi provada a sua ligação a quatro fogos mas acabou absolvidos dos restantes.
No dia em que ocorreu o incêndio na Agrela, em julho do ano passado, houve sete incêndios naquela zona e o Ministério Público considerou que o fogo que matou os animais foi consequência de um incêndio ateado pelo suspeito. No entanto o tribunal considerou não haver prova direta e decidiu absolver o acusado desse incêndio em concreto.
O homem tinha sido detido no ano passado pela Polícia Judiciária e ficou em prisão preventiva. Já tinha antecedentes pelos crimes de incêndio florestal.
Em 2018 tinha sido arquivado um processo sobre os canis ilegais, e como consequências pela tragédia, o presidente da câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, suspendeu o veterinário municipal e retirou o pelouro da Proteção da Vida Animal ao vereador José Pedro Machado.
O presidente da câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, que está também esta quinta-feira a ser ouvido na Assembleia da República, suspendeu o veterinário municipal, sujeitando-o a um processo disciplinar, e retirou o pelouro da Proteção da Vida Animal ao vereador José Pedro Machado, chamando a si “todo o processo relacionado com o abrigo dos animais”. Alberto Costa, respondendo à deputada na Assembleia da República, Diana Ferreira, disse que “só nos últimos dias” teve conhecimento da notificação de 2012, da DGAV, a solicitar diligências à câmara” para retirar os animais do “Cantinho das Quatro Patas”.
Quitéria Roriz, Presidente do Partido Social Democrata (PSD) de Santo Tirso já reagiu a esta condenação dizendo que não opinará sobre se é uma pena leve ou não mas que “restam algumas responsabilidades por apurar, não fosse estarem os animais num abrigo ilegal, sem condições, sofrendo maus-tratos, cuja proprietária está identificada e não fosse o poder municipal ter conhecimento e nada ter feito ao longo de muitos e muitos anos”.
Alberto Costa tinha afirmado após a tragédia que “não houve nenhuma morte provocada, oficialmente, pelo não socorro” prestado aos cães a gatos no “Cantinho das quatro patas”, e garantiu que não iria assumir responsabilidades que não sejam suas.