Diário de Santo Tirso

Sarau Queirosiano, uma das imagens de marca da Escola Básica e Secundária D. Dinis

O Sarau Queirosiano é uma iniciativa do Clube de Teatro da Escola Básica e Secundária D. Dinis que envolve toda a comunidade escolar, com um foco especial para os alunos do 11.º ano. Realiza-se no âmbito do estudo da obra “Os Maias”, de Eça de Queirós. Este memorável evento é já uma tradição desde 2005, contando, todos os anos, com a cooperação dos alunos que revivem o século XIX, experiência mágica e inesquecível.

À tarde, alunos e professores caminharam pela cidade vestidos a rigor, causando sensação com os seus trajes da época. Os cavalheiros com os seus fatos negros, os seus charutos, as suas bengalas, as suas cartolas e os seus sofisticados bigodes espalharam-se pela cidade, acompanhados pelas elegantes e esplêndidas senhoras, trajadas com os seus belos e longos vestidos, com os seus leques e as suas luvas delicadas.

Na Praça Conde São Bento, os alunos deliciaram os tirsenses com a famosa valsa e com a deslumbrante voz da Denise, do 11.º G. Seguidamente, pequenos grupos de discentes, acompanhados por professores, deslocaram-se para diversos bares, cafés, confeitarias, gelatarias e padarias locais, onde saborearam deliciosos lanches, petiscos e sumos, que foram gentilmente oferecidos.

Importa ainda destacar o papel dos estabelecimentos locais que, mais uma vez, decoraram as suas lojas para participarem no Concurso de Montras. Após uma análise atenta, o júri premiou as seguintes montras: em primeiro lugar, a “Tentação Jóias”; em segundo lugar, a “MR’S Cosméticos”; em terceiro lugar, a gelataria “Pinguim”.

Ao final da tarde, o polivalente da Escola Básica e Secundária D. Dinis transformou-se num espaço que possibilitou a viagem ao século de “Os Maias”, onde ocorreram o desfile de moda, a peça de teatro e as inúmeras apresentações de música e de dança. Todo o espetáculo teve um impacto positivo no público, principalmente devido à criatividade das performances, ressaltando-se o célebre desfile que exibiu, de forma graciosa, os trabalhados vestidos, as espantosas dramatizações de alguns episódios da obra queirosiana, cujas personagens foram encarnadas pelos alunos, e as deslumbrantes exibições de valsa, idealizadas pela professora Olga Yulk, ex-aluna do agrupamento.

As canções mereceram ainda grande destaque nesta edição. Houve uma admirável contribuição dos alunos que, com a ajuda dos professores João Forte e Teresa Cruz, conseguiram embelezar todo o espetáculo com as suas vozes doces e os seus talentos instrumentais.

O dia terminou com o típico jantar no restaurante “Tirsense”, onde os alunos, professores e os demais convidados foram recebidos à luz das velas. Este banquete noturno proporcionou o convívio e a troca de opiniões sobre a forma como decorreu o evento, tendo-se verificado que todos estavam felizes com as suas prestações.

Apesar de este evento ser projetado para os alunos, a verdade é que engloba necessariamente sempre muito mais pessoas do que se possa imaginar. Assim, deixamos um especial agradecimento a toda a equipa de organização: aos professores do Clube de Teatro e do guarda-roupa, Manuela Oliveira, Isaura Marques, Pedro Silva, Fátima Fernandes e Madalena Moreira; às professoras que decoraram e organizaram todos os espaços, Mónica Nogueira, Amélia Mascarenhas, Alzira Ferreira e Manuela Dinis; ao sonoplasta, Luís Soares; aos fotógrafos, Pedro Sá e Vítor Lopes; à Associação de Pais e Encarregados de Educação desta escola, na pessoa do seu presidente, Sr. Leonel Correia; às professoras Manuela Dinis e Paula Pinto, que estabeleceram o contacto com as pastelarias, os bares e os cafés; aos assistentes operacionais; à professora de música, Teresa Cruz, e à professora de valsa, Olga Yulk; a todos os alunos do 11.º e do 12.º anos que participaram com muito empenho e entusiasmo.

De facto, a atividade superou todas as expectativas. O Sarau Queirosiano fomentou o sentimento de pertença coletiva dos alunos em relação à escola, promoveu uma competição saudável com o próprio “eu” (os estudantes ultrapassaram os seus próprios limites), promoveu a autoestima e proporcionou momentos de convívio entre os alunos e professores.

Sem dúvida, foi um acontecimento que ficará guardado na memória de todos os participantes.

Ana Margarida Patrício e Beatriz Rodrigues – 11.º A

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