A Câmara Municipal de Santo Tirso é um dos oito parceiros, de sete nacionalidades, a integrar o projeto transnacional Gemis, que tem o objetivo de promover a igualdade de género. O município é o único parceiro representante de Portugal.
Cofinanciado pelo Programa da União Europeia Europa para os Cidadãos, o projeto Gemis pretende criar uma rede de cidades que possa ajudar a reforçar o sentimento de pertença dos cidadãos à UE, promovendo a cultura democrática comum baseada na igualdade, nos direitos universais e na inclusão de género.
Neste sentido, o projeto direciona o foco para o aumento da participação das mulheres na sociedade e para a redução da discriminação de género, promovendo ações concretas levadas a cabo localmente, na administração pública.
“Temos vindo a trabalhar as questões da igualdade de uma maneira geral e, em particular, a igualdade de género, não só através deste projeto, mas também do Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação”, explica o presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Alberto Costa.
“Internamente somos um bom exemplo, já que cerca de 75 por cento dos cargos de chefia da Câmara são ocupados por mulheres, mas sabemos que há sempre maneira de melhorar”, acrescenta o autarca, salientando que “a vertente internacional do Gemis é bastante enriquecedora, na medida em que promove a partilha de boas-práticas entre os parceiros”.
Sensibilizar os decisores, funcionários públicos e cidadãos para as desigualdades de género, incentivar o intercâmbio de boas práticas sobre a promoção de uma governação que responda às questões de género e fomentar uma linguagem inclusiva contra os estereótipos são alguns dos objetivos.
Liderado pelo município sueco de Norrköping, para além de Santo Tirso o Gemis conta com a participação dos municípios de Esslingen am Neckar, na Alemanha, Parma, em Itália, Piotrkow Trybunalski, na Polónia, e Vienne, em França. Fazem ainda parte do projeto a organização não governamental Gender Studies, da República Checa, e a SERN, uma das principais redes transnacionais para a cooperação entre o norte e o sul da União Europeia, em particular entre a Suécia e a Itália.
Pretende-se que os trabalhos resultem num guia de ações para uma governação mais sensível às questões de género que venha a ser adotado nos diferentes países e que contribua para aumentar a participação de mulheres em cargos de chefia. Outro dos objetivos é a definição de linhas orientadoras para uma comunicação e linguagem adequadas, que não perpetuem os estereótipos de género.