A Câmara Municipal de Santo Tirso vai promover, de 18 a 25 de maio, a Semana dos Museus, com uma programação alargada que inclui concertos, oficinas e outras atividades. O Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC) e o Centro de Arte Alberto Carneiro (CAAC) serão os palcos das diversas iniciativas propostas.
O quarteto de ethno jazz, Mova Dreva, vai abrir, no dia 18 de maio, pelas 18h00, as celebrações com uma atuação no Museu Internacional de Escultura Contemporânea. Tendo como ponto de partida a cultura folk bielorrussa, o grupo procura criar contos musicais baseados em canções quase desaparecidas, como canções de chamamento da primavera e ciclos da natureza, cânticos de saudade e tristeza, de brincadeiras e casamentos.
O projeto, que nasceu pela mão da pianista e cantautora Katerina L’dokova, criou uma identidade musical que junta à música tradicional influências do jazz, da música clássica, de estilos contemporâneos e de vanguarda.
No dia 19, pelas 15h00, decorre, também no MIEC, uma oficina de tatakizome, uma técnica tradicional japonesa de impressão botânica sobre papel ou tecido, utilizando plantas provenientes de agricultura biológica. Os participantes são convidados a explorar a fusão de elementos botânicos locais para criar peças únicas e eco-conscientes.
Já no dia 21 de maio, o MIEC vai receber uma oficina de cianotipia botânica, um processo de impressão fotográfica em tons de azul popularizado por ser o método usado pela botânica Anna Atkins para imprimir o primeiro livro de fotografia da História.
Destinadas ao público em geral, ambas as oficinas requerem inscrição prévia obrigatória através do email museus@cm-stirso.pt ou do telefone 252 830 410.
Dia 24, pelas 18h00, o Centro de Arte Alberto Carneiro junta-se às comemorações, com a apresentação do catálogo da exposição “Portelos, cancelas e biqueiros”, de Samuel Silva. De seguida, pelas 19h00, haverá uma performance “Live Act”, protagonizada por Fernando José Pereira, membro do coletivo de música eletrónica experimental Haarvöl.
A programação encerra, dia 25, com a inauguração da exposição “Deslocações #07 – Tão frágil como o Mundo”, resultado da residência artística dos estudantes da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, na Fábrica de Santo Thyrso. Pelas 15h00, o público é convidado a explorar os gestos artísticos de cada estudante, juntamente com os do escultor Carlos Barreira.
Assente num poema de Sophia de Mello Breyner sobre a imperfeição e fragilidade do lugar onde amamos, a exposição aborda também uma nova era que parece volátil, onde à crise energética se somam as tensões geopolíticas, a erosão das democracias, a injustiça climática e os retrocessos nos direitos e liberdades individuais.