As 500 assinaturas de eleitores da União de Freguesias de Carreira e Refojos de Riba de Ave recolhidas pelo movimento cívico pela desagregação não conseguiram convencer os 7 eleitos socialistas, que, na semana passada, votaram contra os “anseios de uma população que quer ter voz e vez no concelho de Santo Tirso”.
A iniciativa visava resgatar a herança histórica de Refojos, que foi sede do concelho até 1836 e que possui identidade e vida próprias, e pretendia, igualmente, marcar o recomeço do investimento infraestrutural de qualidade e vida associativa que a Carreira perdeu com a reorganização administrativa de 2013.
Na sessão extraordinária da assembleia da União de Freguesias, os 7 eleitos socialistas rejeitaram a proposta realizada pelo movimento cívico, contra os votos favoráveis dos 2 eleitos da CDU.
O PSD de Santo Tirso, através de um comunicado enviado às redações, reagiu a esta decisão, manifestando apoio ao movimento cívico de Refojos.
Tão importante quanto a questionável argumentação legal apresentada pelos socialistas, fica o registo de uma série de denúncias (e não desmentidas na hora ou no final da sessão!) feita pelos responsáveis do movimento, segundo os quais a decisão pela não desagregação tinha sido decretada pelo presidente da Câmara de Santo Tirso na reunião da comissão política concelhia do PS, que ocorrera dias antes.
Aliás, o nome de código “7-2”, alusivo ao número dos eleitos socialistas e da CDU com assento na assembleia daquela União de Freguesia, terá sido pavoneado pelo presidente da União de Freguesias durante o referido encontro, numa garantia dada por este a Alberto Costa, de forma servil e como se estivesse “tudo controlado”.
De facto, uma forma de estar na política e na vida de causar urticária a quem pensa pela sua própria cabeça e pressupõe que estas questões devem sempre ser resolvidas de forma madura e pelas vias democráticas do diálogo e respeito.
Ora, no atual contexto da política municipal, mais uma vez se prova que Alberto Costa pouco ou nada tem feito pelas freguesias, e, mesmo assim, pretende manter o seu número, controlando, assim, as reivindicações da população através dos seus presidentes de junta e uniões de freguesia.
Como já foi dito pelo presidente do PSD de Santo Tirso, o partido não pretende entrar no irresponsável jogo do estar contra ou a favor da desagregação das uniões de freguesia.
Tenho percorrido o concelho de lés a lés, e importa, de forma madura, prestar atenção às diversas sensibilidades e dinâmicas locais, algo que não tem sido feito por um executivo municipal cego, surdo e mudo. O PSD continuará a ouvir atentamente os anseios e reivindicações de todos os munícipes, pois, cada freguesia tem as suas características particulares, garante Ricardo Pereira.
Enalteço a coragem de Refojos de Riba de Ave e São Tiago da Carreira. Manifestaram-se e isso foi muito bom! Ao contrário do slogan da campanha socialista, reafirmo que o PSD caminhará sempre (sempre!) e de facto ao lado das freguesias do concelho de Santo Tirso.