O PSD de Santo Tirso transmitiu ao presidente da Câmara Municipal a ausência de uma estratégia integrada do território, como, de resto, se atesta pela contínua concentração do investimento municipal na cidade. No encontro da passada quarta-feira, o partido voltou a defender um município para todos ao entregar a Alberto Costa um documento com 12 eixos e 75 medidas.
Neste documento (disponível para download em http://www.psdsantotirso.pt/), estão previstos três projetos estruturantes em matéria de mobilidade que podem ser concretizados pela autarquia até 2030, em parceria com os municípios da Trofa e Valongo, bem como no âmbito da própria Área Metropolitana do Porto.
“É nossa obrigação aproveitar os fundos comunitários que nos disponibilizam, investindo e promovendo uma forte mobilidade municipal e intermunicipal, atendendo ao expectável crescimento da rede periférica de transportes do Grande Porto”, referiu o presidente do PSD de Santo Tirso no encontro, que decorreu no âmbito das Grandes Opções do Plano e Orçamento para o ano de 2023.
Ricardo Pereira começou por dizer que “é necessário elaborar um mapa para colocar Santo Tirso a circular, definindo os eixos estratégicos de atuação e as metas, de modo a concretizar um modelo de economia circular no concelho até 2030, com a ligação à nova variante da EN.14”.
De seguida, o responsável recordou “que importa exigir junto do estado central o investimento no prolongamento da linha de metro de superfície (que atualmente termina no concelho da Maia) até à Trofa, para que posteriormente também seja uma realidade no nosso concelho, ligando a estação da Trofa a Santo Tirso e Vila das Aves”.
Por último, Ricardo Pereira sublinhou que, “tendo em conta a possível nova linha ferroviária do Vale do Sousa, é pertinente projetar uma ligação de superfície entre a central de transportes e a futura estação de caminho de ferro no concelho de Valongo, beneficiando e potenciando o desenvolvimento da cidade e das freguesias do Vale do Leça”.
No encontro, o responsável social-democrata recordou que “Santo Tirso foi, outrora, ponto de paragem entre Douro e Minho e concelho líder na Europa do têxtil”, e que o município “precisa de se reinventar para voltar a ser um concelho de referência, tanto no distrito, como no Norte e no País.”