O Partido Social Democrata de Santo Tirso criticou o facto dos tirsenses pagarem em duplicado a festa de natal em Santo Tirso. O “Aqui é Natal” esteve em discussão na última sessão da Assembleia Municipal, realizada na passada quarta-feira e através de um comunicado enviado às redações os sociais democratas não poupam nas palavras.
Para o principal partido da oposição, além do duplo pagamento, estão também em causa os valores que foram pagos pela autarquia tirsense.
É o “Aqui é Natal” mais caro da história de Santo Tirso – 308 mil euros! – e pelo qual os tirsenses irão pagar a dobrar: através dos impostos e taxas, e através da compra dos bilhetes de acesso aos brinquedos e equipamentos. Duas prendas do Pai Natal no sapatinho do executivo liderado por Alberto Costa, que, qual rei dos sorrisos e afetos, tenta ganhar pontos e votos à custa do bolso de todos os munícipes.
Uma vergonha!
O orçamento do “Aqui é Natal” é um golpe nas carteiras daqueles que, desafiados pela crise económica, são, mais uma vez, penalizados (“gozados” é um termo razoável?) pela Câmara Municipal de Santo Tirso. É que pais e mães não deveriam sequer ser confrontados com questões desta natureza: muitos compram comida ou bilhetes para os filhos poderem usufruir dos equipamentos.
Chocante!
Pior é saber-se que a Câmara Municipal alugou uma roda gigante por 70 mil euros, sendo que a mesma roda gigante ficou por 22.500 mil euros no município de Óbidos e 8 mil euros no festival do Crato, no distrito de Portalegre. E que na noite em que foi votado o orçamento municipal para 2023, o presidente da edilidade justificou o preço do brinquedo da seguinte forma: “Santo Tirso ganhou a corrida pela roda gigante a municípios vizinhos!” Uma justificação digna de um recreio escolar, como se se tratasse de uma vitória política capaz de figurar nos anais da história do concelho.
Triste.
E, mais uma vez, o “Aqui é Natal” acaba por ficar concentrado na sede do município, ou seja, nas praças 25 de Abril e Conde S. Bento. Às freguesias mais próximas, é-lhes concedido o direito de admirarem o clarão luminoso da sede do concelho; às freguesias mais distantes, é-lhes facultado o privilégio de usarem transportes gratuitos até ao dia 1 de janeiro de 2023.
Incompreensível.
Finalmente, a iluminação. Com um anjinho aqui, uma estrela acolá, o PPD/PSD ainda não percebeu se esta faz parte ou não da conta final da festa. O partido já “catou” tudo e ainda sequer encontrou qualquer conta de merceeiro escrita a lápis.
Sem adjetivos!
Alberto Costa vai ter de explicar muitas coisas aos tirsenses nos próximos tempos. É que isto de caminhar “lado a lado” tem muito que se lhe diga.
O PPD/PSD sabe que o executivo municipal dispõe de uma maioria absoluta, mas, espera que este não a confunda com poder absoluto. Pois, o partido irá sempre escrutinar estas e outras “adjudicações nebulosas” e informar com toda a isenção os munícipes.
Por um município para todos!