Realizou-se ontem a sessão da Assembleia Municipal do mês de abril. Foram vários os pontos levados a discussão de onde se destaca a votação do documento de prestação de contas do ano de 2022 que foi aprovado com os votos da bancada do Partido Socialista onde se incluem também os votos dos três presidentes de junta independentes que contam com o apoio socialista.
Através de um comunicado enviado às redações, o Partido Social Democrata de Santo Tirso deu a conhecer a sua posição tecendo fortes críticas à gestão socialista.
O PSD Santo Tirso votou contra o documento de prestação de contas do ano de 2022 por penalizar profundamente as famílias, empresas, associações e freguesias do concelho.
Com folga orçamental, vaidosamente pavoneada nas redes sociais pelo presidente da Câmara, o executivo que gere o Município de Santo Tirso devia ter usado o dinheiro público para aliviar as dores dos seus munícipes. Contudo, a maioria socialista decidiu nada fazer!
A inflação não parece importunar o grupo liderado por Alberto Costa. Aliás, ambos parecem surfar bem nesta onda de empobrecimento generalizado, num contexto social e económico que os alçou artificialmente para o nível de “especialistas da gestão pública”.
Porém, os dados apresentados ontem, durante a Assembleia Municipal, confirmam o que se previa: a Câmara não realiza obra e prefere colocar o dinheiro à ordem numa qualquer conta bancária!
Primeiro:
A execução da despesa é das mais baixas de que há memória – uns míseros 75%! -, numa situação que, lamentavelmente e ano após ano, conduz a Câmara Municipal a fazer transitar para o exercício seguinte compromissos orçamentados e assumidos.
Afinal, o que está a falhar?
Incompetência?
Falta de ambição política e visão estratégica?
Porque é que se retém tanto dinheiro aos contribuintes?Com este método, é fácil obter resultados económicos positivos. Num concelho com tantas carências económicas e sociais, é função do executivo camarário em exercício responder aos desafios, usando os recursos financeiros de que dispõe, devolvendo aos contribuintes o que foram obrigados a partilhar sob a forma de taxas e impostos.
Segundo:
O presidente da Câmara Municipal é o rosto da perda de receitas dos executivos das freguesia e de todos os munícipes. Alberto Costa embalou um “presente envenenado” ao transferir competências para as juntas de freguesia, sem que estas tenham sido acompanhadas pelo respetivo envelope financeiro. E, em alguns casos, as verbas são manifestamente inferiores!
Vilarinho, Agrela e Vila das Aves são os exemplos mais cabais dessa situação. Estas juntas de freguesia perderam em alguns itens cerca de 50% das receitas, ou seja, terão muito mais trabalho e muito menos dinheiro para gastar.
Por isso, o edil ficará na memória coletiva como o responsável que conduziu o Município de Santo Tirso a um empobrecimento ainda maior, num desfecho que não se deseja nem ao pior inimigo!
Alberto Costa tem de abandonar definitivamente o mundo virtual e colocar os pés no mundo real, onde tudo e todos vivem momentos de grandes dificuldades!
Terceiro:
O presidente da Câmara tem de afirmar, sem tibiezas, que o município teve um saldo positivo de 6,3 milhões de euros e que mantém ainda uma quantia em dinheiro vivo em instituições bancárias no valor de 16 milhões de euros!
Será que o executivo quer transformar a Câmara Municipal de Santo Tirso numa instituição financeira?
O PSD lutará sempre por um município para todos!