A União de Freguesias de Carreira e Refojos de Riba de Ave reuniu-se extraordinariamente, na noite de terça-feira, para discutir a possibilidade de desagregação. A proposta foi entregue pelo movimento cívico de Refojos, movimento esse que defende a desagregação da união de freguesias.
Voltando alguns meses atrás no tempo, nas autárquicas de 2021, o Partido Socialista (PS) venceu as eleições com uma clara maioria, obtendo 72,26% dos votos e 7 eleitos, contra 18,47% dos votos da CDU, correspondente a 2 eleitos. O PSD não apresentou nenhuma lista, tal como os restantes partidos. De realçar que este foi o melhor resultado da CDU em todo o concelho, pese embora beneficiando do facto de só terem havido duas listas concorrentes, sendo precisamente a única freguesias que foi a escrutínio nestas condições.
Após mais de um ano em que movimento cívico apresentou publicamente à população diretamente e também aos órgãos de comunicação social os seus argumentos para a desagregação, chegou o momento de apresentar, na última sessão ordinária da assembleia de freguesia, a proposta de desagregação. O presidente da assembleia de freguesia, António Nogueira, convocou uma sessão extraordinária, tal como obriga a lei, com um único ponto na ordem do dia, a votação da proposta de desagregação da união de freguesias.
A sessão começou com uma introdução feita pelo presidente da assembleia de freguesia, António Nogueira seguida da leitura de um documento por parte do presidente da união de freguesias, Luciano Cruz sendo que de seguida foi votada a proposta. O PS votou contra e a CDU votou favoravelmente e por isso com 7 votos contra e 2 votos a favor, a proposta foi chumbada. Após a votação a bancada socialista fez ainda uma declaração de votos apresentando os seus argumentos.
A sessão foi acalorada com vários populares indignados pelo facto do público não poder intervir, estando previsto isso mesmo na lei. O presidente da assembleia respondeu dizendo que numa sessão extraordinária não hã lugar a intervenções do público sendo que nesse momento a exaltação foi ainda maior com vários populares novamente indignados porque o presidente de junta, segundo eles, não poderia também intervir. O presidente da assembleia, acabou por dar a palavra a um dos representantes do movimento cívico, Carlos Monteiro, que manifestou o seu descontentamento pelo ataque pessoa de que foi alvo, segundo o próprio. Já perto do final um popular abandonou a sala da Junta de Freguesia da Carreira por se ter exaltado em demasia.
Nesta sessão extraordinária estiveram nos público vários partidos políticos representados: PSD, CDS-PP, CHEGA e Bloco de Esquerda além dos eleitos do PS e da CDU como já referido.
A proposta de desagregação da União de Freguesias de Carreira e Refojos de Riba de Ave foi rejeitada pela maioria socialista. O movimento cívico deixou a promessa que irá continuar a sua luta. No final, o Diário de Santo Tirso e restante comunicação social presente recolheu declarações de alguns dos intervenientes.