Ministério público arrasa versão da mãe que abandonou bebé no caixote do lixo: “Depois de ter sido encontrado o bebé, a arguida não quis saber. O que nos dá a entender é que os factos ocorreram como a acusação e não como disse a arguida”.
Na terceira sessão do julgamento o Ministério Público considerou que Sara Furtado atuou de forma premeditada, tendo escondido a gravidez da família, do namorado e de outros sem-abrigo que, como ela, viviam em tendas junto a uma discoteca em Santa Apolónia.
“Depois de ter sido encontrado o bebé, a arguida não quis saber. O que nos dá a entender é que os factos ocorreram como a acusação e não como disse a arguida”, referiu a procuradora do MP, acrescentado ainda que Sara Furtado “não demonstrou qualquer arrependimento”.
A procuradora acrescentou que a morte de criança só não se verificou por “mera casualidade” e porque houve a intervenção de algumas pessoas, afirmando que “os testemunhos foram esclarecedores”.
Relembramos que numa sessão anterior, Sara Furtado confessou ter deitou o bebé no ecoponto não para o matar mas sim para que fosse encontrado e justificou o ato com “vergonha”. Dulce Rocha, do Instituto de Apoio à Criança (IAC) também está a defender Sara Furtado e afirma que como o bebé não tinha lesões, a mãe não o tentou matar.