Diário de Santo Tirso

Os números da pandemia não param de crescer, será uma vacina a solução a curto ou a médio prazo?

Os números da pandemia aumentam cada vez mais e muitas pessoas esperam ansiosas por uma vacina que seja milagrosa e acabe com este pesadelo.

A vacina ficará pronta a tempo? É uma questão que muitos gostariam de saber a resposta.

Todo o processo de criação de uma vacina poderá demorar em média 10 anos, as mesmas servem como prevenção da doença e não como cura para a mesma. Quem o afirma é o Wellcome Trust, uma instituição filantrópica que financia investigação científica a partir de Londres.

Conheça todo o processo de criação de uma vacina passo a passo:

Fase de investigação fundamental: Os cientistas estudam o vírus e procuram formas de o neutralizar. Segundo o Wellcome Trust, desta fase podem resultar até 100 potenciais vacinas e o processo normal dura entre dois e cinco anos.

Ensaios pré-clínicos: As potenciais vacinas são sujeitas a testes in vitro e in vivo, ou seja, testes em laboratório e testes em animais como ratinhos. Nesta fase poderão passar cerca de 20 das 100 potenciais vacinas descobertas inicialmente, num processo que, normalmente, pode durar dois anos.

Ensaios clínicos – fase I: As potenciais vacinas são submetidas a testes num grupo restrito de humanos. O objetivo é apurar se funciona e se é minimamente segura. Por norma, esta fase pode durar entre um a dois anos e resulta na seleção de dez potenciais vacinas.

Ensaios clínicos – fase II: Esta fase estuda se as potenciais vacinas produzem uma resposta imunitária adequada no organismo dos humanos, protegendo-os do vírus em análise. O número de humanos envolvidos é maior do que na fase II, mas ainda assim restrito. São ainda estudados os efeitos secundários das vacinas e é tida especial atenção à segurança, podendo demorar dois a três anos e, daí, resultar a seleção de cinco potenciais vacinas, segundo o Wellcome Trust.

Ensaios clínicos – fase III: É a fase final de testes em humanos, envolvendo um número muito mais alargado de voluntários. O objetivo é aferir se a vacina protege realmente do vírus que se quer combater, resultando, desse trabalho, uma única potencial vacina. Esta fase pode demorar entre dois a quatro anos num processo de investigação normal.

Aprovação regulatória: Se os estudos científicos mostrarem que a vacina é eficaz e produz uma resposta adequada, os reguladores pesam então os benefícios e os riscos e, eventualmente, emitem a aprovação à vacina.

Produção industrial: A vacina é, então, produzida em quantidades industriais e distribuída pelas comunidades que dela mais precisam.

Resumindo, produzir uma vacina pode demorar dez anos, segundo os cálculos do referido instituto.

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