A Estrutura Concelhia das Mulheres Socialistas-Igualdade e Direitos de Santo Tirso promoveu ontem um Webinar “Escola em (Trans)formação”. Sónia Martins foi a moderadora e como convidados estiveram presentes Alberto Costa, Presidente da Concelhia do Partido Socialista de Santo Tirso e Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso, Sílvia Tavares, Vereadora com o pelouro da Educação na Câmara Municipal de Santo Tirso, Ariana Cosme, especialista em educação e Severina Fontes, Diretora do Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques e Elisabete Beja, encarregada de educação.
Este Webinar teve como assunto principal a educação e as novas metodologias de ensino à distância trazidas pela chegada da pandemia de COVID-19. Os convidados fizeram uma análise às modificações e adaptações da educação neste período de novos desafios trazidos pelo coronavírus.
Alberto Costa foi o primeiro a intervir onde referiu que “os professores foram heróis desta pandemia”, salientou que a autarquia é um parceiro das escolas e que enfrentar a chegada deste vírus foi um “enorme e tremendo desafio” que obrigou a avançar mais rapidamente para a mudança Digital. O Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso disse ainda que a autarquia teve que constituir planos de contingência de ação imediata, onde efetuaram investimentos em equipamentos, 200 Tablets, 200 computadores e Internets móveis, formações aos auxiliares de ação educativa, contribuíram financeiramente para apoiar o transporte escolar, entre outros. Tudo resultado do trabalho em rede executado pela autarquia que visa o diálogo com as pessoas de forma a ter em conta as suas necessidades.
De Seguida falou Ariana Cosme, especialista em educação que enalteceu o trabalho das autarquias na rápida resposta dada ao setor da educação “ A pandemia aprofundou desigualdades, mas nós corremos atras delas e fomos lá com a ajuda de técnicos, as ajudas das Câmaras Municipais nesse sentido foram essenciais.” Ariana Cosme referiu que a escola faz-se com a comunidade e que apenas conseguiram sobreviver à pandemia porque já tinha um trabalho construído no passado que permitiu que já estivessem no caminho certo para enfrentar um percalço destes.
Severina Fontes, Diretora do Agrupamento de Escolas D. Afonso Henriques falou sobre as dificuldades sentidas durante os períodos de ensino à distância, referindo que umas das maiores dificuldades foi o uso das novas tecnologias por parte dos pais e de alguns alunos. “A pandemia assombrou as escolas. De um dia para o outro tivemos que encerrar todas as escolas, fomos obrigados a encarar uma nova realidade.” A diretora do agrupamento de escolas agradeceu à Câmara Municipal de Santo Tirso, por ter sido um parceiro incansável, à junta de Freguesia que apoiou na distribuição das refeições e à escola segura que também prestou ajuda em entregas ao domicílio de fichas de trabalho e documentos necessários aos alunos. Severina Fontes referiu que encarar o segundo confinamento já foi mais fácil para os alunos pois já estavam preparados para o ensino à distância, no entanto não deixou de referir que as famílias mais pobres e de etnias foram as que tiveram mais dificuldades de acompanhamento à distância. Concluiu dizendo que apesar destas dificuldades a escola tenta sempre não deixar ninguém para trás.
Elisabete Beja também deixou o seu testemunho como encarregada de educação, “Os pais são fundamentais no apoio em casa relativamente aos estudos dos seus filhos, com a paralisação passamos a ter mais relevância nesse papel.” As principais dificuldades identificadas por esta encarregada de educação que faz parte de uma associação de pais foram a falta de recursos tecnológicos, falta de internet e também a falta de conhecimento por parte dos pais, principalmente do primeiro e segundo ciclos, para poderem apoiar os seus filhos durante os estudos.
A vereadora da Educação, Sílvia Tavares concluiu dizendo que o trabalho da autarquia a nível da educação é resultado de uma rede de parceiros, constituída pela autarquia, escolas, comunidade educativa e as famílias. “É uma escola construída por todos e participada por todos”, disse. Sílvia Tavares referiu que a chegada da pandemia veio acelerar o processo de transição digital, um projeto já trabalhado pela autarquia mesmo antes da chegada da pandemia, com isto vão agarrar esta oportunidade para continuar a construir uma escola mais inovadora.