Vencedores do campeonato distrital em iniciados: “O troféu em si é a continuidade do trabalho que temos feito desde há muitos anos. Quem ganhou este troféu são miúdos que agora têm 15 anos, já andam 80% na AST desde os cinco anos, quer dizer que é um trabalho de continuidade e de trabalho, treinamos muitas vezes e só treinando muitas vezes é que estamos perto das vitórias. Apesar que na formação as vitórias não é o mais importante mas se podemos juntar a uma boa formação as vitórias é sinal que as coisas estão a funcionar bem”.
Motivação dos jovens: “Neste grupo que ganhou temos cinco ou seis miúdos na seleção distrital, só que entretanto veio a pandemia e tivemos que acabar tudo. Certamente que para o ano estarão novamente na seleção distrital e é esse o trabalho que temos vindo a fazer. Ter os miúdos desde pequeninos, os que gostam verdadeiramente de futsal e que seguem connosco, normalmente pela maneira como nós trabalhamos e treinamos eles ficam com muitos conhecimentos do que é o futsal, um desporto muito elaborado, um desporto muito diferente do futebol e trabalhando nessa base. Estamos agora já a começar a ter os primeiros séniores já das camadas jovens e cada vez estamos a tentar juntamente com o treinador dos séniores fazer este percurso. Isto é, levar os nossos miúdos para os séniores. Não temos outra maneira de preencher os séniores com bons jogadores porque não temos fundo de maneio para pagar a jogadores para virem jogar connosco. Tem de ser da formação, ao contrário de outros clubes que disputam connosco os séniores, a maior parte deles tem fundo de maneio para isso.
Perda de jovens devido à paragem: “Penso que cerca de 80 ou 90% já regressaram. Penso que também fomos um clube quase à parte do universo em Portugal, tenho a certeza disso. Nós sempre que a lei nos permitiu trabalhar nós treinamos. Se a lei não nos permitia trabalhar dentro do pavilhão municipal nós treinávamos foram do pavilhão. Fizemos sempre questão de trabalhar, os pais sempre fizeram questão que os miúdos treinassem e acho que esse foi o caminho que fez com que os miúdos não desistissem e foi esse caminho que também fez com que mantivesse os miúdos em atividade e com a mente mais sã. Porque alguns dos que perdemos agarraram-se aos computadores, aos vícios de playstation e de computadores e foi isso que nós perdemos, não os perdemos para outros clubes porque também não havia atividade e nisso acho que foi uma decisão firme da direção em que sempre que houvesse condições dentro da pandemia e a lei nos permitisse treinar, porque houve ali um período de 15 de janeiro a 15 de abril que não foi permitido e aí não podemos mesmo treinar e só para dar um pequeno exemplo tivemos vários miúdos a chegar aqui com cinco, seis, sete ou oito quilos de peso a mais, já para não falar dos problemas psicológicos que isso pode ter trazido. E acho que esse foi o nosso ganho, foi manter, muitas vezes com prejuízo, isso é importante dizer, sabendo que estávamos a treinar mas foi esse o nosso objetivo e acho que conseguimos em pleno”.