Quase três anos e meio depois das primeiras detenções no âmbito do processo “Operação Eter”, já há finalmente data para o arranque do julgamento, será a 9 de março. Este é um processo de corrupção que envolve 29 arguidos, incluindo o antigo presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira.
Em causa estão alegados crimes de corrupção, participação económica em negócio, peculato, abuso de poder, falsificação de documentos e recebimento indevido de vantagem, que foram cometidos no âmbito de procedimentos de contratação de pessoal e de aquisição de bens, do uso de meios do Turismo do Porto e Norte de Portugal para fins pessoais e do apoio prestado a clubes de futebol sob a forma de patrocínios.
Por esta ligação ao futebol, são arguidos o presidente do Sporting Clube de Braga, António Salvador, e o ex-dirigente do Vitoria Sport Clube, de Guimarães, Júlio Mendes, além da antiga hierarquia do TPNP: presidente, vice-presidente e diretora operacional.
Dos arguidos constam também Manuela Couto, mulher do antigo presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso Joaquim Couto, e responsável pela agência de comunicação WGC Branding.
Não há qualquer ligação entre o processo “Operação Éter” e “Operação Teia”. A “Operação Eter” resultou na detenção e libertação de Manuela Couto sob uma caução de 40 mil euros em 2018.
Manuela Couto, era sócia maioritária em cinco empresas de comunicação e prestação de serviços de eventos e voltou a ser detida em 2019 pela Polícia Judiciária, por corrupção, tráfico de influências e participação económica em negócio no âmbito de contratação pública. Nessa mesma altura Joaquim Couto, na altura Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso foi também detido o que provocou a sua renúncia ao cargo que ocupava.
O Diário de Santo Tirso tentou averiguar a data para o julgamento da “Operação Teia”, contudo sem sucesso. Os registos, websites e páginas nas redes sociais das referidas empresas de comunicação foram completamente eliminados da internet.