Diário de Santo Tirso

Henrique Pinheiro Machado identificou problemas e carências da região ocidental do concelho

Imagem: Diário de Santo Tirso

Foi através de uma conferência de imprensa realizada em Água Longa que o candidato da lista “P’rá Frente Santo Tirso”, Henrique Pinheiro Machado, enumerou alguns problemas e carências da região ocidental do Concelho de Santo Tirso.

Henrique Pinheiro Machado considera que a freguesia de Água Longa, pertencente ao Vale do Leça. é das mais abandonadas pela Câmara Municipal, referindo que o motivo para esse abandono é que “a freguesia tem um vasto território com uma área de perto de 14 quilómetros quadrados onde residem apenas 2.400 habitantes”.

Sobre Água Longa e outras freguesias do Vale do Leça, o candidato à Câmara Municipal disse:

“Para resolver este problema, que leva muita da população a procurar residência em concelhos vizinhos, procederemos à aquisição de terrenos para serem vendidos à classe média e a jovens casais, a preços acessíveis, para construírem as suas residências, ou, em alternativa, promoveremos a construção de habitações dignas e a custos controlados, que serão, posteriormente, lançadas no mercado de arrendamento ou de venda.

Com estas medidas, no âmbito da habitação como noutras áreas fulcrais, potenciaremos a capacidade de Água Longa para atrair novas famílias e mais empresas, uma vez que esta freguesia tem uma localização geoestratégica privilegiada: fica perto da A41,  e com fácil acesso ao Porto e Braga, além de ficar a oito quilómetros da Maia, a sete quilómetros de Valongo, a onze de Paços de Ferreira e a dez de Santo Tirso.

Também é urgente a requalificação e transformação da Zona Industrial existente numa grande Zona Industrial, que acolha as várias indústrias que se foram espalhando pela freguesia.

Ainda num outro aspeto, que tem a ver com o acesso aos cuidados de saúde, é imperioso construir um Centro de Saúde para a população de Água Longa, da Agrela e da Reguenga, que têm de se deslocar ao Centro de Saúde do concelho vizinho, Valongo, ou a Lamelas, sem que tenham os indispensáveis transportes públicos e várias vezes por dia.

Empenhar-nos-emos também na instalação, na nova sede da Junta de Freguesia de Água Longa, de um Posto de Correios e de um Centro de Dia para a população idosa.

Na área do desporto, promoveremos a colocação de um relvado sintético no Campo de Jogos, para que os jovens desportistas, de Água Longa e das demais freguesias da região, não continuem a fugir maciçamente da sua terra para clubes da Maia, para o F.C. do Porto, para o Boavista e outros clubes de concelhos vizinhos, onde têm melhores condições para a prática desportiva.

Um outro aspeto de grande importância tem a ver com a segurança de pessoas e bens. Nesse sentido,  vamos empenhar-nos para que haja um destacamento policial na região, uma vez que o Posto da GNR de Santo Tirso ou não consegue responder às requisições da sua presença,  ou os seus agentes demoram,  por vezes,  cerca de 45 m a chegar aqui. Enquanto não for possível ter este destacamento, empenhar-nos-emos junto da GNR para que seja mais célere a acudir a quem requer a sua presença, e que faça várias patrulhas de dia e de noite em toda a região.

No Vale do Leça há também, relacionado com o meio ambiente, o problema da limpeza dos cursos de água, nomeadamente do rio Leça e do seu afluente, a ribeira de Pisão.

E a propósito do rio Leça, quero deixar aqui um grave reparo que tem a ver com o facto da Câmara Municipal de Santo Tirso ter permitido que fosse licenciada, a montante da nascente deste rio,  em Monte Córdova, uma pedreira que tem uma enorme cratera para onde drena a água da nascente, que se apresenta seca durante a maior parte do ano. E, atualmente no local, onde estava localizada a nascente do Leça, e que foi arranjado no âmbito da promoção turística do nosso concelho, já não existe qualquer nascente e o caudal do rio é sustentado pelos cursos de água afluentes. Esta é uma situação que configura um grave atentado ambiental resultante do pouco interesse desta Câmara em preservar aquela nascente e o rio que lá nasce.

Voltando-nos agora para a freguesia vizinha da Agrela, já vêm também de longe os nossos alertas para a necessidade de requalificar e regularizar o traçado da Rua da Senhora da Guia, que só agora, pouco antes das eleições, a Câmara está a requalificar, mas, claro está, sem fugir à tradição desta Câmara em nunca fazer uma obra completa, a requalificação que está a ser feita apenas contempla o troço médio da rua, mantendo  as duas pontas no mesmo estado de degradação, gorando as expectativas dos moradores que esperavam que as obras abrangessem todo o traçado da rua, e não apenas uma parte.

Registamos, ainda, que, nesta freguesia, existe um conceituado artesão – num antigo Lagar de Azeite – precisamente no troço inicial da rua por requalificar. Este Lagar de Azeite  nem sequer é referenciado em qualquer roteiro turístico do nosso concelho, embora seja muito visitado por pessoas doutras paragens.

Também na Agrela, o acesso à Zona Industrial, como na generalidade acontece por todo o concelho, precisa há muito de ser alargado e a área industrial de ser requalificada.

Ainda nesta região do Vale do Leça não podemos deixar de registar a velha aspiração dos habitantes da Reguenga, de terem um Centro de Dia que acolha os seus idosos sem que a Câmara tenha promovido qualquer diligência para que esta legítima aspiração seja concretizada.

E registamos com agrado que a candidatura independente – MIR – tenha no seu plano de acão iniciar o processo que leve à concretização desta lacuna, no âmbito do apoio social à população da Reguenga. Centro de Dia que, nós,   sendo Câmara, apoiaremos decisivamente para que seja concretizado no mais curto espaço de tempo.

Também aqui é urgente a requalificação da Rua do Visconde de Cantim, há tantos anos adiada.

Voltando-nos para uma outra freguesia deste Vale do Leça, que foi até 2013 a antiquíssima freguesia de Refojos, não podemos deixar de referir, mesmo correndo o risco de sermos repetitivos, que nos empenharemos para que Refojos, que tem todos os equipamentos necessários de uma freguesia, volte a ser independente. Assim o exige a maioria da sua população, e os pergaminhos da freguesia que já remontam ao século V, mas que no século XII tomaram uma maior grandeza com a criação do Julgado e Concelho Medieval.

A preservação da identidade histórica da população de Refojos está na ordem do dia, mercê do empenho de um muito ativo Movimento Cívico, mas os residentes na freguesia lutam também pela requalificação de vários troços da sua rede viária, e a abertura de dois novos arruamentos: um a ligar os lugares da Valongueira a Sande; e outro a ligar a Escola da freguesia ao Parque Desportivo, recentemente melhorado com a dotação de um relvado sintético. Para a concretização deste arruamento é necessária apenas a aquisição de uma faixa de terreno com 80 metros de comprimento.

Nesta região do Vale do Ave temos,  também, como urgente a criação nas freguesias, com exceção de Água Longa, de um Posto do Cidadão que garanta a prestação de serviços mais completos às respetivas populações.”

As medidas da candidatura “P’rá Frente Santo Tirso” para o concelho em geral passam por:

” – No que diz respeito aos impostos e tarifas, vamos reduzir o IMI para o valor mínimo, como vamos reduzir para zero a taxa de retenção do IRS, e da mesma forma vamos prescindir da derrama cobrada às empresas. Vamos também reduzir a tarifa da água em 50%, e as taxas do lixo e do saneamento em 30%, além de instituirmos as tarifas sociais;

– Para favorecermos a Economia Local, daremos um apoio efetivo ao comércio local, em articulação com as iniciativas da ACIST, e passaremos a privilegiar as adjudicações às empresas do concelho, elevando-as dos atuais 20% para 50%;

– Na área da educação, vamos melhorar, no Verão, o Programa Mimar, de 15 para 60 dias; manteremos os protocolos para assegurar os períodos de Prolongamento Escolar; manteremos todos os prémios e apoios sociais existentes, mas alargaremos o Cheque Escolar para um valor que cubra todas as despesas com a aquisição de material; vamos devolver a gestão das cantinas escolares às associações de pais; e vamos passar a contemplar com bolsas de estudo todos os alunos que frequentem o ensino superior, e que tenham comprovadas dificuldades económicas;

– No âmbito da solidariedade social vamos: reforçar o subsídio ao arrendamento e o valor do fundo de emergência social; promoveremos a criação de Centros de Dia em todas as freguesias; manteremos todos os apoios à população sénior, proporcionando-lhe também a frequência de piscinas de água aquecida, a frequência de aulas de ginástica e atividades culturais; promoveremos um acompanhamento de proximidade aos residentes nas Habitações Municipais e aos idosos que vivam isolados;

– No domínio do associativismo e tradições culturais, vamos procurar, localmente, incentivar a reativação de todas as tradições populares que fazem parte da memória coletiva das populações;

– No que toca à saúde, ambiente e qualidade de vida, vamos, em toda a região: diligenciar para que haja uma melhor cobertura dos serviços médicos ao dispor das populações, e o reforço das valências médicas do nosso hospital; vamos tomar iniciativas para que a cobertura do abastecimento de água e do saneamento de efluentes em todo o concelho chegue a perto dos 100%; e vamos construir parques de lazer nas freguesias onde não existem, obedecendo a um critério de coesão do território;

– Na área do desporto: vamos estabelecer um Plano de Construção de Equipamentos Desportivos em todas as freguesias, para permitir e promover a prática desportiva entre a população jovem, em particular, e a população em geral; apoiaremos todas as coletividades desportivas com critérios justos e equitativos; e manteremos um Programa de Dinamização da População Sénior para uma vida saudável e ativa;

– No que diz respeito à Gestão Autárquica e Cidadania: vamos criar um programa de participação cívica denominada “Santo Tirso é de Todos” que ouvir as populações acerca dos investimentos a ser feitos nas suas freguesias; vamos passar a transmitir para toda a população as reuniões da Câmara e da Assembleia Municipal; tornaremos públicas todas as despesas realizadas pela Câmara Municipal; implementaremos, também, medidas de transparência no sector da contratação pública, fazendo com que os Concursos sejam maioritariamente públicos e não por Ajuste Direto, como acontece atualmente; e vamos criar a figura do Provedor Municipal;

– E, por último, ao contrário de outras candidaturas que prometem mundos e fundos sem se saber onde vão buscar o dinheiro para sustentar tanta promessa, vou justificar onde a nossa Câmara irá buscar o financiamento para suportar as medidas extraordinárias que nos propomos implementar:

Vamos conseguir poupar 30 milhões de euros no mandato, com a redução das despesas na Aquisição de Bens e Serviços; vamos poupar 1 milhão e 45 mil euros com a devolução das Cantinas Escolares às associações de pais; vamos passar a privilegiar os contratos em vez dos ajustes diretos, como acontece atualmente; e vamos implementar um Plano de Eficiência Energética, que permitirá poupar energia nos edifícios públicos e poupar na aquisição de combustíveis para a frota municipal, que será gradualmente substituída por veículos movidos a energias as limpas.”

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