A Polícia Judiciária deteve hoje o suspeito de ter ateado o fogo que provocou por matar dezenas de animais do canil na Agrela.
De acordo com o comunicado, este homem é suspeito de ter iniciado mais de três dezenas de incêndios florestais na zona de Sobrado, pelo menos desde o início de julho. Todos eles com recurso a um isqueiro.
A Polícia Judiciária, através da Diretoria do Norte, com a colaboração de diversas entidades, designadamente o Grupo de Trabalho do Norte de Redução das Ignições Florestais, a GNR, a ANEPC, ICNF, Bombeiros Voluntários e Autarquias locais, procedeu no dia de hoje à detenção em flagrante delito de um indivíduo indiciado por mais de três dezenas de incêndios florestais, ocorridos na zona de Sobrado – Valongo e Baltar”.
São vários os incêndios que estão a ser avaliados nesta investigação e um deles foi o polémico fogo que atingiu um canil em Santo Tirso e que matou dezenas de animas.
Tal como foi recentemente noticiado, o caso do incêndio que vitimou dezenas de animais, num abrigo em Agrela – Santo Tirso, teve origem em Valongo, pelo que que a imputação de também esta ignição está a ser avaliada pela investigação”.
Em conferência de imprensa, Norberto Martins, diretor da Diretoria Norte da PJ, esclareceu que esse incêndio ocorreu precisamente na zona de atuação do suspeito.
O início desse incêndio – que depois tomou os abrigos [de animais na serra da Agrela, em Santo Tirso], e levou à morte daqueles animais – ocorreu exatamente naquela que era a zona de atuação do suspeito [detido hoje]. E o local onde começou, a forma como começou e alguns elementos que ligam a presença dele naquele local nos momentos que antecederam o início da ignição, faz-nos convencer que esse terá sido também um dos incêndios que tiveram origem no comportamento dele”.
No entanto, procurou sublinhar que a investigação está em curso: “Mas a investigação é difícil e complexa (…). Estamos convencidos de que terá sido ele, mas carece de outros elementos para consubstanciar a nossa suspeita”.
O comunicado refere que o detido, de 29 anos de idade, eletricista de profissão, “conciliava tal atividade com a constante circulação, de dia e de noite, nas zonas florestais, efetuando múltiplas manobras evasivas e condução errática, presumivelmente para despistar as autoridades”.
A PJ esclarece ainda que este homem, com antecedentes policiais por crime de incêndio florestal, vai ser presente à competente autoridade judiciária, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.