Uma das principais escolas de Santo Tirso, a Escola Básica e Secundária D. Dinis, esteve hoje encerrada devido à greve do pessoal docente. Os professores pedem uma “carreira digna”.
Não há memória desta escola central de Santo Tirso ter encerrado devido à greve de docentes, as palavras são de Renato Moreira, professor e representante da classe na referida escola: “A Escola D. Dinis, que me lembre, nunca fechou por greve dos professores (…) é mais um sinal de união e as pessoas podem ver pela multidão que estamos na luta até alcançar os nossos objetivos”.
A nível geral, os professores têm-se demonstrado contra a reformulação que o Ministério da Educação anunciou e pretende implementar, nomeadamente no regime de concursos e abrir processos negociais para resolver problemas que, na sua ótica, têm vindo a desvalorizar a profissão.
A greve de professores por distritos começou na passada segunda-feira e prolonga-se durante 18 dias. Depois de Lisboa, na terça-feira será dia de greve em Aveiro, seguindo-se Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, terminando no Porto a 8 de fevereiro.
A greve das oito organizações sindicais realiza-se ao mesmo tempo em que decorrem outras duas paralisações: uma greve por tempo indeterminado, convocada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), que se iniciou no dia 9 de dezembro e vai manter-se, pelo menos, até ao final de janeiro, e uma greve parcial ao primeiro tempo de aulas convocada pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), que deverá prolongar-se até fevereiro.
No sábado, dezenas de milhares de professores e pessoal não docente saíram à rua para participar num protesto promovido pelo STOP. As greves dos professores começaram no final do ano passado, antes do fim das aulas do primeiro período, e foram retomados no início do segundo período, ou seja, há duas semanas.
O Diário de Santo Tirso tem registado alguns desses momentos em Santo Tirso.