Diário de Santo Tirso

Entrevista a Rui Ferreira, candidato à União de Freguesias de Além Rio pela coligação Valorizar +

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Rui Ferreira, 38 anos, natural e residente na Palmeira, tem o 12º ano e é consultor de segurança.

O Diário de Santo Tirso entrevistou o candidato à Junta de Freguesia de Além Rio que incorporou as freguesias de Areias, Sequeirô, Lama e Palmeira, uma união de freguesias com quase 7 mil habitantes. Num registo inovador, esta entrevista vai ser dividida em quatro parte, cada uma nas antigas freguesias que compõe esta união de freguesias.

Diário de Santo Tirso: Como surgiu o convite para ser candidato a uma das maiores freguesias do concelho?

Rui Ferreira: Muito simples, como todos sabem eu sou eu sou do PSD assumido, já fiz parte de comissões políticas da JSD há muitos anos atrás aqui em Santo Tirso, sempre fiz e continuarei a fazer o melhor que posso pela nossa população. Chegou a altura de dar este passo em frente, a Quitéria e o Carlos Alves quiseram falar comigo, reuniram-se comigo e pediram-me ajuda para das três, uma. Que seria para a câmara ou para a lista de vereação, nomeado de Além Rio ou pela à Assembleia Municipal ou então para a Junta de Freguesia e eu não hesitei e acho que para trabalhar em prol da população, em prol da zona que eu gosto que é Além Rio, da Palmeira, Areias, Sequeirô e e Lama, não hesitei e eu estou aqui disponível se vocês o entenderem e assim estou aqui a dar a cara.

Diário de Santo Tirso: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos de Areias?

Rui Ferreira: Pontos fortes muitos. Temos comércio, temos centro de saúde, temos bomba de gasolina, temos associações, temos o campo de futebol de Além de Rio, de futebol de 11, que é aqui em Areias, temos muitos pontos fortes. Mas cada vez mais temos pontos negativos, desde a perda do banco, tudo bem que é uma empresa, o banco é privado mas nós temos que nos preocupar com a nossa população, ficamos mais fragilizados porque vai desapoiar o nosso comércio. Se até agora tínhamos um banco, uma caixa multibanco que as pessoas paravam para levantar dinheiro, tomavam café, jantavam, almoçavam, hoje em dia cada vez vai acontecer menos e em vez de pararem aqui para levantar dinheiro para irem à farmácia para irem onde quer que seja vão-se deslocalizar e vão deixar de vir cá. Para além disso temos temos algumas estradas que podem ser melhoradas, foram melhoradas ultimamente mas como esta que estamos aqui não chega só por alcatrão, tem que ser algo feito ainda melhor. Ou seja acho que temos que valorizar mais o que é preciso fazer.

Diário de Santo Tirso: Em que aspetos vai centrar mais a sua campanha? Na comunicação digital ou no porta a porta falando diretamente com as pessoas e explicando o seu projeto?

Rui Ferreira: A minha campanha vai ser exclusiva porta a porta porque é porta a porta que nós damos a conhecer o nosso projeto, as nossas pessoas, as pessoas que estão dentro desse projeto e só assim é que faz sentido. O digital é muito bom mas 80 por cento do que está no digital não são eleitores cá. É muito bom para o marketing mas o mais importante é estar em contacto com as pessoas no terreno ver o que é que as pessoas precisam ver.

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Diário de Santo Tirso: Está preparado para ser presidente da junta e trabalhar em articulação com uma câmara municipal socialista? Ou está confiante de que a coligação valoriza + e o candidato Carlos Alves vão vencer as eleições em Santo Tirso?

Rui Ferreira: Em primeiro lugar estou estou preparado para liderar uma união de freguesias como Além Rio. Acredito que as pessoas querem a mudança, sentem a mudança e em ano de pandemia vai haver essa diferença. Estou preparado para trabalhar com quem quer que seja o presidente da Câmara Municipal pelos interesses de Além Rio. Acredito muito sinceramente que o projeto Valorizar + vai vai dar muito ao nosso concelho e acredito muito sinceramente que o professor Carlos Alves vai certamente marcar essa diferença e no dia 26 de setembro vamos estar com uma mudança muito grande.

Diário de Santo Tirso: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos de Sequeirô?

Rui Ferreira: Pontos fortes muitos. Temos natureza, temos as pessoas que gostam de Sequeirô, vivem Sequeirô, respiram Sequeirô, que se sentem bem em viver cá. Apesar dos pontos menos fortes, eu não vou dizer negativo porque não são negativos, são menos fortes, é a falta de bens essenciais. A Junta de Freguesia tem um espaço muito bom, um salão nobre muito bom, poderia ser aproveitado para cultura para dinamizar, para puxar a população para fora das suas casas, para termos aqui muito a fazer. Nós temos aqui um colecionador de automóveis, temos aqui uma empresa que recupera órgãos seculares, temos pessoas ligadas ao automobilismo que levam o nome de Sequeirô lá fora e isso é preciso ser visto e é preciso que as pessoas comecem a vir cá para fora para estarem a par disso tudo.

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Diário de Santo Tirso: Estamos então aqui em frente ao edifício da Junta Freguesia de Sequeirô, um edifício que neste momento não está a ser utilizado devido a terem feito a união de freguesias. Já falou há pouco da possibilidade de utilizar este edifício para outros fins. Sendo presidente da União de Freguesias o que é que poderia fazer para a utilização deste espaço que é um espaço muito bom?

Rui Ferreira: Um espaço cultural onde as pessoas se sintam bem, onde as pessoas venham ver uma peça de teatro, um concerto, quem sabe juntar os grupos corais e aproveitarem. Uma pessoa que trabalha o dia todo e merece ao fim de semana ter um carinho especial, a Junta de Freguesia merece ter um carinho especial por essas pessoas e acho que valorizar o espaço dando às pessoas e abrindo as portas para a comunidade.

Diário de Santo Tirso: Como vai o candidato Rui Ferreira conquistar uma União de Freguesias que nunca pertenceu nem ao PSD e ao CDS?

Rui Ferreira: A nível autárquico e principalmente nas freguesias, a cor partidária é o menos importante, a ambição das pessoas e o querer, gostar do projeto é mais importante do que qualquer bandeira. Como é que nós vamos conseguir chegar ao eleitorado? Com coisas concretas em que nós podemos cumprir. Não vamos dizer que vamos fazer coisas que sabemos que não vamos conseguir fazer. Temos que ser realistas, temos que saber em que ano estamos e o que é que estamos a viver para poder fazer uma coisa concreta. Como eu costumo dizer que com pouco se pode fazer muito e puxar a população para fora tira-la dos seus lares, juntar a população, isso já é fazer muito porque temos de estar ao lado das pessoas, temos que apoiar sempre as pessoas, não podemos permitir que haja pessoas que passem muitas dificuldades, em que se não só pessoas particulares a ajudar as pessoas a ir lá a casa, a levar-lhe alimentos mais ninguém faz isso. E é uma ou duas pessoas, são várias pessoas. Não é critica ao executivo da junta mas acho que é uma falta de ambição, ou seja seja uma falta de querer, ajudar todas as pessoas, é preciso vir cá para fora, estar junto das pessoas ver qual é o problema deles e só aí é que se consegue conquistar o eleitorado e fazer uma diferença independentemente de qual seja a cor.

Diário de Santo Tirso: Quais são a seu ver os pontos fortes e pontos fracos desta freguesia, da Lama?

Rui Ferreira: A Lama está colada a Santo Tirso, está numa União de Freguesias que é das maiores do concelho, é uma freguesia muito esquecida. Pontos fortes, tem uma junta de freguesia parada que tem uma beleza fantástica, é uma coisa simples mas de pedra. Tem uma associação que neste momento não está a funcionar. Estamos a falar de pontos fortes, poucos têm, tem uma boa estrada nacional que cruza a freguesia, de resto está esquecida completamente esquecida pelo executivo. Por isso estou aqui para dizer à população que vamos fazer mais, temos que movimentar, temos que aproveitar o edifício da junta para criar aqui, o centro de convívio para os idosos por exemplo, juntar os jovens, temos uma associação que está parada. Eu acredito que a juventude vai, depois de nós sermos eleito vai estar connosco e vai acabar por dinamizar as associações.

Diário de Santo Tirso: Quais são os seus grandes projetos para esta União de Freguesias?

Rui Ferreira: Coisas simples. Primeiro, cultura, as pessoas terem acesso à cultura, terem acesso à sua descarga semanal de trabalho com um bem estar. Saúde acompanhar todos os idosos, fazer um levantamento de todos os idosos que precisam de ajuda, idosos e não idosos. Porque não criar um cartão, nós somos 6.700 habitantes, um cartão para os séniores, um cartão onde aproveitem tudo o que tenha na freguesia desde cafés, restaurantes, todos os serviços que têm na freguesia e terem um desconto mas isso é uma questão de falar sobre o comércio local, criar aqui um apoio para todos nos apoiarmos. Temos estradas que precisam urgentemente de uma requalificação porque cada vez mais se torna mais perigoso andar andar nestas estradas interiores e aos poucos ir fazendo, não vale a pena estar a prometer muita coisa para fazer como se faz há quatro anos e há oito anos. Estamos a falar também, em Areias, do jardim Pinto Leite que há quantos anos havia prometido uma requalificação há muitos… Depois de ser eleito sentar-me com quem for eleito na Câmara Municipal delinear uma estratégia para termos uma União de Freguesias com tudo que possamos ter.

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Diário de Santo Tirso: Como avalia o trabalho feito pelo atual executivo socialista em Além Rio liderado por Eurico Tavares no poder desde 2013?

Rui Ferreira: Não podemos dizer que foi tudo negativo. Houve muita obra feita, fez algum bom trabalho mas é preciso mais, é preciso fazer mais e mais obra, mais coisas simples. Estamos aqui à beira de onde era para ser a Junta de Freguesia da Palmeira, é um edifício público, todos pagamos e que está assim abandonado ou seja nunca mais continuar esta obra. Eu queria também perceber o porquê. Está na altura de aproveitar isto para a nossa juventude que começa a desaparecer, para os idosos que querem sair de casa, a solidão nos idosos é um problema muito muito grande. Por isso fez muita coisa boa, sim é verdade, não vou criticar, agora é preciso fazer mais e está aos olhos de toda a gente. Vou dar um exemplo aqui na Palmeira, da ponte da autoestrada para baixo não há água canalizada. Um grupo de habitantes foi à Câmara de Famalicão e disse que ligavam, com contrapartidas. O que é que falta? Temos uma estrada nacional que foi feita há quatro anos atrás, fizeram-no em alcatrão, não há passeios, e é uma coisa importante, não há lombas de desaceleração aqui na Palmeira que liga as Caldas da Saúde aqui à beira do cruzamento que vai para a igreja da Palmeira. Por isso é preciso ver essas pequenas coisas, ainda há 15 dias tivemos como candidato Carlos Alves aqui na Palmeira, vimos uma estrada que liga Famalicão que são 200 metros, está em mau estado, é preciso recuperar aquilo para criar mais investimento para essas empresas que estão ali, uma delas quer comprar, já deu sinal do terreno em frente para trazer economia para Santo Tirso, para Além Rio. Temos um parque empresarial da Palmeira que está muito abandonado, temos que puxar as empresas, temos que puxar o melhor que existe para cá, para não haver falta de emprego. As pessoas da freguesia sentirem-se realizadas sentirem se bem com tudo que lhes pertence.

Diário de Santo Tirso: Não poderia deixar também de lhe perguntar como fiz nas outras das outras freguesias que estivemos Quais são então os pontos fracos e os pontos fortes da Palmeira?

Rui Ferreira: Pontos fortes é a população que adora a freguesia, que conhecem a freguesia. Os pontos fracos são o que referi anteriormente, coisas a fazer. O grande exemplo da Palmeira é este espaço aqui, como o rinque também da Palmeira que precisa de uma requalificação, já existiu em tempos uma associação, a Associação Palmeirense, é preciso ver, é preciso puxar pelos jovens, o futuro é da juventude.

Diário de Santo Tirso: Na freguesia da Carreira e Refojos foi criada uma petição para desagregar a união de freguesias. Em Vila Nova do Campo a CDU e o CHEGA também defendem a desagregação. Qual a sua opinião relativamente a esta questão. Além Rio deve ser desagregado?

Rui Ferreira: Isso eu vou deixar nas mãos da população, eu não tenho que dar a minha opinião porque se a população assim o entender isso vai ser feito durante a campanha, vou perguntar à população e depois a partir daí é que posso tomar uma decisão. Não vou tomar nenhuma decisão de momento nem tenho que fazer, vou deixar nas mãos da população.

Diário de Santo Tirso: Que mensagem gostaria de deixar a toda a população de Além Rio?

Rui Ferreira: A mensagem que eu quero deixar é uma mensagem de, em primeiro lugar, em tempo de pandemia que se protejam todos, vamos deixar que a pandemia passe, acredito que que toda a gente está consciente disso. Em segundo lugar contem comigo para uma campanha limpa, uma campanha sem ataques pessoais e uma campanha para ajudar a nossa União de Freguesias a crescer, a nossa União de Freguesias a ter mais e melhores condições principalmente a nível da juventude e dos idosos e do tecido empresarial. Eu e a minha equipa vamos trabalhar em prol da sociedade, não para nós, em prol da sociedade, estar junto de todas as pessoas, para o que precisarem.

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