Marco Cunha, 47 anos, Presidente da Junta de Freguesia de São Mamedes de Negrelos de 2009 a 2013 e Presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo desde 2013. É candidato nas próximas eleições autárquicas a um terceiro e último mandato.
Diário de Santo Tirso: Está há oitos anos na Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo mas há muitos mais anos que é autarca. A avaliar pela sua apresentação as pessoas continuam a gostar de si. Qual é o segredo para que pareça não existir um desgaste que muitas vezes é natural e para que as pessoas o continuem a acarinhar?
Marco Cunha: Não há segredo, de facto ser eu mesmo e se calhar agradecer a Deus por me ter dado estas qualidades e também à família, aos pais que é onde nós vivemos os ensinamentos primários de sermos honestos, de sermos sérios, de tentarmos sempre fazer com que o outro esteja bem porque se o outro estiver bem nós estaremos melhor ainda como costumo dizer, portanto não há grandes segredos mas é um facto e permita-me aqui pela introdução que fez dizer-lhe que há quatro anos atrás, em 2017, quando fui reeleito foi para mim numa noite especial que é sempre de eleições, mas quando tivermos resultados finais e eu me percebi que conseguimos subir a votação nas três freguesias e de facto aí foi o reconhecimento de que isto não é fácil numa agregação de freguesias como disse e vem sendo eu natural e olha que não podemos estar num sítio tão indicado que deve ser dos sítios mais altos aqui em São Mamede junto à Capela de São Roque, uma vista fantástica aqui para aquela encosta que apanha Salvador com aqui o cemitério com esta envolvência mas ainda há quem pense que aquele fulano lá de cima que veio do monte, vem para aqui governar a vila e portanto havia alguma desconfiança no início. Acho que isso se foi rebatendo para essas pessoas mas por outro lado há também aquelas pessoas de São Mamede que me conhecem há muitos e muitos anos não só da vida política mas também da vida associativa e que alguns ciúmes porque de facto eu não consigo estar tanto tempo como estava quando era só em São Mamede, reconheço também algum orgulho de alguns que veem que a gente tem feito um caminho seguro, solidificado e que conseguem ver que as coisas mudaram não por minha culpa mas fruto da agregação e que têm alguns ciúmes de que eu agora seja partilhado pelos outros mas no sábado, no porta a porta primeiro que fizemos na entrega das cartas de apresentação, à noite quando a equipa porque eu não consegui ir a todas as casas irei fazê-lo em setembro mas quando a equipa me disse que foi extremamente bem recebida, que as pessoas que se referiam a mim mesmo eu não estando presente no sentido de acarinhar e perceberem as dificuldades, lá está de eu não poder estar nesse dia em todas as casas, a receção foi muito boa, a malta e a que eles estavam de novo ficaram motivados e perceberam porque às vezes há receio de dar a cara por um projeto político mas perceberam que o trabalho que nós temos vindo a fazer tem sido reconhecido pelas pessoas e é isso que eu quero continuar a fazer, não no sentido de ser eleito como costumo dizer eu não trabalho só para as eleições, eu só me sinto bem mesmo se vir que aquilo que eu faço ajuda as outras pessoas, mesmo, seja na política seja lá o que for. Não sou nenhum santo, não tenho asas nem trabalho para as ter mas esse é mesmo um dos meus propósitos de vida e portanto esse reconhecimento por parte das pessoas que um político tem a oportunidade de ter e de avalizar através do voto tem sido bom e eu agradeço.
Diário de Santo Tirso: Estamos em São Mamede de Negrelos, a terra onde nasceu. O que gostaria de destacar nesta freguesia e quais são os aspetos negativos que existem no seu ponto de vista?
Marco Cunha: Eu começaria pelos negativos, associando a Vila Nova do Campo. Sendo Vila Nova do Campo, estando na periferia do concelho, São Mamede ainda está mais, estamos aqui mesmo a meia dúzia de metros, um quilómetro por exemplo do concelho de Paços de Ferreira, do concelho de Lustosa e do concelho de Vizela, estamos aqui num canto do município. Há esse problemas, como a nível nacional, da interioridade, do interior e do litoral e acontece um bocadinho nas freguesias que estejam englobadas no município. Basicamente será isso porque de resto cada freguesia tem que ter a sua identidade e não tem que ter problemas nem se sentir menosprezado ou sentir porque tem mais monte ou porque a estrada sobe mais ou porque desce mais, cada um tem suas características e orgulho-me de ser de São Mamede, gosto da terra onde nasci, onde vivo e onde irei morrer de certeza absoluta a não ser que aconteça qualquer coisa que não passa mesmo pela cabeça e portanto de negativo não tenho praticamente nada a a apontar, há muita coisa para fazer evidentemente que sim mas isso até deixo para os outros que apontem. Em termos de positivo, a nível de património tem um patrimônio riquíssimo que de facto é uma lacuna que se calhar também não é que esteja nas competências da Junta de Freguesia mas que se calhar era importante e já falei isso até com uma pessoa que já fez um trabalho parecido, que era importante porque não há, há alguns registos mas que também são contraditórios sobre o património da freguesia, era importante haver um levantamento do património histórico da freguesia porque de facto é riquíssimo o património de São Mamede. E depois incluído nisso os caminhos pedestres que nós temos e até nisto partilhámos e reparem a tal questão de estarmos na periferia, o PR7, o percurso pedonal da Câmara Municipal de Santo Tirso, o número 7 que liga, que se chama mesmo entre mosteiros, que ligam o mosteiro de Roriz ao mosteiro de Vilarinho mas que a maior parte do seu percurso é aqui na nossa freguesia, atravessa a nossa freguesia. Nós fazemos habitualmente no parque ativo, já há dois anos não podemos ter essa atividade, uma caminhada umas vezes noturna, outras vezes diurna, a noturna que é fantástica e que faz grande parte deste percurso e que as pessoas quando vêm pela primeira vez ficam fascinadas porque como vê, estamos no alto, tem uma visibilidade enorme e portanto temos várias coisas boas mas elencar basicamente isso, a questão do património essencialmente.
Diário de Santo Tirso: Caso seja eleito para um terceiro e último mandato quais são os seus grandes projetos para Vila Nova do Campo?
Marco Cunha: Há três grandes projetos que temos para a freguesia que queremos ver de facto concretizados. Um deles e porque estamos aqui em São Mamede de Negrelos, é o primeiro que já começou e é visível ali em baixo a parte do desaterro, fruto de um diálogo intenso e como eu disse na apresentação do projeto de um terreno que era dado por adquirido pela população que já era da paróquia ou da freguesia e não era nada, era particular, a Junta de Freguesia em bom tempo conseguiu adquirir estes terrenos aqui envolventes a este capela de São Roque e vamos ampliar, já está o desaterro ali visível para a expansão do cemitério que é mesmo uma necessidade e com isso requalificar toda esta zona envolvente, e dar-lhe depois saída à outra rua que desce da igreja e portanto esse é o grande projeto do mandato para São Mamede de Negrelos. Com isso acabar e é garantido porque também já vão ficar muito poucas ruas em terra mas também acabar as ruas em terra em São Mamede que também em São Martinho e em Salvador já não temos, neste momento acabamos agora a rua de entre estradas em São Martinho e deixamos de ter ruas em terra nesses dois territórios. Em São Salvador do Campo está praticamente acabado a construção da casa mortuária de São Salvador que não existia, vamos ver se também temos notícias agora para em setembro abrir as casas mortuárias e começar a retomar os velórios e está praticamente concluído e é um grande projeto para aquela zona da freguesia mas também juntar a isso a construção do polo da CAID que não é um projeto nosso mas que nós acarinhamos, apadrinhamos desde o início e queremos que de facto seja construído aqui na nossa freguesia e que seja nas antigas instalações da junta de freguesia de Salvador que são fantásticas para esse fim e esperamos que haja que de facto financiamento para em definitivo arrancar porque temos muitas crianças, adolescentes e jovens da freguesia que têm de frequentar instituições de apoio à deficiência e têm que ir para a Trofa, para a CAID para Santo Tirso e então seria bem mais perto terem aqui e também acolher outros que infelizmente estão em fila de espera e é uma necessidade urgente e que eu espero também no próximo mandato resolvermos. Em São Martinho do Campo que é um projeto que não serve só São Martinho do Campo e portanto nem vou falar das ruas, da rua que vai do centro de São Martinho até o centro de saúde antigo, isso é mais de adquirido que é para executar, isso será das primeiras obras a arrancar, mas é sem dúvida o tal sonho que o senhor Presidente da Câmara já viu que é mesmo um sonho meu, mas não queria que fosse um sonho, queria que passasse a ser uma realidade que é a construção da rotunda da acesso à VIM e também o acesso à estação de caminho de ferro. Já percebi pelo senhor presidente de câmara que está a fazer contactos com o governo, é um projeto e uma obra que é cara e que estou convencido que senão for de uma vez que seja faccionado em duas fases e que também avance no próximo mandato e é de facto as três grandes obras que temos para quatro anos, que se pandemia nos permitir, senão este último mandato foi tão atípico, com obra de saneamento durante três anos e meio, com uma pandemia que já vai em ano e meio, isto passou tão rápido que de facto quando a gente der por ela já estamos é a medir se tivemos ou não tivemos tempo de concretizar todos estes projetos mas estou convencido que sim e a pandemia também espero bem que vá de férias para outro lado e portanto que a gente consiga nos quatro próximos quatro anos estes objetivos.
Diário de Santo Tirso: No seu entender quais são os pontos fortes e os pontos fracos de São Salvador do Campo?
Marco Cunha: Os pontos se calhar tem a ver com a ver com a sua dimensão, que é uma freguesia pequena em dimensão, por exemplo em termos de densidade populacional é superior às outras duas, é uma freguesia que se nota também que tem conseguido, os últimos censos e nem me vou referir aos de 2021 que ainda só temos os resultados preliminares mas em 2011 já demonstravam isso, que é uma freguesia que tem conseguido fixar os seus jovens que casam e daí se calhar eu diria também que é uma das freguesias que embora não tenha um movimento associativo muito forte, nota-se muito bairrismo na juventude, também nas outras pessoas de uma idade mais avançada, se calhar fruto de ter uma freguesia que há 50, 60 anos atrás conseguiu a independência porque é bom que as pessoas tenham isso também na memória, que há 60 anos atrás São Salvador do Campo pertencia a São Martinho do Campo e conseguiram essa independência e infelizmente, nitidamente na altura em 2013 com a agregação das freguesias tinham feito 50 anos há pouco tempo de independência e viram-se novamente agregados numa nova agregação em que também meteram São Mamede de Negrelos. Nota-se, acho que os pontos fortes são esses, ser uma freguesia pequena, com bairrismo e das pessoas serem aguerridas pela sua terra, quer os jovens noutro contexto, os mais antigos por esse período em que estiveram agregados a São Martinho do Campo. Pontos francos diria que não tem, se dizia em relação a São Mamede a questão de estar na periferia, é verdade que também está na periferia mas não tanto como São Mamede porque por exemplo não confronta com Paços de Ferreira, nem com Lustosa, confronta se calhar ali um bocadinho com Vizela, ser uma freguesia que pela sua dimensão que mesmo em termos de infraestruturas houve aqui também já algum melhoramento que foi feito mas com toda a sinceridade e deixe-me ser claro em relação a isto, é daquelas freguesias que eu tenho que ser honesto e de dizer que em termos de agregação das freguesia, fruto também de uma boa gestão dos que me antecederam aqui em São Salvador, do meu caro camarada e amigo Manuel Eusébio e já antes o senhor Guimarães que muitos anos esteve à frente dos destinos desta freguesia de Salvador, fizeram um trabalho extraordinário e que não nos deixaram grandes problemas para resolver. Aliás, o único problema maior e que nem nós nos tínhamos apercebido porque era remediado com a igreja antiga que fazia de casa mortuária, foi precisamente não ter uma casa mortuária e que nós, sendo uma reivindicação da população também em bom rigor, não fazia parte do nosso manifesto eleitoral, foi assunto que foi despoletado em plena campanha eleitoral mas o manifesto já estava pronto e nenhum parágrafo do manifesto de há quatro anos nós referíamos que íamos construir uma casa mortuária aqui mas de facto foi uma necessidade e nós fizemos portanto é por aí, não há grandes pontos fracos a apontar a esta extraordinária freguesia e embora esteja aqui comprimida também como eu digo por outras tem acessos também fantásticos porque a VIM quase que entra por aqui dentro e da VIM para as autoestradas e para o mundo.
Diário de Santo Tirso: É acusado muitas vezes pelos habitantes de São Mamede de fazer mais investimentos em São Martinho. Depois os habitantes de São Martinho também dizem que faz mais investimentos nas outras freguesias. Ou seja, as freguesias onde no momento pode não estar a fazer mais investimentos, reclamam sempre do presidente de junta. Como lida com essas críticas?
Marco Cunha: Desde que seja a crítica porque tem uma opinião diferente e aí estou completamente à vontade para ter um bom bate papo como dizem os brasileiros e usar o contraditório quer as pessoas para comigo e eu justificar as pessoas o porquê. Aliás já era presidente de junta de São Mamede, o território em termos de área tem sensivelmente o mesmo território que tem São Martinho do Campo e São Salvador e eu já tinha isso em São Mamede porque São Mamede está dividido em quatro zonas e se a gente fizesse um investimento na zona um porque é que só estava a fazer lá, se fizesse na zona dois era porque tem os amigos dele e é por isso que fazia ali. Já era um bocadinho isso. Aqui claro que como o bairrismo das freguesias é um bocadinho mais difícil às vezes explicar isso às pessoas mas já vinha um bocado vacinado. Portanto o que eu digo é, as pessoas têm total legitimidade para dizer porque é que ele está a fazer aquilo e não faz isto que nós temos mais necessidade. Só que quem gere o território, por isso é que nós somos eleitos e a cada quatro anos submetemo-nos ao eleitorado, temos de ser nós e eu disse isto estes dias também a vocês numa entrevista no fim da minha apresentação e as pessoas podem ter a noção disso, eu jamais enquanto presidente de junta ei-de fazer investimento por exemplo em São Salvador só porque não temos nada para fazer em São Salvador e também estamos a fazer investimento nas outros. Não, só o faremos se houver a necessidade desse investimento. Não estou preocupado com as pessoas digam que investe tudo em São Mamede ou em São Martinho. Outro exemplo nitidamente fruto do grande salto que demos aqui com o senhor presidente de câmara atribuir às Juntas de freguesia um subsídio de capital para acabar com as ruas em terra, praticamente todo esse dinheiro foi investido em São Mamede de Negrelos porque era em São Mamede que nós tínhamos mais aldeias afastadas das grandes povoações e que tínhamos estradas em terra e que estávamos a acabar com elas. Então eu não ia fazer só porque estou a investir muito em São Mamede, trouxe aquele dinheiro bem canalizado para aquilo, é naquilo que tem que ser investido, logo tem que ser em São Mamede. O outro exemplo que diz respeito a São Martinho, então se São Martinho tinha estradas como tinha no centro da vila que acho que nos deve orgulhar a todos, até mais uma vez bato na taca do bairrismo de nós não queremos ser agregados, nós já fazíamos parte da vida em São Martinho, já íamos aos bancos a São Martinho, o centro de saúde está em São Martinho, todos nós andávamos ali pelo centro de São Martinho e portanto devemos estar todos orgulhosos pelos grandes investimentos por parte da Câmara Municipal terem sido feitos em São Martinho na zona central e que agora como eu disse e eu espero que as pessoas me dêm mais quatro anos para demonstrar isso que vamos alargar do miolo para fora, aliás estamos aqui em frente à casa mortuária de São Salvador e estamos do outro lado, temos a Rua Fernando Pinheiro da Rocha, a Rua da Fonte mais acima e que vai ligar à rua da Tavernes e mais acima ainda temos mais um bocadinho da Rua do Mourigo que também e o senhor presidente de câmara e candidato à Câmara Municipal e mais uma vez por isso que digo que quero que vença as eleições também na Câmara Municipal, que temos esse compromisso de requalificar também esta rua uma vez que toda a outra rua que eu já denominei de Via de Cintura Interna da freguesia já está requalificada e portanto falta-nos esta nesta parte aqui de Salvador e que garantidamente nos próximos anos também iremos avançar com ela.
Diário de Santo Tirso: Alberto Costa, Presidente da Câmara Municipal de Santo Tirso e candidato nas próximas eleições diz que o Marco Cunha é dos presidentes de junta mais reinvidicativos. Eu tenho conhecimento que já chegou inclusive a inaugurar uma obra, juntamente com o presidente de câmara, ainda o anterior, o Dr. Couto, e o seu discurso nem sequer se centrava tanto na obra em si, mas estava já a falar nos próximos projectos. Essa sua ambição permanente é a sua imagem de marca?
Marco Cunha: Nem de propósito, eu acabei de lhe dizer que estamos aqui em frente à casa mortuária que está pronta a ser inaugurada ou utilizada e já estou a falar na pavimentação de uma rua ali à frente portanto é mesmo a minha forma de ser, se sou reivindicativo ou não de uma coisa, às vezes chamam-me muitos nomes, inclusive vaidoso já ainda do tempo de São Mamede e eu sou vaidoso por aquilo que faço e tento fazer bem e a questão de ser reivindicativo se calhar também se assenta em mim mas há uma coisa que engloba tudo isso, é que eu conheço mesmo bem o nosso território, eu conheço mesmo bem a nossa população, eu conheço mesmo bem as necessidades da nossa população e portanto é normal e também sendo um fulano que durmo muito pouco, daí as minhas olheiras que eu acorde de manhã e a pensar onde é que eu vou ter que atacar aquele dia em termos de reivindicações, em termos de projetar o futuro e portanto é a minha forma de ser. Mas também não é só na política, no resto da minha vida também é, na minha atividade profissional também sempre foi assim e portanto é a minha forma de estar e fico contente quando quem está acima de nós ainda que sem ter ligações diretas porque as autarquias são independentes, são autônomas, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal mas claro que que são um parceiro privilegiado das juntas de freguesia, aliás também às vezes nós escondemos um bocadinho isto ou não divulgamos, é bom que as pessoas tenham uma noção disto, eu tenho sido, sem falsas modéstias um embaixador da Câmara Municipal de Santo Tirso, por exemplo na Associação Nacional de Freguesiasm na ANAFRE em todos os congressos, conselhos gerais e digo com bastante orgulho que de facto Santo Tirso é um exemplo e não é de agora, agora foi muito mais reforçado com este investimento para acabar com as ruas em terra que o Dr. Alberto Costa pôs nas mãos dos presidentes de junta, mas também já de trás, já vinha que a Câmara Municipal já tinha por tradição transferir verbas para as juntas de freguesia que não são obrigadas a fazer. O Estado que criou as freguesias atribui uma verba e é preciso que as pessoas saibam, o estado dá-nos a esta união de freguesias 111 mil euros que não dá mesmo para pagar salários, as luzes que temos nos vários edifícios que temos, a água, o lixo, saneamento que temos de pagar também tudo como qualquer cidadão. Não dá sequer para isso, se não fosse a Câmara Municipal e as pessoas irião perceber facilmente com estes números, 111 mil euros é quanto o estado nos transfere por ano, o nosso orçamento para este ano é de 600 e pouco mil euros, mais de metade, quase passa dos 300 mil e quase mais perto dos 400 mil vem da Câmara Municipal, transferências feitas pela Câmara Municipal que se nós não tivermos mesmo aqui mesma capacidade de reivindicação mas também acima de tudo um bom relacionamento de cordialidade, de flexibilidade e até porque somos nós que precisamos muito mais da câmara do que a câmara de nós, nós não conseguimos fazer obra. Portanto reivindicativos mas com cordialidade, com até simpatia e também presença, também presença porque é uma das coisas que marca não só eu acho que está visível e as pessoas também notam isso, que é a proximidade não só aqui internamente junto dos meus fregueses como junto das entidades que estão acima de nós, Câmara Municipal, organismos do Estado, nós temos que estar tudo para onde somos convidados, se não formos convidados, se soubermos que é aberta ao público devemos participar, porque só assim estamos melhor informados e sabemos onde ir buscar os apoios que precisamos para desenvolver o nosso território.
Diário de Santo Tirso: Foi apelidado por um dos seus opositores políticos de ser o ditador de Vila Nova do Campo. Porque motivo julga que um adversário teceu uma crítica tão forte?
Marco Cunha: Eu por acaso não sabia dessa mas é normal e como disse, as palavras são suas, adversário, portanto eu posso-me gabar de até hoje me dar bem com todos os adversários políticos, também como já o disse eles só aparecem mesmo na altura das eleições, se calhar para eles eu também só sou ditador nesta altura das eleições e às vezes também lhes dá jeito dizer isso porque quando eles andam afastados durante três anos e meio e depois a dois meses das eleições é que aparecem para fazer listas é normal que depois tenham dificuldade em arranjar pessoal para as listas, é normal que tenham a recetividade das pessoas para os receber e não tendo eles a visão para ver que o problema está neles é mais fácil apontar o dedo a quem não tem qualquer responsabilidade e nos chamar de ditadores. Mas permita-me dizer sobre as oposições o seguinte, sendo eu, ao contrário do ditador, acho que sou um democrata, eu dou igualdade de tratamento para todos os adversários enquanto presidente de junta, eu tenho que tratar os meus adversários políticos como qualquer cidadão e com igualdade para todos. Enquanto candidato já é diferente, enquanto candidato eu também só dou o milho aos pombos que quero, portanto se eles estão à espera que eu lhes venha a dar durante esta campanha protagonismo estão muito enganados e têm que ser eles a andar, têm que ser eles a falar com as pessoas e essencialmente têm que ser eles a estudar os dossiers para saberem que aquilo que andam aí a prometer às pessoas não é possível. Mas para isso eles têm que ler as leis e perceber o que é que diz lá nas leis e nas entrelinhas das leis muitas vezes para poderem serem claros porque senão vão andar durante a campanha a enganar o povo e eu espero que o povo seja esclarecido e é isso que eu vou fazer durante todo o mês de setembro, porta a porta falar em todas as casas com as pessoas para as esclarecer e para tirar essas dúvidas, inclusive demonstrar às pessoas que eu não sou ditador nenhum pelo contrário sou uma pessoa do povo.
Diário de Santo Tirso: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos desta freguesia, a maior da união de freguesias?
Marco Cunha: Os pontos fracos, em primeiro lugar deixe-me dizer-lhe que me está a ajudar porque gosta da forma como está a introduzir os assuntos e de separar as freguesias mas de referir-se a elas como estando em São Martinho do Campo e é assim mesmo e alias peço-lhe a vocês como jornalistas e por isso é que disse que me está a ajudar e também eu que me canso de tentar passar às pessoas é que nós continuamos a ser independentemente daquilo que andam para aí a dizer, nós continuamos a ser de São Mamede, de São Martinho e de Salvador, é a nossa identidade, é a nossa freguesia, é a nossa morada, está no código postal. Estamos é em frente à sede da Junta de Freguesia de Vila Nova do Campo que é o território agregado no seu todo e que eu enquanto presidente deste Órgão do Executivo e agora candidato a esse órgão executivo tenho que o chamar assim, Vila Nova do Campo. Mas disse e bem de facto estamos em São Martinho do Campo, e também sobre os pontos fortes e os pontos fracos de São Martinho do Campo, eu aqui começaria, se calhar nos outros comecei pelos fracos aqui começo pelos melhores que sem dúvida que é o facto de ser e nesta agregação enquadrado nesta agregação a maior freguesia em termos de população desta agregação a que tem uma centralidade completamente diferente das outras embora também tenha lá mais nas extremidades também semelhanças quer com São Mamede quer com Salvador mas que tem esta centralidade e daí ter o estatuto de vila que também vila foi São Martinho do Campo mas agora sendo o presidente de junta a gerir o território no seu todo é tudo uma vila, Vila Nova do Campo. Um ponto forte diria eu que é esse e também em termos de visibilidade muito pelo historial que teve e o desenvolvimento que teve São Martinho do Campo agarrado ao têxtil há décadas e décadas pôs São Martinho do Campo no mapa, não só concelhio como mesmo regional porque era uma forte zona em que o têxtil estava implementado e portanto ficou no mapa. E com isso conseguiu desenvolver e chegar ao tal estatuto de vila e ter muitos pontos fortes. O ponto fraco, tenho que ter cuidado naquilo que digo até porque é mesmo isto, quer dizer eu já disse acho que no início desta entrevista em São Mamede ainda há um bocadinho essa tendência e mais da gente de São Martinho de algumas pessoas de São Martinho e não todas de dizer que vem aquele parolo lá de cima do meio do monte para aqui e nós temos que ser aquilo que somos, nós temos que ser mais nem menos e portanto São Martinho do Campo com todas as palavras e tendo cuidado naquilo que estou a dizer de facto com a minha chegada a São Martinho do Campo destapamos um buraco financeiro. Isso é um bocadinho o espelho daquilo que as pessoas, algumas pessoas mais uma vez refiro, pensam em relação a São Martinho do Campo, ainda estão agarradas ao passado e que havia de facto um tecido empresarial muito forte e que de um momento para o outro podia-se fazer dos buracos que se fizesse que esses empresários tapavam o buraco. E não é assim, e a terra tem que produzir para desenvolver por ela própria e pelas pessoas próprias e é pena porque de facto São Martinho do campo tem um movimento associativo muito forte, muito eclético, com o seu bairrismo lá está mas que consegue sobrepor a meia dúzia deles que ainda julgam que estão nesses tempos do capitalismo e que em São Martinho tudo se resolve. É o ponto fraco que nem aponto nem em obras nem em nada mas é a mentalidade de alguns que assim pensam e que com isso arrastam e permita-me também com isso arrastam a questão da agregação de freguesias, a questão da mudança de nome, lá está com esses pensamentos ainda do século passado e juntam tudo no mesmo saco para tentar enganar as pessoas e não, e mais, atrevo-me mesmo a dizer que sendo os meus avós, estamos aqui também em frente à igreja, é quase uma homenagem que faça ao meu avô Aurélio que foi sacristão desta igreja durante tanto tempo, eu fui criado aqui em São Martinho, joguei futebol em São Martinho e portanto se calhar quase me atrevia a pedir meças a alguns que dizem amar tanto São Martinho, o nome de São Martinho em relação àquilo que eu sinto neste momento por São Martinho porque tendo até aos meus 10 anos ter sido criado em São Martinho, tendo estar a presidir a estes últimos oito anos a Junta de Freguesia de São Martinho, se calhar já fiz mais pela terra do que esses tentam levantar a bandeira e dizer que fizeram e que amam e que lutaram e se calhar na altura que deviam ter lutado não lutaram como eu lutei se calhar até mesmo pela independência das freguesias mas isso são outros quinhentos para setembro e já englobei aqui muita palha no assunto das mais valias e as menos valias que São Martinho possa ter.
Diário de Santo Tirso: É inevitável abordar a questão de uma possível desagregação das União de Freguesias. Faço a pergunta de uma forma muito simples, é a favor ou contra?
Marco Cunha: Em 2013, pegando até no que acabara de dizer eu presidia ao executivo da Junta de Freguesia de São Mamede de Negrelos. Nós em São Mamede o executivo submeteu uma proposta à Assembleia de Freguesia que aprovou contra a agregação de freguesias. São Salvador do Campo rigorosamente a mesma coisa. Em São Martinho do Campo foi a única das juntas que aprovou favorável e votou uma moção favorável à agregação de freguesias. O que é certo é que também a Assembleia Municipal pronunciou-se contra a agregação de freguesias e o governo de então com a tal famigerada lei Relvas não quis ouvir as assembleias municipais nem muito menos as assembleias de freguesia e fez tábua rasa disso e agregou às freguesias. Mas é bom que as pessoas não tenham memória curta e de facto São Martinho do Campo foi a única que votou favoravelmente a agregação de freguesias e eu não ouvi na altura, estes que agora tanto pegam na bandeira de desagregar as freguesias a reivindicar como reivindicam agora, a fazer barulho e se calhar naquela altura é que devia mesmo ter feito e eu inclusivamente e não me escondo disso, fui à manifestação a Lisboa lutar contra a agregação de freguesias. Neste momento podem-me acusar de vira casacas, do que quiserem, neste momento, conhecendo a realidade da freguesia enquanto união de freguesias, conhecendo a realidade também que é de gerir um território como era só São Mamede de Negrelos, parece-me que estamos bem, que se aconselha a que esta agregação de freguesia se mantenha. No entanto tenho dito isso vezes sem conta, a decisão passará e mais uma vez que estudem que leiam a lei, o projeto de lei que foi criado por este governo que também é bom que se diga que não votou favoravelmente o PCP que aqui na freguesia tanto clama pela agregação de freguesias, a lei que eles vão querer usar para desagregar a freguesia, o partido deles não votou favoravelmente na Assembleia da República mas que leiam a lei e que vão lá ver, e que é uma lei tal e qual como é a lei para nós andarmos de carro nas estradas, temos que andar à direita, temos que cumprir a lei, aquela igual, está lá a lei, estão lá as condições para as freguesias, que nem é desagregar, é criar novas freguesias, a lei é mesmo um projeto de lei para criação ou foi um projeto de lei discutido até com a ANAFRE para a criação das novas freguesias, eles que leiam que vejam o que é que é possível fazer em relação a isso. De uma coisa ninguém me vai tirar esse direito que é de me pronunciar e neste momento a minha pronúncia é ser favorável à agregação e estaria a ser muito mau gestor deste território se dissesse o contrário e a única coisa que eu vejo nessa questão, ou melhor duas é o bairrismo, mas eu acho que nós podemos continuar a ser bairristas de São Mamede, de Salvador, de São Martinho mas tendo um executivo a gerir este território a a outra questão é as pessoas não perceberem nada disto e continuarem a confundir as pessoas e acharem que se mudou o nome e quem mudou o nome foi o Governo do PSD em 2013 que atribuiu o nome a esta freguesia de União de Freguesias de Campo São Martinho São Salvador do Campo Negrelos São Mamede que ninguém iria pronunciar, que não conseguíamos preencher em qualquer impresso aquilo que o estado nos dá para preencher a qualquer organismo e o que nós fizemos foi abreviar esse nome e abreviar com toda a legitimidade para que este território no seu todo não se passasse a chamar só São Martinho do Campo porque parece-me que alguns se isto se chamasse tudo só São Martinho do Campo para eles já não havia problema nenhum e portanto mas como nós quisemos dar um novo nome participado pelo povo é aí que está o problema e portanto não, sou neste momento a favor da agregação de freguesias mas a junta de freguesia que eu espero ganhar em 26 de setembro, o executivo apenas irá emitir um parecer. Quem irá votar será a assembleia de freguesia e eu na assembleia de freguesia se for presidente de junta como espero ser não voto na assembleia freguesia, os deputados é que irão votar mas eu para mim, a voz do povo tem que ser ouvida e é a voz do povo que irá dizer e ditar os destinos da agregação ou agregação de freguesias mas não me impeçam a mim de fazer campanha para que as pessoas votem para que esta agregação continue porque temos todos a ganhar, e vê -e o que ela cresceu nestes últimos oito anos, muito por ser uma freguesia agregada maior mas também muito, puxando a brasa para a minha sardinha pela presença que tenho porque se for um presidente de junta rigoroso, empenhado, dedicado que conhece o seu território, consegue ter proximidade mesmo nesta escala desta freguesia que nós temos. Se for um presidente de junta ainda que me acusem que estou a tempo inteiro porque assumi, foi uma opção pessoal para servir precisamente as pessoas, se for um presidente de junta que esteja aqui mas que tenha outro negócio mas que venha aqui só assinar os atestados aí sim se calhar vai ter dificuldades em gerir este território na sua totalidade e não é isso que eu quero para a minha freguesia.
Diário de Santo Tirso: Muito tem sido propagado nos últimos meses sobre a transferência de fundos da Câmara Municipal para as Juntas de Freguesia. Concretamente sobre Vila Nova do Campo o que mudou? É sabido que o valor que provém do orçamento de estado não chega para obras. O que mudou afinal com a chegada de Alberto Costa?
Marco Cunha: Mudou muito sem dúvida, já havia a tradição no município de Santo Tirso de ter se transferir uma verba em duodécimos quer em capital, quer em corrente para a gestão da Junta de Freguesia, já éramos um exemplo mas de facto com o Alberto Costa mudou e mudou e de que maneira sem dúvida em termos de valor monetário posto na mão dos presidentes de junta para nós estamos mais perto, para nós que fazemos por menos, fazemos mais sem dúvida que o fazemos, conseguir fazer obras e por isso é que temos de facto as obras que temos, tivemos a decorrer nos últimos dois anos mesmo em termos de pandemia pelo concelho e em todas as freguesias. E também aqui permita-me dizer e que é claro, em primeiro lugar e também fui um dos impulsionadores mas era a realidade, na altura que o Dr. Alberto Costa teve que assumir funções como presidente de Câmara Municipal de Santo Tirso todos os 14 presidentes de junta independentemente da cor política fizeram um abaixo assinado de apoio ao Dr. Alberto Costa E de confiança, em boa hora o fizemos e estou em crer que não foi por causa disso que o Dr. Alberto Costa a seguir deu o tal envelope financeiro para a Junta de Freguesia desenvolver. Até porque o Dr. Alberto Costa já tinha uma proximidade com a junta de freguesia muito grande porque era ele o vereador que fazia a ligação com as juntas de freguesia e portanto nós sabíamos perfeitamente que com o Dr. Alberto Costa podíamos dar um salto em termos de financiamento junto à freguesia e foi isso que se veio a verificar. Sem isso seria impensável nós fazermos as obras que fizemos que isso é de extrema importância e é de alguém também que tem a noção do seu território no todo. Quando eu falo da minha agregação de freguesias e que é difícil são três freguesias agregadas, o Dr. Alberto Costa tem que gerir 24 freguesias, 14 como as uniões de freguesia e há uma coisa que eu tenho reparado, e também fruto do vosso trabalho que a imprensa tem posto e o vosso jornal ainda mais, que é nas apresentações de candidaturas que estão a decorrer e o candidato Alberto Costa demonstra um conhecimento mesmo do terreno, vocês de certeza que repararam como eu tenho reparado, em todas as apresentações que eu tenho assistido via online, o Dr. Alberto Costa ou no final nas entrevistas que faz refere-se em cada território às ruas pelo nome das ruas, para além da necessidade que vê que ainda ainda existe nas freguesias de desenvolver e que só a Câmara Municipal é que tem esses meios para nos ajudar a desenvolver cada um o seu território, ele conhece-as pelo nome, pelo nome da rua, onde é que começa, onde é que acaba. Isso é de alguém que anda no terreno, que sabe precisamente o que é que é preciso fazer nas freguesias e também para terminar, e ele vai-me perdoar este desabafo mas não faz mais que a sua obrigação porque como eu costumo dizer os meus fregueses são os munícipes do presidente d e câmara, são os paroquianos do padre e portanto estamos todos a trabalhar para a mesma pessoa, par as mesmas pessoas e portanto todos só temos a ganhar se tivermos a trabalhar em conjunto porque as pessoas agradecem, a nós políticos com o voto e ao padre com as orações mas agradecem-nos de certeza se nós trabalharmos para o bem de todos.
Diário de Santo Tirso: Que mensagem gostaria de deixar a todos os fregueses de Vila Nova do Campo?
Marco Cunha: A mensagem, e primeiro aproveitando embora isto seja uma entrevista a um candidato, aproveito, estamos em época de férias, desejar umas boas férias a todos mas com juízo que às vezes até eu me esqueço mas temos que pensar que ainda estamos a meio de uma batalha, de uma batalha dura contra uma pandemia, um vírus que nos azucrinou a cabeça durante mais de ano e meio já e portanto não estragar aquilo que fizemos até aqui e irmos de férias mas que depois venhamos com o espírito renovado e que bem vamos precisar dele. Nós políticos e aqui na questão política para em setembro ir fazer um porta a porta esclarecedor, ouvir as pessoas porque no fundo o que eu digo e insisti que neste mesmo sítio no sábado, que não tenho problemas de dizer o que eu faço é mesmo pedir o voto porque vou fazer é a todas as casas, a todos os fregueses, pedir o voto para que se eu for merecedor dele porque também como digo, é uma avaliação que vai ser feita ao trabalho que eu e a minha equipa desenvolvemos ao longo destes quatro ou oito anos nesta agregação de freguesias e portanto que gozem bem as férias e que venham com o espírito rejuvenescido para esse setembro ter que aturar os políticos durante um mês e no dia 26 fazerem o favor de votar e era uma outra apelo que eu deixava era que as pessoas de facto que venham votar, é importantíssimo as pessoas votar, não vale de nada e é verdade que nós nem temos como saber quem é que veio votar e muito menos em quem cada pessoa votou. Eu digo sempre que olho depois das eleições para todos por igual, nem a minha esposa que dorme comigo todas as noites ou quase todas menos quando eu não estou em casa e portanto eu tenho que olhar para todos por igual e é essa a minha forma de estar e também não sabemos quem é que não veio votar mas muita das vezes são aqueles que depois vão andar quatro anos a reclamar por tudo porque se se faz devia-se fazer de outra forma, porque não se faz de se fazer mas na altura que agora têm o direito e é um direito que muitos lutaram de poder votar, poder usar o voto e exercer a sua democracia plena e escolherem aqueles que acham que estão melhor preparados para governar este território durante quatro anos. O desejo é mesmo que venham, adiram em massa mesmo estando em pandemia já tivemos um bom exemplo nas eleições de janeiro, presidenciais, estarão reunidas as condições de segurança para que tudo decorra dentro da normalidade, as pessoas que adiram em massa à votação e evidente se acharem que eu sou merecedor do seu voto continuarei grato por me confiarem o voto deles e o único compromisso que lhes deixo e eles sabem que é, proximidade é a garantia de estar atento se tivermos que mudar a meio do mandato aquilo que nós temos explanado no manifesto que lhes vai chegar a casa durante o mês de setembro faremos se for para o bem comum assim como fizemos com o exemplo da casa mortuária de Salvador e portanto é estar atentos e nos adaptando e não os defraudar e apesar, a última mensagem, já ouvi alguém dizer que é o último mandato, ele depois já não vai estar tão interessado porque já não vai mais eleições. Só mesmo quem não me conhece é que poderá dizer isso e não é nada disso e é lógico que até o meu nome é mesmo Marco e eu quero deixar um marco nesta união de freguesias sendo o primeiro presidente de junta a liderar esta união de freguesias e quero deixar um marco com obra, com atividade social, com proximidade com as pessoas e espero que elas me deixem fazer o último mandato.