José Pacheco, 66 anos, natural e residente em Água Longa, candidata-se pela terceira vez à presidente da Junta de Freguesia de Água Longa para tentar o seu último mandato, uma candidatura independente com o apoio do Partido Socialista.
Diário de Santo Tirso: Qual é o balanço que faz dos últimos 4 anos de governação em Água Longa?
José Pacheco: Os últimos quatro anos foram complicados, foram atípicos, nós iniciamos se se lembram iniciamos o mandato com os fogos de outubro que vitimaram muitas pessoas, nós aqui fomos uma freguesia altamente afetada, iniciamos mal o mandato e concluímos estes 18 meses de mandato numa situação que já nem vale a pena estarmos a repetir com a pandemia no seu apogeu, agora mais uma vez na quarta vaga. Portanto foi um mandato algo atípico em termos de saúde, em termos de convivência, em termos de afetos, por um lado houve afetos por outro lado no meu convívio. Portanto foi um mandato em termos generalizados complicado. Relativamente ao mandato complicado isto foi sob o ponto de vista da sociedade, sob o ponto de vista autárquico minha Água Longa nós realizamos quase todos os objetivos e eu nunca falo em promessas, promessas é muito sagrado para a política, eu falo em objetivos, os objetivos conseguimos 100 por cento, conseguimos 95, conseguimos 110, eu falo sempre em objetivos. Os nossos 12 objetivos, traçamos 12 prioritários objetivos em 2017. Desses 12 efetivamente tocámos neles todos todos. Todos não, há um deles que não chegámos a tocar por impossibilidade durante o mandato em termos de obras, em termos de execução, em termos de serviços foi conseguido e estamos muito orgulhosos dele mesmo perante uma situação que nada augurava um desfecho em termos de obras de tão grande dimensão.
Diário de Santo Tirso: O que ficou por fazer neste mandato?
José Pacheco: Mais uma vez tenho o prazer de estar neste lugar que foi escolhido por vocês, é um lugar simbólico neste momento em Água Longa porque estamos entre dois edifícios emblemáticos, a escola e a nova junta de freguesia que muito em breve será aberta ao público portanto não tínhamos um edifício destes e passámos a ter um edifício que estará aberto a toda a população. Relativamente a outros serviços, nós fizemos 13 pavimentações. Quero também aqui dizer reportando um bocadinho a 2013 se me dão licença, de dizer quando cheguei à junta em 2013 nós tínhamos 33 ruas em terra batida. No primeiro mandato fizemos 14 e agora fizemos 13, restam seis, correspondem a uma execução de 82 por cento, mais coisa menos coisa, o que é muito bom. Claro que aquelas seis que não fizemos vão ser vão ser objeto de campanha eleitoral porque é assim mesmo mas o que é certo é que fizemos 82 por cento. Depois aumentámos muito os serviços, nós neste mandato fizemos centenas de renovação de cartas de cidadão, de cartas de condução. Neste momento servimos não só a população de Água Longa com estes serviços mas todo o Vale do Leça e não só. Estivemos muito próximos do povo, não podemos executar eventos porque aquilo que já falamos há bocado, a proximidade foi afetada, a proximidade entre pessoas e entre juntas de freguesia e as pessoas que nesses momento vem ao de acima foi afetado. De resto mantivemos os serviços que temos são muitos, nós não somos uma freguesia com muitos serviços, vou-lhes dar a conhecer os serviços da freguesia de Água Longa nós somos a única freguesia do concelho que tem transporte escolar gratuito para as crianças do nosso 1º ciclo. Nós todos os dias temos um autocarro que vai buscar as crianças a casa e vai-as levar a casa. Portanto é uma despreocupação para os pais, para os encarregados de educação. Nós temos também um serviço que é derivado ao facto de não termos um sistema de esgotos completo, temos cerca de 50 por cento, nós temos uma limpeza que fazemos para aliviar os males do não escoamento dos resíduos domésticos líquidos. Portanto nós temos mais serviços na escola, somos uma junta muito ligada à escola, agora ainda mais mas muito ligada à escola porque somos nós que gerimos parte do prolongamento escolar, somos nós que gerimos também através da Câmara Municipal, através de protocolos a parte apoio na sala de aula. Neste momento temos o Espaço Cidadão, presta serviços extraordinários de proximidade à população e temos entre outras situações temos uma aproximação grande às pessoas noutra matéria que não consigo explanar tudo mas só para dizer que a nossa Junta de Freguesia no terreno todos os dias não é aquela junta antiga de 1980 ou 90 que fazia atestados, isso acabou, Água Longa não é isso, as pessoas têm a consciência de que é um barco já complicado para gerir.
Diário de Santo Tirso: É candidato independente com o apoio do Partido Socialista. Em que moldes funciona esse apoio?
José Pacheco: O apoio é do Partido Socialista porque efetivamente o Dr. Alberto Costa, no primeiro momento é socialista, é o líder do Partido Socialista mas no primeiro momento em 2013 houve confronto independentes PS e PSD e as outras listas que se apresentaram, a CDU, os independentes saíram vencedores por escassa margem como disse, em 2017 o PS abeirou-se das eleições e propôs um apoio que consiste no seguinte, nós não lançamos candidato à Junta de Freguesia de Água Longa e em contrapartida nós ou eu o líder porque é mais entre líderes do que entre o grupo, como disse há bocado o meu grupo tem todos os quadrantes políticos, não sou eu que vou dizer votem em Alberto Costa, vota em Zé Maria, não faço isso, portanto as pessoas são livres embora eu aconselho e aconselho a eles porque é o melhor para Água Longa neste momento, não quer dizer que daqui a seis anos ou cinco tenha uma opinião diferente. Neste momento o melhor para Água Longa é votar em Alberto Costa. Isso implica que nós votamos em Alberto Costa e o Alberto Costa não lança candidato em Água Longa e limita-se a isso, não há nada escrito, há ratificação por parte da nossa estrutura, tanto da nossa como a do PS e funciona assim. Portanto nós não somos candidatos à câmara, nós não temos pretensões nenhumas em pertencer a qualquer gestão em qualquer tentáculo da câmara, nós somos junta de freguesia e Água Longa em primeiro lugar.
Diário de Santo Tirso: A falta de cobertura de água canalizada e de saneamento em muitas zonas de Água Longa é um problema que afeta a freguesia há muitos anos. Não sendo da competência da junta essa matéria, como pode pressionar as entidades competentes de modo a ver este problema resolvido?
José Pacheco: Em 1974, um dos desígnios do 25 de Abril era dotar as pessoas de água e saneamento, é com tristeza efetivamente que ao longo de 40 anos que eu verifico que ainda há muita coisa por fazer aí, há muita coisa por fazer aí tem que se atribuir responsabilidades, os dinheiros não foram canalizados, não estou falar da Câmara Municipal de Santo Tirso, estou a falar de muitas instituições, o governo e instituições que às vezes as pessoas são nomeadas, há projetos mas que são nomeadas e depois vão fazer uma comissão, saem e os projetos voltam à estaca zero. E isto infelizmente é o que acontece com a água e com o saneamento, as águas avançam e depois voltam à estaca zero, eu já vi este processo avançar há tantos anos, avançou, estava pronto para ir para o terreno e entretanto por motivos de opções muitas vezes regressam à estaca zero. É a principal preocupação, é um problema de saúde e depois é um problema de dignidade dos anos 21, em 2021 deveríamos ter uma cobertura mais acentuada, neste último mandato conseguimos e ficamos aquém, conseguimos em termos de saneamento básico aumentar 5 a 6 por cento a nossa a nossa cobertura que é muito pouco. Neste momento temos 52 por cento de cobertura do saneamento básico quando deveríamos ter 85 ou seja estamos com um déficit de 30 por cento no saneamento básico. Eu acho que as instituições que cuidam destes apoios financeiros que vêm de fora, da Europa têm que ter tem que olhar para isso como um objetivo vital e não têm olhado, optam muitas vezes para outras coisas que não têm nada a ver com os interesses do povo. Sou crítico relativamente a essas instituições todas, não vou enumerar porque não é esse o sentido da entrevista nem interessa mas é isso mesmo que acontece, estou muito preocupado, já me preocupa há muitos anos isso, como disse desde Abril que é um desígnio, temos essa carência que nos deixa tristes. Relativamente aos esgotos é a conta-gotas em 2011 tivemos 40%, em 2009 tivemos seis ou sete por cento digamos depois de passar dez anos dez anos mais cinco ou seis, o que quer dizer que é a conta gotas, eu gostaria que isto não fosse tanto a conta gotas, gostaria que de uma vez por todas o apelo às instituições que estão responsáveis por isto efetivamente para essa realização. A água água avançamos muito ou a Câmara Municipal e as outras instituições que estão ligadas a isso avançou muito neste momento no projeto da água para o Vale do Leça. Está a ser feito o reservatório que irá fornecer água às freguesias mais próximas. Aguardo, dizem que em setembro a obra se vai iniciar no terreno, espero que daqui a uns tempos tenhamos a oportunidade de dizer que já existe água pública ou rede água pública em Água Longa, naquilo que me tem sido dado a observar.
Diário de Santo Tirso: Um dos problemas que as pessoas se queixam é a falta de transportes de Água Longa para Santo Tirso ou para outras localidades. Mais uma vez, não é algo da competência da junta mas como pode tentar resolver esta lacuna?
José Pacheco: Gosto muito dessas perguntas porque essas perguntas são perguntas, é uma pergunta cheia de intenções e que eu agradeço porque é uma pergunta que começa com uma coisa muito importante que a população tem que saber e os políticos, eu também sou político e os outros também são políticos, quem está envolvido nisso. A pergunta diz não é competência fulcral da Junta de Freguesia. Portanto é uma pergunta pedagógica, é uma pergunta de ensino, efetivamente é isso embora às vezes nós estejamos em tempos de guerra, em tempos de campanha eleitoral somos apelidados, somos responsáveis muitas vezes por não haver transportes, água e saneamento. Não é bem assim porque os nossos orçamentos são exíguos, dá para fazer uma obra de longe a longe de 10 a 15 mil euros de pouco mais de resto é para muito manutenção das nossas despesas mensais. Portanto obras desse calibre com cariz financeiro elevado têm que se responsabilizar em primeiro lugar quem tem esse valor para aplicar. Portanto neste momento como disse em termos de transportes é um problema que também temos, nós sofremos a longitude de Santo Tirso, nós tivemos há muito tempo a nossa população estudar noutros concelhos, no concelho de Valongo, tivemos em termos de saúde o posto de saúde pertencia e ainda pertença da população ao concelho vizinho portanto é natural, essas coisas são mesmo assim, os transportes fazem falta. somos 2400 pessoas, nós Água Longa mais a Agrela que sentem essa ausência, faz muita falta põe as pessoas deprimidas porque não podem espairar, digamos assim, não podem entrar no Porto em transportes públicos ou enfim, na Maia, no Porto, porque estamos muito próximos deles, e para Santo Tirso é um défice estrondoso. Portanto o que eu sei sobre isto, sei que mais uma vez voltando à pergunta anterior, sei que há um programa que está já alinhavado há uns quatro, cinco anos que tenciona aumentar a oferta de transportes públicos para Água Longa e Agrela nomeadamente. Esse contrato entre a Câmara Municipal ou entre algumas Câmaras Municipais e a área metropolitana do Porto faz com que a intenção é mostrar que nós estejamos servidos pelos STCP em gerência da Junta Metropolitana do Porto e havia um prolongamento da linha que para Codisseira até à rotunda da Agrela nomeadamente. Só que mais uma vez o processo inicia-se há quatro, cinco anos e depois o tempo passa tão depressa que os processos parece que desaparecem ou deixam de se falar e depois chega nas alturas das eleições voltamos outra vez a falar. Eu não sei se é fácil ou não é fácil a resolução desses problemas tanto a nível burocrático como a nível de responsabilidade sobre o processo, de câmara, junta metropolitana, STCP, não sei, não faço ideia. Só sei que o projeto está lançado mas deixou se falar. Espero que as entidades envolvidas retomem rapidamente esse processo. Essa intenção que efetivamente iria repor repor os direitos dos cidadãos.
Diário de Santo Tirso: Quais são os outros principais problemas da freguesia?
José Pacheco: Os problemas foram citados ao longo do tempo, não vou ser fastidioso, não vou repetir outra vez porque já estamos a ver, vou só dar o nome deles. Água, saneamento básico ou sistema de esgotos, os transportes, são três grandes problemas. Neste momento temos um calcanhar de Aquiles que é a EM318 que é uma rua extremamente movimentada mas a Câmara Municipal de Santo Tirso, é uma estrada municipal já tem inclusive adjudicado, portanto esperemos que daqui a pouco tempo deixe de ser um problema e iremos efetivamente naquela zona de ligação entre concelhos de acesso a habitação e à zona industrial iremos efetivamente buscar com uma avenida com algum algum prestígio e muita dignidade. Os trabalhos estão previstos iniciar-se proximamente, não vou poder dizer o dia porque não sei mas está adjudicado, sei que se aguarda disponibilidade do empreiteiro para iniciar as obras. Depois há outro problema, um problema que também não consigo entender, o problema que tenho a ver com os rios e com os afluentes dos rios. Eu tenho muito problema em saber de quem é a responsabilidade dos rios, ando há 16 anos ou há 24 se quiserem a perguntar que depois dos guarda-rios sair depois daqueles antigos que cuidavam dos terrenos quem é responsável pelas margens de rios, pelos acessos aos rios e pelo próprio rio ou afluentes. Nós aqui temos dois como sabe temos o rio Leça e temos um afluente que é a Ribeira do Pisão. Efetivamente precisam ser verificados. Nesse aspeto também soube há relativamente pouco tempo também foi. por vocês noticiado que eu sei. que eu vi também vejo o Diário de Santo Tirso não é só sobre a Água Longa, sobre tudo e vi que vocês noticiaram também soube que havia um convênio entre os quatro municípios, entre o município de Matosinhos, da Maia, de Valongo e de Santo Tirso para recuperar ou requalificar o rio Leça e as margens de acessos ao longo de todo o trajeto. Estou feliz por ver isso e espero que isso seja conseguido porque como disse há bocado eu não consigo ainda dizer não há nenhuma entidade ligada ao estado evidentemente que tenha responsabilização sobre a situação de rios e o resto que anda à volta do rio. Os projetos estão lançados, não é por falta de projetos, não é por falta de pressão porque a pressão existiu, existe pressão e toda a pressão e depende da pressão, a pressão existe e existiu sempre, os progressos feitos. Agora é uma questão de pôr em prática. Projetos do saneamento básico existem. Pressão para quê? É iniciar. A água? Os projetos estão lançados, as Águas do Norte têm um processo nas mãos, vai felizmente inicia-lo em setembro julgo eu. Os transportes, há bocado falei está tudo alinhavado, está nas instituições, está onde deve estar, os projetos estão feitos, é iniciar. Portanto a pressão que uma junta de freguesia poderá fazer ou não agora neste momento é mais lirismo do que outra coisa porque a pressão está feita e o conhecimento geral, sobre o rio o conhecimento é nacional, não é só no rio Leça e em todos os rios há problemas, logo em Santo Tirso. Portanto a pressão ou a insistência que nós podemos exigir, fazer dentro trazer essas, é importante, não que não seja importante, aliás isso é uma das culpas que normalmente recai sobre quem está no poder, o presidente de junta não faz pressão sobre a câmara, não faz pressão sobre isso, é uma forma de culpabilizar projetos que tem uma dimensão extra junta de freguesia, depois transformam-se em projetos locais de junta de freguesia porque ele não pressiona, não pressiona é uma palavra vaga não se sabe, ninguém sabe quantos telefonemas é que eu faço por dia a pressionar, ninguém sabe disso, mas como as coisas não se fazem e não pressiona. E isso tem a ver com Água Longa e tem a ver com todas as freguesias do concelho de Santo Tirso. Falou-me em pressão e e insistência, só se for “à bomba” e desculpem a expressão.
Diário de Santo Tirso: Relativamente aos pontos fortes, no seu entender, quais são?
José Pacheco: A situação geoestratégica, nós como sabe, desde a construção do acesso à A41 Ficamos perto da maior da maior parte das cidades do Norte, pelo menos do Porto e Braga. Nós temos a Maia a oito quilómetros, Valongo a seis ou sete, Paços Ferreira a onze, Santo Tirso a dez. O acesso fácil ao Porto, dez minutos, um quarto de hora ao aeroporto e ao Porto portanto temos uma localização invejável para instalação de novas famílias e de empresas, é preciso soltar algumas coisas, é preciso planear a construção e é preciso incentivar e a Câmara Municipal tem feito isso através do Invest Santo Tirso, é preciso incentivar a colocação de empresas, para isso falei há bocado na EM318 também é importante acabarmos muito depressa com a 318 que dá acesso a essas infra estruturas. Portanto pontos fortes a localização, a própria natureza, a grandeza da freguesia que tem cerca de 14 quilómetros quadrados e neste momento uma freguesia é grande em termos de área, para 2400 pessoas é efetivamente uma freguesia que tem possibilidades de albergar, diria Água Longa poderia bem planificada ter bem quatro mil pessoas, quatro mil e quinhentas pessoas com uma qualificação assertiva, dos terrenos assertivos, nós temos terrenos ótimos porque para além da localização eles são planos, é uma freguesia que só é montanhosa na periferia porque praticamente no centro ela não tem praticamente subidas como há muitas já relativamente perto que vocês bem conhecem. Agora vou falar naquilo que são os cidadãos de Água Longa, são aprazíveis recebem bem, é uma freguesia com muita segurança, é uma freguesia que à partida ainda se pode dormir de janela aberta, eu costumo ser isso, recomendo Água Longa, espero que o que tenham que fazer para incentivar, eu numa entrevista de há uns tempos acho que o Água Longa tem um futuro promissor, continuo a dizer que o tem, tem atrasado um bocadinho mas estou convencido que o vai alcançar, tem todas as condições, terrenos, localização, pessoas, mas isso é em todo o lado. Tem todas as condições para evoluir. Depois temos efetivamente áreas verdes grandes, que é preciso se calhar alguma requalificação nessas coisas, temos também a zona desportiva, embora privada do Vale do Pisão, temos essas situações todas que é recomendável, temos toda um conjunto de ligados à alimentação e a restauração também assinalável, recomendável Água Longa tem um futuro promissor não tenho dúvida disso.
Diário de Santo Tirso: Caso seja novamente eleito presidente de junta quais são os seus projetos para os próximos quatro anos?
José Pacheco: Caso seja eleito presidente de junta pela terceira vez, dar continuidade efetivamente ao serviço. Eu dou muita importância ao serviço, nós tencionamos aumentar aos serviços, nós tencionamos aumentar os serviços, tencionamos, não vai funcionar como promessa, um objetivo que é a instalação dos CTT na nova na nova Junta de Freguesia, tencionamos também fazer, já que agora vamos ter a nova Junta de Freguesia fazer na área social um centro de dia aproveitando as potencialidades que temos, de transporte e agora, só agora, de espaço, claro que Deus queira que a pandemia também vá embora e nos ajude porque para essas situações é complicado lançar projetos destes mas esperemos que isto acalme e que nós possamos viver como vivíamos em 2019. Depois para acabar com a terra batida, são seis ruas que nos faltam e eu penso que com alguma razoabilidade nós iremos acabar no próximo mandato com a terra batida depois teremos efetivamente, depois a manutenção de algumas que entretanto, nós temos mais de cem ruas, nós somos uma freguesia com mais de 100 ruas, não temos 40 como alguns ou 20, nós temos 100 ruas, que para fazer manutenção é um projeto difícil e eu costumo dizer que consigo gerir mais facilmente ou financeiramente a Junta de Freguesia do que as ervas, é um problema de uma região que tem quilômetros de valetas para cortar e a disponibilidade de pessoas que são sempre as mesmas, é difícil porque o nosso orçamento não permite infelizmente albergar mais pessoal. Há dois projetos importantes. Nós trabalhamos na parte de nossos clubes, das nossas instituições. Nós tivemos neste último mandato que não estava nos nossos objetivos e lá está a tal coisa uns não cumprimos e cumprimos outros como não estavam ou fizemos outros não estávamos. Nós tivemos uma ação muito importante na requalificação e no melhoramento do parque de jogos do CRPJ Recreativo e tivemos também uma participação importante e evoluímos ainda agora o sistema de rega, a caldeira é o orçamento da junta, requalificar aqui o polidesportivo em termos de relvamento sintético, também vai ser uma preocupação no próximo mandato com as empresas, com as instituições, com a sociedade civil, com a Câmara Municipal, tentar fazer com que o nosso “estado” tenha um relvamanento sintético porque nossos nossos jovens fogem daqui. Nós temos muita capacidade desportiva porque nós podemos juntar até a freguesia do lado, muita capacidade na área do desporto e não temos as condições. Isso vai ser fundamental, temos que o conseguir porque senão temos jogadores na Maia, jogadores no Porto, jogadores no Boavista, em termos de futebol e não aproveitamos, eles fogem para outros concelhos. Portanto outras situações haverá mais, eu tenho que fazer o projeto até 2025, falei em serviços, falei na parte desportiva, na parte social também através do centro do dia, no aumento do serviços como disse e tentar acompanhar e isso são áreas em que a Junta de Freguesia tem influência direta ou seja a Junta de Freguesia como falou nas suas primeiras perguntas tem influência direta em determinadas obras, em determinados valores e tem influência indireta, acompanhar, ajudar, colaborar noutras áreas que é o caso. Vou estar atento e vou acompanhar a instalação do projeto de águas, estar atento e exigir. Vou também no aspeto de saneamento básico, não à bomba como disse à bocado mas vou ser exigente como temos tido até aqui, no undo é manter a existência e manter a atual pressão sobre os transportes coletivos espero que avancem com isso também vamos estar aqui nessa matéria juntamente com outras entidades. Portanto obras nossas vamos fazê-las, projetos temos. Claro que por exemplo aqui um projeto mais público privado, mas mais de interesse público e de interesse privado que é a ligação da A41 ao Vale do Pisão porque nós temos 300 ou 400 carros a atravessar a nossa freguesia, as ruas não estavam preparadas para isso e efetivamente a segurança vem ao de cima se nós conseguirmos uma ligação direta ao Vale do Pisão que permite talvez se calhar até aumentar a capacidade construtiva nos arredores dessa mesma estrada. Portanto sei que quero, sei que o que quero não nasce de um momento para o outro, sei que há muitas adversidades, sei que vai ser difícil mas espero conseguir que esses projetos grandes, projetos megalómanos para a Junta de Freguesia que é gerido por outras entidades vá para a frente. No nosso pequeno orçamento que fazemos de 1 euro valer 10, todos os presidentes de junta, não tenho dúvidas relativamente às outras instituições, vamos aproveitar ao euro às nossas disponibilidades financeiras e ao mesmo tempo acompanhar projetos que não são liderados por nós.
Diário de Santo Tirso: Está na junta de freguesia há 16 anos, primeiro como secretário e desde 2013 como presidente. Além da relevância que o cargo proporciona certamente que é algo que faz por gosto. Como concilia a junta de freguesia com a sua outra vida profissional e a sua vida pessoal?
José Pacheco: Só uma ligeira correção se me permite, é verdade o que disse mas vou corrigir porque esses 16 anos não são seguidos, há interregno de 2005 a 2013 ou seja eu tive como secretário na Junta de Freguesia de 1997 a 2005 e depois regressei regressei em 2013 como presidente da Junta de Freguesia. Essa é a pergunta mais fácil de responder a todas elas. Eu tenho três amores, tenho mais, mas três amores, em termos de minha profissão sobre essa não há nada a fazer, tenho que cumprir a escola paga-me, tenho que estar lá, espero que só até outubro ou novembro porque estou a reformar-me, vou ter essa liberdade e esse amor vai embora, portanto essa liberdade vai embora. Tenho um amor à freguesia e à família. Eu tenho preterido muitas vezes a família e os amigos a favor da freguesia. Aliás é mesmo muitas vezes, queria aproveitar se me permite, lá para casa, para a minha esposa e para a restante família, a pachorra que tem muitas vezes, um bocadinho mau humor que não é muito apanágio da minha parte mas de vez em quando também acontece porque as coisas são assim, aparecem muitas vezes os problemas, aparecem, às vezes não tem sequência lógica, há uma semana sem problema nenhum e depois há um dia que tenho dez problemas para resolver. E são esses dias que tenho dez problemas para resolver que tenho tido o apoio da minha esposa e da minha família porque efetivamente eles têm que me aturar. Não sou presente o que queria estar, não estou presente o que queria estar, há momentos em que devia estar e não estive, não é um perdão porque isto não é um programa de perdão, agradeço à minha família a paciência que tem para me aturar.
Diário de Santo Tirso: Qual é a sua opinião sobre a situação política actual em Santo Tirso?
José Pacheco: Pergunta fácil também porque ela é tão óbvia, olhe eu vejo tudo o que é legalizado para mim, é legalizado, os partidos políticos estão legalizados, todos têm o mesmo o mesmo direito o mesmo acesso à comunicação social, sobre isso não tenho dúvidas nenhumas, sobre falar de alguns partidos que são contestados, para mim não há contestação nenhuma, eles são mais uma opção no nosso panorama político, as pessoas são responsáveis, votam em quem quiser e têm uma opção portanto os partidos políticos, falo do Bloco de Esquerda e do CHEGA, aqui em Santo Tirso vieram trazer mais à democracia do Concelho e no aspeto eleitoral também. Aí estamos claríssimos. Esses partidos vieram agora pela primeira vez, a CDU já existe, tem o CDS que ao longo do tempo é um partido com muita história, com muita história para contar e para ver, relativamente a esses dois partidos embora o Bloco de Esquerda mais antigo 20 anos talvez, o CHEGA relativamente curto implantaram-se agora e eu vejo-os com alguma pujança nomeadamente nas eleições para a Câmara Municipal. Penso que vão ter resultados promissores, resultados auspiciosos, posso estar enganado mas penso que vou ter, nas Juntas de Freguesias vão ter mais dificuldade mas para a câmara vão ter resultados auspiciosos, vamos ver se aquilo que eu estou a pensar se vai realizar ou não porque é uma incógnita, ninguém sabe qual é a opinião de cada um. Agora relativamente aos dois partidos, aos dois grandes partidos que é o PS e o PSD o panorama é muito simples. Aliás o PS tem um pergaminho e um passado nesse aspeto muito diferente do PSD em termos concelhios. O PS consegue fazer uma coisa que o PSD não consegue, consegue unir tropas em volta de um líder e seja ele qual for nas alturas das guerras, na altura que há guerra, o PS pode e tem, como nós temos divergências, o PS tem divergências mas consegue quando se apresenta eleições consegue apresentar-se unido, coeso e com um líder, um líder que agrega à volta dele não sei se há, mas potenciais fações, portanto é uma característica do PS preparar-se melhor para as eleições do que o PSD. O PSD ao longo destes últimos tempos não consegue agregar as tropas para a guerra, não consegue , muitas vezes funciona até com efeito contrário criam mais problemas no interior do que os que vêm do exterior. Gostaria de os ver corrigir este este defeito para mim e eu quero aqui ressalvar uma coisa, eu sou professor de Educação Visual e Tecnológica, não sou professor de políticanão estou a entrar com a foice em ceara alheia, não tenho nada a ver com com o PS nem com o PSD nem com os outros partidos, só estou a dar a minha opinião como cidadão individual, penso que o PSD tem que modificar as suas estruturas, eu acho que não faz sentido no meu entender, claro que vão dizer, eu espero que amanhã não haja resposta a esta a esta dimensão política no meu entender por exemplo há uma freguesia aqui no Vale do Leça que tem o núcleo da freguesia, tem o núcleo da área e depois tem a concelhia. Isso cria mais problemas do que benefícios, gera mais micro poderes, cria mais potenciais conflitos. E ao PSD peço desculpa mas é a minha opinião como cidadão. Ao PS acho mais estável, fruto também de estar no governo há quase 40 anos, a gente sabe como é que são essas coisas mas o que é certo é que eu vejo que há divergências e quando se aproximam das eleições essas divergências tendem a aproximar-se da unanimidade e é complicado. Depois voltam outra vez. O PSD é ao contrário passam dois, três, quatro anos com algumas divergências depois acentuam-se na altura das eleições. Eu gostaria gostaria de ver um PSD muito forte, um PS muito forte também porque isso é bom para nossa democracia, os outros partidos também têm esse direito.
Diário de Santo Tirso: Relativamente à Câmara Municipal como tem sido a articulação do trabalho com a Junta de Freguesia?
José Pacheco: É no meu entender um dos motivos porque eu aconselho o voto neste Presidente da Câmara. Eu não estou a dizer que por exemplo o professor Carlos Alves que não tenha essa mesma capacidade, não estou a dizer que não tenha porque pode até ter melhor. Mas eu estou a falar que no momento, tenho que defender os interesses da minha freguesia, como disse há bocado eu sou primeiro Água-Longuense e depois sou Tirsense ao passo que o Alberto Costa é primeiro tirsense e depois é Água-Longuense, é Rorizense, é Avense, é essas coisas todas. Portanto o Alberto Costa entrou quando eu entrei em 2013, ele era vereador, logo no início eu vi uma capacidade de gestão, de liderança e tem uma metodologia muito forte no trabalho, ou seja é organizado, ouve muito as pessoas, eu tenho uma ligação estreita com, isso não quer dizer que nós não tenhamos algumas divergências, iremos continuar até se formos eleitos, não tenho dúvida nenhuma porque a Junta de Freguesia de Água Longa, contrariamente ao que muita gente apregou, muita gente não, uma ou outra pessoa apregoa, é submissa. Não, eu fui eu fui eleito diretamente, eu tenho tanto direito de me indignar como uma Câmara Municipal que relativamente à Junta de Freguesia de Água Longa e está no mesmo plano de igualdades e ninguém tinha dúvidas sobre isso. Agora eu não sou a pessoa, nós Junta de Freguesia, não são pessoas para vir contar as divergências para o exterior, nós tentamos resolvê-la. O Alberto Costa nesse aspeto sabe ouvir ou soube-nos ouvir, acho que tem uma capacidade muito grande, um fator organização se calhar porque a sua vivência civil permitiu, é um ouvinte, considero que neste momento é o homem certo para o lugar da Câmara Municipal e espero que continue boas relações embora com algumas fricções porque ele está-me ouvir e vai-me ouvir e sabe que efetivamente é verdade. Aliás se há presidente de junta com quem as fricções se calhar são maiores e com o Presidente da Junta de Água Longa. Mas considero uma pessoa neste momento para cuidar dos interesses de Santo Tirso e de Água Longa. Ele está num lugar que eu acho que é de direito e que merece.
Diário de Santo Tirso: Está preparado para trabalhar com uma Câmara Municipal governada pela coligação Valorizar +? Ou espera por uma vitória clara de Alberto Costa?
José Pacheco: Essa pergunta também é fácil de responder. Eu vou dizer o seguinte nós temos e pode ajudar, temos cinco ou seis candidatos à Câmara Municipal, os cinco candidatos à Câmara Municipal merecem todos eles um respeito e uma consideração imensa. Qualquer um deles que ganhe a Câmara Municipal em setembro será o meu presidente. Tanto faz ser o Alberto Costa como o Carlos Alves como os outros três candidatos, todos eles merecem o mesmo respeito. Estão em condições diferentes, nós sabemos disso, toda a gente sabe disso mas merecem o respeito. O que for eleito sabe que terá de mim a solidariedade, a chatice de defender e às vezes eles não gostam os interesses da freguesia de Água Longa mas terá solidariedade e empenho na construção de uma salutar convivência, Junta de Freguesia Câmara Municipal. Isso relativamente a todos. Agora vamos àquilo que você perguntou e quer saber e eu não vou fugir à questão, vou dizer vou ver a questão, se calhar ainda não ouvi ninguém dizer isso mas eu vou dizer. O que é que eu espero destes resultados da Câmara? Por aquilo que disse há bocado, pela aquela definição que disse há bocado dos dois partidos, é pouco provável, e eu quero dar um elogio pela coragem e pelo sentido democrata que o professor e meu colega Carlos Alves pôs nesta candidatura num momento conjuntural difícil para ele, muito difícil e complicado até a nível interno, difícil no contexto nacional e concelhio complicado até a nível interno, louvo-lhe essa atitude democrática, que é muito louvável. Depois o que eu espero é fácil, é muito improvável que o Carlos Alves ganhe as eleições, muito improvável, por razões que toda a gente conhece mas eu vou citar algumas porque a conjuntura é extremamente desfavorável, a paz no interior também se calhar não é mais funcional mas aí já estou a entrar e desculpem-me mais uma vez, é a minha perceção. E depois essas dificuldades acrescem em tempos de guerra e principalmente agora que não pode haver um contacto com a população como seria de esperar por parte da oposição, passar os seus argumentos, tem dificuldade nisso. Se ele ganhar que acho que é pouco provável ou mesmo muito improvável terá com certeza de mim todo o apoio, toda a solidariedade da mesma forma que todos os outros três candidatos. Da mesma forma que o improvável para um é o provável para o outro.
Diário de Santo Tirso: Que mensagem gostaria de deixar a todos os Água-Longuenses?
José Pacheco: A todos os Água-Longuenses esta é a mensagem que já é tradicional, mas eu neste momento estamos numa fase pré eleitoral como dissemos a pouco em Off, não conheço oficialmente outras listas mas sei que elas estão no terreno a trabalhar, com todo o direito, com toda a legitimidade são bem-vindas à democracia, bem-vindas ao debate de ideias e é isso que apregoou-o a quem se vai candidatar a um debate de ideias de projetos que sejam concretizáveis, que não sejam miragens. Eu estou para isso, para o debate, para o embate de ideias e não contem comigo para outro tipo de situações que não seja dignificar a campanha eleitoral e a democracia por nós. A oposição é bem-vinda seja uma, duas, três, quatro a mesma teoria que apliquei a pouco para os outros dois partidos aplico agora para Água Longa. Quanto mais possibilidades e diversidade o povo tiver para votar melhor, mas com clareza, com respeito mútuo e uma campanha muito positiva que é isso que o povo espera de mim e dos outros. À população em geral, eu tenho 66 anos tenho muitas pessoas que foram meus alunos na escola, jovens que têm agora vinte e tal anos muitos estiveram em “guerras” comigo no futebol, tiveram o meu apoio durante muitos anos na Junta de Freguesia como secretário, tiveram a minha presença amiga e solidária principalmente nesses últimos oito anos, aquilo que falamos durante a entrevista a preocupação deles é a minha preocupação, a minha é multiplicada, que é a falta daquelas infraestruturas fulcrais para viver numa sociedade mais saudável. Qualquer veredito que saia de 26 de setembro é soberano por isso mesmo é inquestionável, o resultado da minha parte será a aceitação com dignidade esperando naturalmente que reconheçam aquele sacrifício e o trabalho que eu e a minha equipa, faço aqui uma entrevista individual mas ela está apoiada por 25 membros que veem desde 2013, reconheço que temos sido unidos, têm-me ajudado nos momentos maus nos momentos bons, colaboram, são responsáveis pelos momentos bons, as pessoas que me ajudam e me ajudaram a constituir o ALDT, fico muito grato. Em geral desejo muitas felicidades a todos os Água-Longuenses, escolham, são livres para escolher a 26 de setembro. Em têm disponibilidade, serenidade, amizade e solidariedade. Não vou mudar vou ser o que sou, se querem uma pessoa diferente votem nos outros, se querem a mesma pessoa estou aqui ao vosso dispor.