O salão nobre da Escola Agrícola, no Mosteiro de São Bento, encheu-se para ver a atribuição de prémios dos Dias da Camélia. Além da menção honrosa para o melhor trabalho em origami, foram entregues prémios para o melhor conjunto floral artístico, a mais bela camélia de origem portuguesa, a melhor camélia por espécie e ainda os troféus Melhor Camélia de Origem Portuguesa e o prémio José Gil.
Com espécies de lugares tão longínquos como a Nova Zelândia, ou tão próximos como as quintas de Santo Tirso, o concurso dos Dias da Camélia levou ao claustro da Escola Agrícola o melhor da beleza e graciosidade desta flor de inverno. Com arranjos florais criativos, os expositores que neste fim de semana estão a mostrar o melhor das suas coleções ficaram neste sábado a saber a avaliação dos jurados.
Na categoria do Prémio Lote de Flores foram distinguidos Cândido Cruz (camélia japónica de flor vermelha), Quinta de Beire (camélia japónica de flor branca), Casa de Dinis (camélia japónica de cor rosada), José Manuel Queijo Barbosa (camélia japónica de cor rajada), Viveiro das Camélias (camellia reticulata) e Casa do Casal (outras espécies ou híbridos do género camellia).
Distinguindo a criatividade, o prémio Arte em Flor foi para Maria de Fátima Martins (1.º prémio), Solar do Burguês (2.º prémio) e Mário Rocha (3.º prémio), com menção honrosa para a Quinta da Picaria.
O Viveiro Mário Mota recebeu o troféu de Melhor Camélia de Origem Portuguesa e a Quinta da Amazónia arrecadou o Troféu José Gil.
Além dos prémios para as plantas naturais, também a Ode à Camélia distinguiu as melhores criações inspiradas na flor — mas materializadas através do papel com origami. O Centro Social de São Rosendo foi aquele que o Município decidiu distinguir, com uma menção honrosa, entregue pela vereadora da Cultura e do Turismo, Ana Maria Ferreira, no salão nobre da Escola Profissional Agrícola Conde de São Bento.
Promovido pela Câmara Municipal de Santo Tirso em parceria com a Associação Portuguesa das Camélias, o programa dos Dias da Camélia tem, este ano, como principal novidade as sessões de “show cooking”. Na tarde de sábado com a chef Ana Neves (Alfazema Santo Tirso) e no domingo com os chefs Júlia Tatarskaia (11h00) e Alexandra Cruz e Pedro Almeida (Casa de São Bento), a partir das 16h00.
Para além da mostra e concurso de camélias, decorre ainda o Bazar D’Inverno – exclusivo para venda de plantas, inclusive camélias e a já habitual prova de vinho e licores no Salão Bel’Vinho, bem como o Momento do Vinho, com André Festas, do bar Cor d’Vinho.
Com esta iniciativa a olhar para a natureza, “conseguimos que os tirsenses gostem cada vez mais do seu património, dos parques aos percursos pedestres”, disse Ana Maria Ferreira. Simultaneamente, “também proporciona que quem vem de fora tenha oportunidade de conhecer esse património e, uma vez que a Escola Agrícola está inserida numa ala do Mosteiro de São Bento, conheça este monumento, bem como os nossos museus”, acrescentou. Além disso, “quem vem cá, não esquece o jesuíta”, realçou, perante um espaço que se encheu para conhecer as camélias.