A Comissão Política Concelhia do Partido Chega de Santo Tirso, através de um comunicado enviado às redações, repudia e condena de forma “veemente a execrável” a ação levada a cabo por membros do Bloco de Esquerda na rua Dr. Oliveira Salazar em Santo Tirso.
Em causa está a iniciativa do Bloco de Esquerda local, realizada no passado dia 25 de Abril, que colocou uma placa com o nome “Rua Rosinda Teixeira”, a tapar a placa existente há várias décadas.
O Chega de Santo Tirso reagiu através do referido comunicado.
Com o pretexto de evocar a memória de Rosinda Teixeira, cuja vida foi tragicamente ceifada em Maio de 1976, o Bloco vem, mais uma vez, atacar figuras da nossa História e do nosso passado recente, com um propósito bem claro: a imposição duma narrativa manipulada pela imposição dum pensamento único com o objetivo claro de formatar consciências e de criminalizar a Segunda República, e desta vez o alvo foi uma das principais figuras do regime anterior, Doutor Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros entre 1932 e 1968, uma figura polémica e controversa que ainda hoje, decorridos mais de cinquenta anos depois da sua morte, gera as mais acesas discussões, discussões que devem ser deixadas ao cuidado dos historiadores e investigadores, e que na qual não iremos entrar, pois entendemos que “não se deve fazer com que os órgãos do estado tenham uma visão oficial sobre a História” (Fernando Rosas, declarações no parlamento em Fevereiro de 2008).
Por esta razão entendemos ser totalmente despropositada o ataque do BE à toponímia da sede do nosso concelho, embora saibamos quais são os verdadeiros objetivos e razões que estão por trás de ações como esta, que já ocorreram no passado noutros locais do país, como foi o caso do protesto contra a estátua do Marechal Gomes da Costa em Braga ou a tentativa de protesto junto à estátua do Padre António Vieira em Lisboa, sempre envolvendo membros do BE.
O Chega, que desde a sua fundação sempre fez da defesa da nossa História uma das suas grandes bandeiras, jamais aceitará a imposição duma memória histórica revanchista, seletiva e politicamente orientada que certa esquerda progressista nos quer impor e, assim sendo, a Concelhia do Partido Chega de Santo Tirso não podia deixar passar em branco este vergonhoso ataque à nossa História que teve Santo Tirso como palco.