Mais de cinco mil pessoas visitaram o Centro de Arte Alberto Carneiro, instalado na Fábrica de Santo Thyrso, desde a inauguração em 27 de novembro de 2021. A informação foi avançada pelo município que refere que entre os visitantes, destaque para as crianças e jovens desde o pré-escolar até ao ensino superior.
Além das visitas por iniciativa pessoal apenas com o objetivo de observar as mais de 60 esculturas de Alberto Carneiro que constituem o acervo do centro de arte, muitos dos 5232 visitantes que passaram por este equipamento municipal até ao início de janeiro deste ano fizeram-no, também, para participar em várias atividades de caráter lúdico-pedagógico.
O Centro de Arte Alberto Carneiro está entre os projetos de arquitetura cultural nomeados para o prémio da especialidade ArchDaily, cuja votação para passar à fase final está a decorrer online naquela plataforma até 15 de fevereiro.
Desde a sua abertura, a 27 de novembro de 2021, foram promovidas várias atividades de caráter lúdico-pedagógico, com especial destaque para a peça de teatro “A Cerejeira de Alberto”, com encenação de Isabel Fernandes Pinto e música de Joaquim Pavão, dedicada à vida e obra do escultor e baseada no livro infantojuvenil “Alberto Carneiro”, da autoria de Mafalda Brito e Rui Pedro Lourenço, num total de dez sessões de apresentação para público escolar e familiar.
Especificamente concebida para o espaço foi também a performance “Corpo Paisagem”, de Joana Providência, cuja estreia aconteceu durante o ato inaugural do Centro, dando posteriormente origem a dez sessões de um ateliê de dança contemporânea, que teve como principal objetivo explorar e criar leituras da obra do escultor através do movimento.
Mais recentemente, a pianista Joana Gama apresentou o seu teatro “As árvores não têm pernas para andar”, em seis sessões para famílias e escolas, desenvolvendo, ainda, durante a sua estadia no Centro de Arte, um ensaio sonoro intitulado “piano e pássaros para alberto carneiro”, a partir da obra “Sobre a água”.
Entretanto, o catálogo da exposição permanente do espaço museológico foi já editado, estando previsto para breve o lançamento do catálogo “raisonné” das obras do escultor.
Para além das iniciativas decorridas no Centro, realizou-se também a exposição “Alberto Carneiro. Duas esculturas três espaços”, na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, com duas obras da sua autoria: “Espiral”, de 1965, e “O jardim”, de 2001-2003. Brevemente será inaugurada uma exposição comemorativa dos 50 anos da Cooperativa Árvore que incluirá uma peça do escultor.
Assumindo-se como um espaço para a salvaguarda, investigação e divulgação da arte contemporânea, o Centro de Arte alberga as 60 obras doadas pelo próprio Alberto Carneiro ao Município de Santo Tirso, contando-se entre elas esculturas e desenhos que constituem a coleção permanente.